098

88 3 0
                                    

𝓜iami, Flórida.
Cassie Miller.

𝓞s olhos de Connor estão com aquele brilho feroz, como se ele pudesse me devorar a qualquer momento. Tenho certeza que toda a minha lascívia também está escancarada enquanto olho para ele.

Nós dois estamos ofegantes e apenas nos encaramos enquanto enchemos nossos pulmões de ar. Sinto os dedos de Connor em minha mão, o toque me incendeia ainda mais.

Ele beija minha palma com delicadeza, os olhos cravados aos meus como duas adagas perfurantes, me sinto nua diante do seu olhar. É como se ele pudesse ler todos os meus pensamentos.

— Não fuja dessa vez — sua voz soa como uma súplica, ele está tão necessitado quanto eu por esse contato — Por favor.

Sinto seus lábios contra meus dedos, de novo, de novo e de novo. A respiração dele ainda está descompensada e sei que está se segurando para não me agarrar, para não ir rápido demais.

Umedeço os meus lábios, me preparando.

— Não quero mais fugir — respondo, meu olhar contemplativo sobre seus lábios. — Eu quero você.

Tyler arfa e avança contra mim novamente. Em um ato rápido ele se levanta, enlaça suas mãos em minha cintura e me pega no colo. Só tenho tempo para enlaçar meus braços em seu pescoço e minhas pernas em torno do seu quadril. E ele que me beija agora — avidamente, sem carinho dessa vez — seus lábios se apertam contra os meus, com força.

Nossas línguas se encontram em um ritmo perfeito, como se fôssemos peças de quebra-cabeças que se completam. Nosso beijo carrega toda a intensidade que habita em nós dois, todos os segredos que compartilhamos, todo o desejo que acumulamos durante todos esses meses em que resisti aos seus encantos.

— Porra, seu gosto — Tyler exclama quando pausa o beijo, sua língua passeia por seus lábios, apreciando meu gosto que ainda está presente ali. — Nunca me esqueci de como é delicioso.

Tenho vontade de dizer que eu também nunca me esqueci do seu gosto único. Uma mistura de menta com nicotina.

Meus lábios escorregam por sua pele, traçando um caminho de beijos que vai de seu maxilar até a orelha. Meus dentes raspa na carne sensível e sinto seu aperto contra o meu corpo se intensificar.

— Eu também nunca me esqueci do seu — sussurro, minha voz soa baixa e arrastada, demonstrando toda a minha excitação.

Um som rouco e terrivelmente sexy sai por sua boca mas é logo sufocado por meus lábios quando voltamos a nos beijar. Tudo melhora com a nossa proximidade, a pele morna de Tyler contra a minha me incendeia por completo.

Ele é o silêncio da noite, eu sou o brilho do dia. Separados, somos completos à nossa maneira, mas quando nos encontramos, tudo muda.

Eu sou a sombra que dança no escuro, ele é a chama que não pode ser apagada. Quando ele se aproxima, minha escuridão ganha vida, e suas chamas se tornam mais intensas.

Somos como um eclipse — raros, imprevisíveis, — quando nos alinhamos, o mundo para, o tempo suspende, e só existimos apenas nós.

Quando dou por mim, estou sendo colocada no chão e minhas costas se chocam contra algo duro — peitoral do garoto problema.

Sinto suas mãos no meu quadril, forçando-me a sentir o quanto está duro pra mim, o quanto ele me quer. Prendo meu lábio inferior com os dentes, contendo um gemido.

Sinto seus lábios molhados começando a distribuir beijos em meu ombro que logo se estendem mais para cima, até finalmente chegarem a minha orelha, onde ele lambe com a pontinha da língua, me provocando. Me sinto mole, essa é averdade, estou totalmente entregue aos seus toques.

— Se quer parar... — sua respiração está entrecortada, a voz mais rouca que o normal por conta de todo o tesão que estamos sentindo. — É melhor fazer isso agora — seu tom soa como um aviso, um aviso que tenho grande prazer de ignorar.

Minhas mãos se infiltram por baixo da sua camisa, deslizando por sua pele macia e coberta de tatuagens. Quando minha palma escorrega por sua barriga, o sinto estremecer, seus lábios vermelhos se entreabrindo, deixando que um gemido quase sussurrado escape.

— Não quero parar — digo enquanto seguro a barra da sua camisa, puxando-a para cima em um pedido silencioso.

Suas mãos apertam a carne da minha cintura, forçando nossos corpos a ficarem ainda mais colados. Minha respiração está arrastada, não aguento mais esperar.

— Cacete, garota — ele diz, se aproximando ainda mais de mim e só para quando seus lábios estão pairando sobre os meus. Sinto sua respiração misturando-se contra a minha, nossos narizes se tocando. — Vou experimentar a porra do seu gosto hoje.

Arfo em surpresa quando ele me joga na cama. Connor não perde tempo antes de se pôr sobre mim, os braços ao lado do meu corpo, engatinhando como um predador pronto para devorar sua presa. As orbes negras estão pousadas em meu rosto.

Ele beija e lambe a carne sensível do meu pescoço e do meu colo e não seguro o gemido que sai por minha garganta. Arqueio a coluna, meus dedos afundando em seus fios negros em um pedido silencioso por mais.

Connor se afasta um pouco do meu corpo e um sorriso diabólico está estampado em seu rosto quando ele abocanha meu mamilo arrebitado por cima do cropped e me faz ver estrelas. O desgraçado sabe que nesta noite, me tem em suas mãos, sabe que é o único que consegue me deixar fodidamente rendida.

kiss, tori

ℳeu ℰclipse    ,   dark boyOnde histórias criam vida. Descubra agora