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𝓜iami, Flórida.
Tyler Connor.

𝓞lho para trás em busca da Ferrari de Dylan. Aperto firmemente minhas mãos ao redor do volante, os nós dos dedos ficando brancos pela força que estou aplicando.

Observo pelo retrovisor o carro de Conrad se aproximar da Porsche 911 em que estou. Em seguida, dou um giro de 360° graus, impedindo que Conrad se iguale a mim.

— Chupa, maldito! — grito pela janela e coloco minha mão fora, mostrando o dedo do meio para Dylan filho da puta Conrad.

Mantenho meus olhos no retrovisor por mais alguns segundos até ter certeza que tomei uma distância segura de Dylan.

Conrad encurta a distância entre nós e piso no acelerador, meu corpo impulsionando para trás, eu dou risada, achando graça da adrenalina.

Olho pelo retrovisor novamente, vendo que a Ferrari Verde de Dylan está se aproximando com uma velocidade impressionante. Ele se posiciona para o meu lado e ergue o dedo do meio.

— Droga — bufo.

Giro o volante, colidindo a Porsche contra a dele. Conrad também joga sua Ferrari contra a minha, me fazendo xingar quando sua ação quase me joga para fora da pista.

Olho para frente, vendo que tem uma curva e me preparo para diminuir a velocidade.

— Esse filho da puta não vai me ultrapassar — digo entre dentes.

Reduzo a velocidade na curva, enquanto o Conrad faz o oposto. Por uma fração de segundos, ele perde o controle do seu carro, mas logo recupera me ultrapassando.

— Cedo demais, vacilão — puxo o acelerador.

Com a força que o carro turbina para a frente, eu vou para trás. Vejo o vulto do carro de Dylan ficar para trás e avisto a linha de chegada em minha frente.

Passo com tudo, ouvindo os gritos entusiasmados das pessoas. Derrapo com a traseira do meu veículo para um lado e as rodas dianteiras no sentido contrário da curva, fazendo assim, um drift — apenas para me exibir.

Saio do carro vendo todos formarem uma roda ao meu redor me idolatrando. Eu adorava aquela sensação.

— Arrasou amor — Maya, vem pulando em cima de mim me dando um beijo na bochecha.

E detesto tanta melação.

— Mais tarde tenho uma surpresa — ela diz de canto, fazendo-me sorrir.

Não detesto — tanta — melação.

— Eu sabia que você ia amassar ele — eu e Rafe batemos as mãos em um cumprimento especial.

— Aqui seu dinheiro — Mason me entrega um maço de dólares. Sorrio de ponta a ponta ao ver todo aquele dinheiro.

De canto de olho, vejo Jane se aproximar junto com suas amigas.

E ela estava lá. De cabeça erguida, sem expressão no rosto.

Tudo parecia acontecer em câmera lenta.

No passado, eu tinha medo de gostar dela, porque eu sabia que em algum momento eu teria que parar de gostar. Às vezes eu sinto como se sempre soubesse que uma hora ela iria embora.

Ela não tinha motivos pra ficar.

Tinha eu.
Tinha ela.
E um nós que quase existiu.

E um "quase" nunca me doeu tanto.

— Parabéns maninho — desvio meu olhar de Cassie com a parabenização da minha irmã mais nova. — Sai mocreia — Jane empurra levemente a Maya do meu lado me abraçando em seguida.

Só vi de relance Lewis sair pisando fundo. Eu que não vou atrás.

— Comemoração na casa do Mason — Alana anuncia para todos.

kiss, tori

ℳeu ℰclipse    ,   dark boyOnde histórias criam vida. Descubra agora