NALA
Agora sim, segundou.
Ontem, depois de conversar com Puma, eu e Luiza fomos pra casa descansar.
Eu fiquei assistindo um programa na TV e dormi no sofá mesmo.
Foda que agora tô com uma dor nas costas e no pescoço... Isso que dá dormir toda torta.
Me levanto e tá meio frio, então decido colocar uma calça legging preta e uma camisetinha branca com manga longa.
Coloco meu tênis, tomo café da manhã sozinha e vou pro trabalho.
Essa dívida não acaba nuncaaa.
— Bom dia Sanches!
— Bom dia menina! — Responde com uma felicidade a mais do que normalmente.
Entro na cada e vejo Leidy.
— Oi Leidy! Quanto tempo! — A abraço.
— Oi minha linda! É mesmo!
— Acontece tanta coisa no final de semana que eu fico até perdida. — Comento e ela ri.
— É mesmo... — Ela parece ficar pensativa e eu estranho.
— O que houve?
— Hm? Nada não!
— Tá pensando muito ein? Que que deu Leidy?
— Ai menina, tô quase namorando um cara... — Ela solta de uma vez e se senta na cadeira e eu sento do lado sorrindo.
— Tá brincando? Quem é?
— Não vou te contar!
— É daqui?
— Não... — Ela demora muito pra responder e eu fico desconfiada.
É daqui sim, tenho certeza.
— É o Sanches???
— Como você sabe???
— Hoje ele tava meio felicizinho, e normalmente ele tem a mesma cara de sempre, então deduzi. — Ela começa a rir mas parece ser de desespero.
— Tô lascada minha filha! Faz tanto tempo que num namoro, e se envolver com esse povo armado é pedir pra levar gaia!
— Vai nada Leidy! Mas converse com ele certinho...
— Vou ver... Mas e você e aquele menino que tu comentou?
— O Marcão?
— É, esse mesmo.
— A gente se beijou, mas dai eu me meti num fuzuê danado... Um outro cara não quer que a gente fique mais.
— Ele quer namorar?
— Não, esse outro cara quer é ficar com todo mundo.
— Ixi, tamo é lascada então! — Sorrimos uma pra a outra e já fomos fazer nossos afazeres.
Logo chega a hora do almoço e eu almoço com a Leidy. Ela disse que Puma ficou por lá com a marmita mesmo.
A tarde passa e já tá quase na hora de irmos embora.
Puma aparece batendo porta, ele me olha, faz um sinal pra eu acompanhar ele e sobe as escadas.
Espero um pouco pra Leidy não desconfiar de nada e logo subo.
A porta do quarto dele tá aberta, então eu entro devagar.
Dou uma olhada em tudo, já que nunca estive aqui.
Tem uma cama de casal com lençol todo preto, um guarda roupa na frente e uma porta que deve ser o banheiro no cantinho.
Tem até uma varanda.
Surpreendentemente, tá tudo bem arrumadinho até.
— Vem porra! – Ele tá sentado na cama olhando a mão dele e eu me sento do lado.
Ele tá tremendo a perna como se tivesse ansioso.
— Arruma essa porra! — Diz estendendo a mão pra mim que tá toda machucada ainda. — Não consigo pegar direito na arma pra atirar!
— Atirar em quem?
— Em quem eu quiser!
— No Marcão?
— VOCÊ... — Ele respira fundo. — Fica susse que seu namoradinho não vai morrer.... Ainda.
— Ele não é meu namorado.
— Porra mulher, só arruma essa merda! Quer saber também? — Ele se levanta como se fosse sair e eu o empurro pra sentar.
— Eu ajudo... — Falo e vou pro banheiro.
Tenho certeza que eu vi algumas ataduras e umas pomadas lá.
Chego com as coisas, me sento do lado de Puma e começo a fazer um curativo.
Sinto seu olhar sobre mim a todo momento.
Quando passo uma pomada anestésica, ele reclama baixinho e eu sorrio.
Dou uma enfaixada nos ossinhos de forma que fique bom pra ele fazer qualquer outra coisa.
— Pronto! — Olho pros olhos dele e ele se aproxima.
Em um movimento rápido, ele já me derruba na cama e sobe em cima de mim.
Ele me beija e coloca uma de suas mãos na minha cintura e a outra no meu pescoço, apertando ambos.
Puma tá usando uma camisa branca, então minhas mãos vão direto nas costas dele e eu dou uma arranhadinha que ele parece gostar.
Contianuamos a nos beijar e eu sinto minha respiração pesar e um calor no meio das minhas pernas aparecer.
Ele agarra minha cintura e me beija mais rápido.
Nisso, sinto seu joelho bem no meio das minhas pernas e eu dou uma jogadinha de cabeça pra trás, parando de beijar ele.
Sinto sua língua em meu pescoço e sinto ele começar a chupar aquela área.
Dai que eu reparo que ele tá tentando me deixar marcada.
— Puma! Não é pra fazer marca! — Falo e me levanto da cama.
Olho no espelho que tem no guarda roupa e dou uma olhada no pescoço. Ficou um pouco vermelho mas acho que logo sai.
— Por que? Tu não vai ficar com ninguém mesmo! — Diz ficando sentado na cama me observando.
Eu reviro os olhos.
— Tchau! — Falo e desço as escadas.
— Vamos indo? — Leidy diz terminando de pegar as coisas dela e eu concordo.
Quando saimos da casa, passamos na frente da portaria, ou seja, na frente do Sanches.
— Bom descanso Leidy! — Ele diz meio bobo e eu sorrio.
— Pra você também Sanches! — Leidy fica meio envergonhada.
Quando passamos começamos a rir da cara dele.
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Mocinha do Chefe
RomancePuma comanda a quebrada tem um tempo, e desde muito novo teve que aprender a se virar. Frio e sem família, sua vida gira em torno de dinheiro, mulher e droga. Ninguém ousa bater de frente com o chefe. Nala é uma garota simpática que faz de tudo para...