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𝓜iami, Flórida.
Cassie Miller.

𝓐 caminho da minha casa, paramos no estacionamento poeirento do Skybar, que oferece uma promoção de tequila por 1,99 ás quartas-feiras. Isso é animador, pois é quarta-feira.

Connor espreguiça-se no banco da frente e eu definitivamente não aproveito para dar uma olhado em seu caminho da felicidade.

— Pronta? — ele pergunta, e minha atenção passa rapidamente para seu rosto.

— Pronta — respondo com minha melhor voz contundente de robô.

Estendo a mão, acenando, e por um instante Tyler claramente acha que quero segurar sua mão. Ele observa, confuso.

— As chaves — eu o lembro. — Se você vai ficar bêbado, eu vou dirigir.

Após Connor perceber a lógica disso, arremessa as chaves para mim e, como sou a pessoa menos atlética do mundo, quase consigo pegá-las, mas as deixo cair em uma pilha de cascalho perto do pneu.

O garoto ri enquanto me apresso em recuperá-las. Depois disso, ele segura a porta do bar aberta para mim. Então, quando passo, meu cotovelo acerta seu estômago. Ops.

— Isso é o pior que consegue fazer? — ele pergunta, mal se contraindo.

— Caralho, eu odeio você.

— Não, você não odeia — ele diz com um resmungo atrás de mim.

O interior do Skybar é exagerado, brega e tão absolutamente mágico que paro de repente. Tyler bate contra as minhas costas, quase me jogando no chão.

— Que merda, Cassie?

— Olhe para esse lugar — aponto para um tubarão em tamanho natural que parece estar saindo da parede.

Há um mural de piratas no canto, e um caranguejo pendurado em uma rede no teto.

— É uma coisa diferente — ele assobia analisando o restaurante.

— Estamos tendo um dia tão bom sem nos matar que vou ser educada e sugerir algum lugar um pouco mais pretensioso, se você preferir, mas não vi um bufê em nenhum lugar, então...

— Pare de agir como se eu fosse uma esnobe. Gosto deste lugar — ele afirma, se senta, pega um cardápio pegajoso e começa consulto com atenção.

Um garçom com uma camiseta do local para junto à nossa mesa e enche nossos copos com água.

— Vocês querem comer ou só beber?

Consigo perceber que Connor está prestes a dizer "só beber", mas eu falo primeiro.

— Se ficarmos aqui por muito tempo, você vai precisar comer — digo.

— Acabei de comer tacos — ele argumenta.

— Você tem, tipo, um metro e noventa e cinco e pesa uns noventa quilos. Já vi você comer, e aqueles tacos não vão sustentá-lo por muito tempo.

O garçom murmura algo satisfeito ao meu lado, e eu olho para ele.

— Nós vamos dar uma olhada no cardápio.

Pedimos as bebidas. Então, me analisando, Connor apoia os cotovelos na mesa.

— Você está se divertindo? — o garoto problema pergunta, apoiando os cotovelos na mesa, me observando de perto.

— Quieto. Estou lendo — finjo estar concentrada no cardápio, tentando ignorar a sinceridade da pergunta.

— Qual é? A gente não pode conversar?

Adoto minha melhor expressão confusa.

— O quê?

ℳeu ℰclipse    ,   dark boyOnde histórias criam vida. Descubra agora