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𝓜iami, Flórida.
Cassie Miller.

— 𝓐conteceu algo? — Jane indaga indo verificar seu celular em minhas mãos.

Num gesto ágil, saio do Instagram e abro novamente a câmera.

— Nada não — respiro fundo para me recompor.

Não vou deixar isso me abalar. Não agora.

— Tudo bem — Jane retorna ao seu lugar com o uma expressão de desconfiança.

Ela não parece ter acreditado na minha afirmação, mas ao menos não questionou.

Concluo a sessão de fotos e devolvo o celular para a Jane.

Preciso sair dali. Agora.

— Vou pegar mais bebida — declaro me levantando e saindo, sem dar oportunidades para perguntas.

Caminho um pouco pela casa até avistar o barman.

Preciso de algo mais forte.

— Poderia me ver um Martini com bastante Vodka, por gentileza? — sorrio gentil para ele ao me sentar na cadeira. E ele prontamente vai preparar minha bebida.

Olho ao redor da festa, mas meus pensamentos presos naquela maldita foto. Ele realmente esqueceu tudo que a gente viveu?

Depois que me mudei, tudo mudou, inclusive eu.
O vento gelado não me esfria.
O fogo ardente não me esquenta.

Eu estava disposta a viver um recomeço, explicar tudo o quê aconteceu.

Sou tirada dos pensamentos por alguém me cutucando. Olho para o lado.

— Aqui seu pedido, senhorita — o barman diz, com minha bebida em mãos.

— Obrigada — agradeço com um sorriso ao pegar meu drink.

— Me seguindo sr. Cassie? — a voz envolvente daquela noite invade meus ouvidos.

— Acrediro que seria ao contrário, não é mesmo? — olho de ladino já sabendo de quem se trata.

Dylan está apoiado no balcão com uma expressão séria. Agora, vestindo uma jaqueta de couro.

— Se eu te disser que não tirei os olhos de você a madrugada inteira, você acreditaria? — ele ergue uma sobrancelha me encarando.

Desvio o olhar.

— Eu te consideraria um tanto obsessivo — eu soo sincera e posso ver de lado ele rir com o nariz.

— E eu te consideraria gostosa — ele solta, fazendo-me arregalar os olhos com o atrevimento.

Encaro ele — agora sorridente —, analiso o mesmo.

— Você veio de onde? — perguntei, inocentemente me virando na direção dele.

— Londres — uma resposta sucinta e direta.

— O que faz nesta festa sem nenhuma fantasia? — observo de cima a baixo, me questionando.

— Sou o dono da festa — se gaba.

Ok. Eu havia considerado todas as pessoas, exceto ele.

— Não imaginava, não é? — ele me olhou da mesma forma que eu o havia feito.

— Não mesmo — dou de ombros.

Continuei a fitá-lo, pensando seriamente sobre o que iria fazer agora.

Foda-se. Ergo o copo de Martini inteiro á minha boca, sentindo-o queimar. Coloco o copo sobre o balcão e me aproximo de Dylan de uma maneira sedutora.

Ele cola nossas bocas, o moreno na minha frente coloca suas mãos em minha cintura invadindo minha boca. Com toda a certeza irei colocar a culpa na bebida.

O gosto de Dylan era bom, apesar de misturar-se com o sabor do álcool. Vodka mistura com Martini.

As mãos firmes de Dylan apertam a carne farta das minhas nádegas, me fazendo arfar e me mover levemente.

Se eu continuasse, iria conquistar uma bela ereção do diabo.

Com calma, Dylan vai cessando o beijo e desce para o meu pescoço macio, abandonando um beijo molhado antes de voltar para a minha orelha, dando uma mordiscada no lóbulo.

— Se você continuar beijando desse jeito, irei querer seu corpo — sussurrou com a voz sexy, deixando em evidência todo sua libido.

— Você quer? — a proposta coberta por uma voz inocente fez ele sorrir.

Sem hesitar, ele volta a me beijar.

Amanhã eu morrerei mesmo.

kiss, tori

ℳeu ℰclipse    ,   dark boyOnde histórias criam vida. Descubra agora