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PUMA

Já tô no baile e tá tudo bem tranquilo.

Vou fumando meus baseados sozinho, até o Clebin chegar com a galera.

Marcão não apareceu hoje, por isso coloquei Clebin com o Paiva pra eles venderem as droga.

— Cadê tua donzela chefão?

— Tá aqui. — Falo tirando minha arma da cintura e apontando pra ele.

Clebin treme só de ver a arma, era só pra dar um susto nesse filho da puta.

Guardo a arma e todo mundo fica bem quietinho comigo.

Fico esperando Nala aparecer mas nada...

Nem aquelas duas que andam com ela tão por aqui.

Onde ela se meteu porra?

Espero mais um pouco e uso uma das drogas novas que chegaram.

Cheiro a carreira que montei e já me sinto um pouco melhor.

Olho no celular e já é 1 hora.

Quando vou procurar pela mina, Patricia aparece puta da cara.

— Bora conversar Puma? — Diz brava e eu já reviro os olhos pensando no que vai ser essa conversa dela.

— Tenho nada pra falar contigo.

— Mas eu tenho! Tão falando por ai que tu tá com uma nova fiel e não sei o que!

— Tô com fiel porra nenhuma!

— Eu achei que eu seria sua fiel meu amor! Já estamos juntos tem tanto tempo!

— Estamos juntos uma porra Patricia! — Falo alto e acho que quem tava perto deve ter escutado. — Vai se fuder, tu é mais uma vadia porra! Se achou que ia ter alguma merda aqui, tu tá muito enganada! Aliás, tu tá bem velha já pra eu dar uns pegas!

— Mas... — Fala com aquela voz fina que me irrita.

— Mas nada porra! Mete marcha do camarote! Aqui tu não sobe mais! — Falo olhando pra um dos meus seguranças, que entende o recado e já a segura pra descer ela.

Eu saio dali o mais rápido possível e vou pra casa da Nala.

Bato na porta mas ninguém atende. Que porra, eu tô vendo a luz acesa!

Se o Marcão estiver aqui eu juro que boto fogo nessa casa!

Bato mais forte só de pensar nisso.

A porta se abre.

Eu vejo as amigas dela deitadas em um colchão assistindo algum bagulho na TV.

Mando a gente conversar e ela fecha a porta, saindo pra conversar comigo.

— Que que tu não foi pro baile hoje caralho?

— Tava com preguiça. — Fala sem me olhar, odeio isso.

— E que porra de roupa é essa? — Digo olhando sua roupa de cima a baixo. — Tá andando só de sutiã agora?

— Aham. Na minha casa eu ando até sem roupa. — Me encara.

Filha da puta!

— E se eu fosse outra pessoa? — Digo já estressado.

— Atenderia com muito mais prazer! — Fala sorrindo e eu me aproximo.

Faço ela encostar na parede e eu fico na frente, a prensando.

Caralho, que saudade disso.

— Não brinca comigo Nala. — Falo baixinho enquanto olho pros lábios dela.

Que vontade de beijar essa mina puta que pariu!

— Puma... — Ela me repreende mas eu ignoro.

Tento aproximar minha boca mas ela vira o rosto.

— Qual foi? — Faço ela olhar nos meus olhos novamente.

Sinto uma paz nesse olhar que não consigo nem explicar o que acontece.

— Não quero ficar com você! — Diz ficando na mesma posição.

Eu coloco minhas mãos no pescoço dela e a gente se olha mais um pouco.

— Poxa mocinha... Só um beijo só. — Me aproximo de novo mas ela vira o rosto.

— Vai com as tuas outras, tu tem tantas opções né?

Dou um leve sorriso quando ela diz isso e dou uma apertadinha no pescoço dela.

— Tenho, mas hoje eu quero a que é só minha! — Me aproximo rápido e a beijo.

Colo nossos lábios e aquela sensação boa em mim, volta novamente.

NALA

Ele me beijou!

Eu tava brava e ai ele só se aproximou e me beijou sem eu deixar!

Quando ele me beija, fazendo nossas bocas se tocarem, minha primeira vontade foi me afastar dele, foi bater na cara dele e correr... Mas eu não fiz isso...

Apenas, me entreguei.

Entreguei ao beijo e o beijei com mais intensidade ainda.

As mãos dele foram me apertando da cintura até a bunda e eu fiquei na pontinha do pé pra tentar diminuir a distância.

Quando menos espero, ele me pega no colo, me apoiando na parede e fica me beijando assim.

Aperta minhs coxas às vezes e me prensa mais contra a parede.

Meu coração bate mais rápido e eu sinto muita coisa.

Sinto mais vontade ainda de beijar ele e não sei! É tão diferente esse beijo, tão bom!

Seguro em seus cabelos e fico passando meus dedos por entre os fios macios.

Esse cabelo preto me deixa doida.

Mas não é certo! Não posso!

Ontem mesmo ele tava espancando o Marcão por quase nada!

Eu afasto nossas bocas.

— Me solta! — Digo.

— Por que?

— Solta Puma! — Ele me solta no chão. — Não quero que me beije mais! — Falo, entro em casa, fecho a porta e a tranco.

— O que aconteceu?? — As meninas se levantam perguntando.

— Deixei ele lá fora!

— Por que?

— Porque ele me beijou!

— E você gostou?

Demoro pra responder essa pergunta...

— Sim...

As duas sorriem e nós sentamos pra conversar.

— Tu tem que tomar cuidado Nala... — Mia diz. — Hoje ele tá batendo em todo mundo que chega perto de você... Mas amanhã é em você!

— Credo Mia! — Luiza diz.

— Mas é a verdade! Eu já passei por isso... Só não quero que você passe pela mesma coisa.

— Eu sei Mia... Sei que é errado e eu não quero ficar com ele! Só que... Ele me beija e tudo parece parar sabe?

— É tu e a tua emoção de virgem. — Luiza responde e eu e Mia a encaramos. — É vontade de dar isso ai!

— Não é nada! — Falo mas no fundo, acho que pode ser verdade.

— Tu não deve gostar dele... Eu acho... É só que ele deve beijar bem e você gosta dessa pegada que ele tem né, experiência aquilo lá é o que não falta né?

— Pode ser mesmo...

— Mas às vezes você gosta mesmo dele Nala! E tá tudo bem! — Mia me olha e eu fico pensando sobre.

— Eu vou ver o que acontece... Qualquer coisa eu aviso... — Me deito na cama.

Terminamos de assistir o filme mas na minha mente só tinha o Puma e aquele maldito beijo!

Mocinha do ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora