𝓜iami, Flórida.
Cassie Miller.𝓔stamos dirigindo de volta para casa, as luzes da cidade passando rapidamente pela janela. O silêncio inicial começa a ficar confortável. Respingos de chuvas começam a aparecer na janela do carro. As gotas deslizam pelo vidro em caminhos sinuosos, formando pequenos rios temporários. As luzes da cidade são refletidas nas poças d'água na rua, criando um espetáculo de brilhos e sombras dançantes que me fascina.
Sinto um sorriso leve surgir nos meus lábios. Sempre gostei de chuva. O som constante das gotas batendo no vidro e no chão é como uma melodia suave que acalma meus pensamentos. Fecho os olhos por um momento, apreciando a tranquilidade do momento.
— Você está de favor no meu carro e vai passar o caminho inteiro me ignorando? — Connor pergunta, cortando o silêncio.
Olho brevemente para ele.
— Sim — resmunguei, e fiquei calada em seguida.
Meu celular vibra. Tiro-o da mochila e desbloqueio. Pela barra de notificações, identifico de quem se trata e minha expressão muda drasticamente.
— Quem é? — pergunta Connor, tentando espiar meu celular.
— Ninguém — gaguejo. — Presta atenção na estrada, idiota — dou um leve tapa em seu braço, e ele volta a se concentrar.
Olho novamente para a mensagem na tela. Suspirei fundo antes de abri-la.
pai.
Boa tarde! Minha passagem já está comprada. Vou passar o Memorial Day com você.eu
que? kkkkkkpai.
Não entendi a risada. Não posso passar o feriado com você? Afinal, eu que estou pagando por essa faculdade, não é?eu
sim
desculpa
só achei inesperadopai.
Inesperado porque você me rejeita... Toda vez arruma um jeito de se afastar.
Chegarei às 11h.
Reservei um restaurante inteiro pra esse dia. Até lá!eu
atéTermino de responder e bloqueio o celular novamente. Volto meu olhar para a estrada. A música do rádio preenche o ambiente, enquanto a chuva cai lá fora.
— Chegamos — Connor diz parando o carro em frente á minha casa.
— Obrigada pela carona — pego minha mochila pronta para sair do carro, porém, Tyler segura meu braço, me impedindo.
As nossas respirações se cruzam. Posso claramente sentir a fragrância do seu perfume.
Estávamos perto.
Muito perto.Apenas alguns centímetros de distância nos separavam. Meus olhos tomaram um misto de surpresa e choque, mas então eles caíram para os lábios dele.
— Preciso ir — desviei do seu aperto e abri a porta do carro saindo de lá.
Eu precisei manter os pés plantados no quintal para não largar a mochila e correr até ele, para explicar por que eu o havia negado, por que eu o havia afastado de uma maneira tão patética. Explicado que eu daria qualquer coisa para que ele me beijasse mais uma vez apenas. Mas, em vez disso, forcei-me a entrar.
Antes de fechar a porta de casa escuto
rugido da sua Porsche correr pelo asfalto. Fechei a porta atrás de mim e permiti-me soltar a respiração que nem sabia que estava prendendo.Não são apenas os seus braços em volta de minha cintura ou o sentir da respiração dele em meu rosto. Nem a forma como os seus olhos tão curiosos percorrem um caminho que vai dos meus olhos, a minha boca e se demoram nela como se estivesse esperando que eu chegue mais perto. É tudo isso e mais,
muito mais.As palavras da minha mãe se repetiram intensamente em minha mente assim que entrei no meu quarto e me deitei.
Talvez tenha sido uma boa coisa você ter cortado contato com ele, Sisi. Pelo que o pai dele diz, não tenho muita certeza se ele conseguiria lidar com tudo que você, nós, passamos.
Fechando os olhos, jurei deixá-lo em paz. Eu não seria um fardo para ele. Eu o protegeria da dor.
Porque eu ainda o amava tanto quanto sempre amei.
Mesmo que o rapaz que eu amava não me amasse mais.
kiss, tori
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ℳeu ℰclipse , dark boy
Teen Fiction❛ 𝗻𝗼𝘄 you're 𝗷𝘂𝘀𝘁 somebady that 𝗶 used 𝘁𝗼 know. ❜ Destruidor na pista e na cama, Tyler Connor é um piloto de racha acostumado a ter adrenalina correndo em suas veias, faz jus à toda fama de cafajeste que carrega. Mas tudo se...