Um problema triplo (Bill Cipher x reader x Alastor x Bendy) - CANCELADA

Capítulo 36: Um problema floresce

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 (Narração de S/n)

  Minha cabeça rodava enquanto eu estava sentada no jardim do hotel. Um lugar bonito com árvores e uma aura lindamente azul e com vários vagalumes de mesma cor. Eu não sabia mais quem eu era. O que eu era? Uma demônio? Uma anjo? Uma humana? Ou um Cartoon de tinta? Eu sabia que não poderia ser tudo isso ao mesmo tempo, mas não sabia em qual deles eu me encaixava.

  Nunca existiu algo como eu. Eu seria um Cartoon se ficasse presa eternamente na máquina de tinta, mas não ocorreu. Eu me libertei e voltei a vida real depois vi viva para o inferno e ganhei chifres e rabo de demônios, mas agora eu era feita no céu e pertencia a lá? Eu não posso ser um anjo e um demônio ao mesmo tempo. Eu também não me encaixo como "anjo caído". Então quem sou eu?

  Eram tantas perguntas... às vezes perguntas tinham respostas, mas essas respostas desencadeavam em mais perguntas do que havia inicialmente, sempre foi assim e sempre será. E tudo parecia ficar cada vez mais confuso e essa confusão me dava raiva. Raiva por não me autoconhecer. Eu já tinha centenas de anos, mas não sabia quem eu era. Isso é estressante.

  Meus pensamentos foram interrompidos por uma perturbação na grama. Eram passos calmos que pareciam ir cada vez mais distantes do ponto que eu estava. Eu podia ver a silhueta de quem seria, mas não reconhecia. Era alto, magro e andava em direção a escuridão das árvores. Eu sabia que não poderia ser Bendy nem Bill. Pois caso fosse Bendy eu sentiria e veria seus chifres na escuridão e caso fosse Bill, eu veria a silhueta de sua cartola flutuante sobre sua cabeça. Mas não. Eu já tinha hipóteses de quem seria... Aquele suposto "cabelo" indicava que seria Husk, Alastor ou Boris. Pois parecia ter orelhas de um animal.

  A sombra se afastou e adentrou na escuridão. Minha curiosidade me atraiu para aquilo. Eu me levanto e ando até lá lentamente, tomando muito cuidado para não fazer muito barulho.  Eu agi como Bendy, com uma curiosidade que me puxa para aquilo. Erámos conectados diretamente pela tinta e isso me fazia ser muito parecida com ele mentalmente, erámos como um, por mais que isso fosse estranho.

  Adentrei naquela pequena floresta e vi a sombra novamente, passando por uma outra árvore ao fundo.

  S/n: Porra! Você não pode ficar aqui?! - Eu murmurei baixinho com raiva para que a criatura não ouvisse.

  Voltei a seguir disfarçadamente a criatura, pois quem quer que fosse, eu iria descobrir. Eu era assim, sempre fui. Nunca consigo dormir quando há algo provocando minha curiosidade. E talvez você diga que isso é errado e diga aquela frase clichê de que a curiosidade matou o gato, mas sabemos que isso não muda nada e que eu permanecerei sendo curiosa da mesma forma. É o natural. É impossível que uma frase mude seu modo de pensar e agir. Mudança requer tempo e não é instantânea assim.

  Acredite, eu sei o quão difícil foi para tentar mudar o Bendy e fazê-lo se tornar levemente mais pacifico, como ele era aos seus desenhos.

  Segui em frente lentamente, mas parei quando uma sensação de estar sendo observada me cobriu, olhei ao redor assustada, mas não vi nada além de plantas e minha própria sombra, não havia ninguém ali, não havia ninguém ali...

  - Você não devia estar aqui... - Uma voz familiar e profunda soou atrás de mim, muito próximo... Eu instantaneamente levei um susto, o que me fez pular e me virar para descobrir quem seria. Era Alastor.