Capítulo 2: Do céu ao inferno

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   "Não confie em ninguém"

   Havia algo estranho naquela carta. Você sentiu algo estranho, um calor que emanavam das palavras escritas a mão pelo homem, aquelas lindas formas perfeitamente detalhadas e desenhadas típicas da época em que você estava.

  Você não sabia explicar... Mas... Por que se sentiu tão mal ao se afastar dele? Então você notou... Aqueles sentimentos eram... Amor? Você não conseguia simplesmente se livrar dos pensamentos que você não queria o deixar assim, doía em você como se uma adaga te cortasse...

  Os céus eram claros. Iluminados pelo sol, as luzes se despiam da imagem branca e mostravam sua glória total, as nuvens bailando pelos céus, desenhando padrões fofos e infantis com formatos que sua imaginação padronizava. O relógio badalou... 3h30 da tarde. Você ouviu a madeira das escadas rangerem, com passadas desesperadas e pesadas na sua direção. Você se virou, assustada e confusa sobre o que havia acontecido.

  Vendo sua mãe atrás de ti, a mesma estava prestes a contar a notícia que mudaria sua vida de agora em diante: Sua avó havia morrido.

  Vocês nunca se conheceram muito bem, justamente pelo fato que ela morava em Nova York e vocês em Nova Orleans, mas essa notícia, tinha algo pior por trás... Algo que, por algum motivo, dava-lhe arrepios.

  Vocês se mudariam. Essa era a pior parte. Sua avó era casada com um dos maiores gênios do mundo, um gênio não muito reconhecido, mas um homem que tinha ajudado na criação do rádio. Mas por algum motivo, ninguém nunca havia contado seu nome a você. Quando seu avô morreu, ele deixou toda a sua fortuna da sua invenção para sua avó, por isso sua avó era milionária.

  Com a morte da mesma, toda a herança dela iria para seus filhos... Mas ela só tinha um único filho. Seu filho? Era seu pai. E por isso, vocês iriam se mudar pra mansão que antes era dela. Esse era só o começo do pesadelo que a sua vida viria a se tornar.

  Você, seus irmãos (você tem um irmãozinho e uma irmãzinha mais nova um mais velho. Seus nomes em ordem são: Fred, Elizabeth e Michael), e seus pais arrumaram as malas. Algo em você estava estranho... Você não queria ir, algo parecia que não deixava você ir. Te mantinha ali a todo custo. Mas você deixou os pensamentos intrusivos de fora e ergue sua mente e cabeça, já pronta pra embarcar no trem e simplesmente partir.

  Mas algo, pressionou-te a isso. Seu coração. Você correu e escreveu uma carta rapidamente para Alastor, simplesmente confessando o que sentia. Não havia tempo. Tick tock - o relógio batia na sua cabeça. - O trem estava prestes a sair. Você correu, como se corresse pela sua vida. Entregando a carta a qualquer pessoa, sem nem olhar a quem.

  S/n: Senhora. Poderia enviar essa carta aos correios para mim por gentileza? O trem já vai sair e não tenho tempo pra levá-la pessoalmente. Poderia fazer isso por mim senhora? - A idosa olhou pra você enquanto um sorriso gentil era desenhado em seus lábios.

  - Claro minha jovem. - Você sorri alegremente e volta-se para sua família, correndo até eles e entrando no trem, prestes a partir com o destino a Nova York. Ao entrar no trem, você acena para a senhora, com um sorriso no rosto.

  Caminhando até seu assento junto com sua família, a fumaça do trem emanou, ele estava prestes a ligar e começar sua trilha. Você se sentia bem, por finalmente conseguir confessar seus sentimentos a Alastor, mesmo que fosse de uma forma tão... Repentina e impulsiva, ainda sim era real. Você era uma jovem sonhadora e um pouco ingênua, você tinha sonhos e uma vida pela frente. Mas algo passava pela sua mente: Alastor estaria lá? Talvez. Apenas o futuro dirá, não é mesmo?

  A fumaça começou a fluir cada vez mais, o trem soou seu apito, indicando que sua partida seria breve. Você acomodou-se  em seu assento, observando o lado de fora da janela. Seu irmãozinho mais novo, com sono, apoiou a cabeça em você, parecendo sonolento e prestes a adormecer, ele parecia tão fofo e inocente olhando assim.

  Você observou as rodas começarem a se locomover lentamente, aos poucos pegando mais velocidade, rumo a cidade que muitos consideram a mais importante do país: Nova York. O trem já acelerou e pegou uma velocidade superior. Os cenários passando rapidamente pela janela era o que você podia ver do exterior do trem.

  ~pulo de tempo - 24 de Outubro de 1929~

  Sua vida em Nova York ocorria bem. Nada parecia tão... Errado, até então. Mas nunca mais você ouviu uma sequer palavra de Alastor, era o que você esperava, pra ser sincero, mas mesmo assim, isso parece ter te deixado um pouco triste e decepcionada.

  Você estava em um dia normal, seu pai tinha lhe pedido para ir até a banca comprar o jornal do dia. Você o fez normalmente, ao chegar lá, pagou o jovem vendedor e olhou as notícias. E lá estava ela... A notícia que mudaria sua vida: "Queda da bolsa!", você voltou pra casa o mais rápido possível e convocou sua família. Todos se aproximaram rapidamente, você fala a notícia. Todos ficam perplexos e sua mãe simplesmente desmaia, Michael a segurou.

  Depois de uma leve discussão sobre o que eles fariam sobre isso. A decisão foi objetiva e lógica: Todos tentariam ir atrás de um emprego, já que nenhum de vocês trabalhava pelo fato de se bancarem pela herança milionária que tinham em sua conta bancária.

  Sua escolha foi um estúdio local... "Joey Drew Studios", não era muito famoso. Algo nele dizia que era uma boa escolha.

Um problema triplo (Bill Cipher x reader x Alastor x Bendy) - CANCELADAOnde histórias criam vida. Descubra agora