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𝓜iami, Flórida.
Tyler Connor.

— 𝓐qui é a polícia, desça imediatamente do veículo com as mãos para cima! — Um policial da viatura da frente ordena através de um megafone, apontando uma arma na minha direção.

Merda, preciso sair daqui de dentro. Não quero levar um tiro.

Através do vidro do carro, observo um policial se aproximando com a arma apontada para mim. Estou encurralado, não há como escapar, mesmo que eu quisesse. E não sou tolo o bastante para tentar fugir de policiais armados.

Suspirando alto, destranco a porta e abro do lado do motorista.

— Saia com as mãos na cabeça! — Grita o policial próximo a mim — E não faça nenhum movimento brusco, estamos armados. — Ele alerta.

Ah, jura? Mal percebi.

Sacudindo a cabeça e colocando as mãos atrás da cabeça, coloco primeiro o pé direito para fora seguido pelo restante do corpo, me rendendo finalmente.

Encaro o policial à minha frente e esboço um sorriso irônico.

— Droga, fui pego. — Comento com um tom de falsa decepção nos lábios.

Falsa decepção é pouco, estou puto pra caralho.

— Você tem o direito de permanecer em silêncio — O policial à minha frente se aproxima e diz — Vire-se e coloque as mãos no capô do carro — Ele ordena, apontando a arma.

Levanto as sobrancelhas e obedeço. Não quero arriscar levar um tiro, ainda gosto da vida.

O policial se aproxima e retira minha carteira do bolso da calça antes de se afastar.
Ergo-me novamente e me viro para encará-lo.

— Droga — O policial que pegou minha carteira resmunga, chamando a atenção dos outros dois.

Olho para suas mãos e vejo minha identidade lá.

— Algum problema? — O policial ruivo pergunta.

— Deixem ele ir. — É tudo que ele diz, massageando as têmporas.

O ruivo franzindo a testa de imediato.

— Como assim "deixem ele ir"? — Ele questiona.

Um sorriso começa a se formar em meus lábios.

— Tyler Connor. — Ele lê meu nome em voz alta.

— Esse idiota é herdeiro da maior empresa de carros da Flórida — O policial moreno comenta.

O ruivo passa a mão pelo rosto, suspirando alto. Eu mantenho um sorriso inocente no rosto.

— Algum problema? — Pergunto.

O moreno me olha com desconfiança e é o terceiro policial quem fala.

— Por que não o prendemos de uma vez? — Ele pergunta aos outros dois.

Ele parece ser mais jovem que os outros dois.

— Não vou prender alguém que será solto em algumas horas. Ele é milionário, essas pessoas sempre se safam — Ele volta seu olhar para mim

Dou de ombros, pouco me importando.

— A vida não é justa para todos, não é mesmo? — Suspiro falsamente. — Agora chega de conversa fiada e devolva minha identidade — Ordeno.

Estendo minha mão direita esperando pela devolução.
Os policiais moreno e ruivo me devolvem meus pertences e guardo minha carteira no bolso da calça novamente, arrumando minha jaqueta de couro em seguida.
Em seguida, eles entram na viatura e partem, me deixando sozinho ao lado do meu carro amassado e extremamente irritado.

Caminho até o veículo, observando o estrago no capô da minha Lamborghini Huracan como se fosse a merda de um papel ou plástico amassado.

— Que droga! — Cerro os punhos e chuto com força o pneu do carro enquanto solto um palavrão alto.

kiss, tori

ℳeu ℰclipse    ,   dark boyOnde histórias criam vida. Descubra agora