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𝓜iami, Flórida.
Cassie Miller.

[ . . . ]

𝓜amãe estava cuidando dos meus curativos com cuidado, suas mãos ainda se encontrava trêmulas de preocupação. Eu estava deitada na minha cama, tentando não me mover muito para não piorar a dor. Já era da meia-noite, com a rua iluminada apenas pelas luzes dos postes e pela luz do luar.

Ela falava em sussurros suaves, palavras de conforto e promessas de que tudo ficaria bem, mas havia uma tristeza profunda em seus olhos. Seus dedos trabalhavam habilidosamente, mas eu podia ver que ela estava lutando contra o medo. O medo do Oliver fazer algo pior. Com nós duas.

O som dos passos de meu pai se aproximando fez com que Elena parasse por um momento, uma expressão de apreensão surgindo em seu rosto. A porta do meu quarto se abriu lentamente, e meu pai entrou. Sua presença parecia encher o espaço com uma tensão quase palpável. Ele olhou para nós com uma expressão dura, os olhos fixos em mim.

— Cassie vai viajar comigo — ele anunciou abruptamente, sua voz firme. — Quero ela longe desse garoto e longe de você, Elena.

Mamãe se levantou rapidamente.

— Você não pode fazer isso, Oliver! — ela exclamou. — Ela acabou de passar por algo terrível!

Ele balançou a cabeça, determinado.

— Não vou deixar nossa filha se perder por causa de um moleque qualquer — ele disse friamente. — Ela vem comigo e é final. Vamos sair daqui amanhã de manhã.

Eu estava paralisada, o coração batendo descompassado. A ideia de ser arrancada de minha mãe, de ser levada embora contra minha vontade, me enchia de um pavor indescritível. Tentei falar, mas as palavras ficaram presas na minha garganta, a dor e o medo misturados em uma confusão sufocante.

Mamãe deu um passo em direção a ele, a voz trêmula mas continuava firme.

— Isso não é a solução, Oliver. Você não pode simplesmente tirá-la daqui. Ela precisa de mim, precisa de segurança e carinho. Não vamos resolver isso de cabeça quente, por favor.

Ele a olhou com desdém.

— Eu sou o pai dela, e eu decido o que é melhor para ela. E o que é melhor agora é mantê-la longe dessa influência negativa.

Mamãe se voltou para mim, os olhos suplicantes. A dor física e a dor emocional se fundiram, criando uma raiva que não podia ser contida.

— Não! — gritei, minha voz cheia de desespero. — Eu não vou com você. Você não pode me forçar a ir!

Ele me olhou lentamente, uma expressão de surpresa e fúria se formando em seu rosto.

— O que você disse? — ele perguntou, a voz ameaçadora. Suas veias estavam amostra. E seus punhos cerrados.

Elena ficou tensa ao meu lado, pronta para intervir, mas eu continuei, minha voz ganhando força com cada palavra.

— Você ouviu! — exclamei, sentando-me na cama apesar da dor. — Eu não vou com você! Tudo o que você está fazendo, e dizendo, me faz ter mais... — pauso, te olhando com desdém. — Ódio de você!

— Isso não é uma escolha, Cassie. Você vai vir comigo e pronto.

Ele se virou para sair do quarto, deixando um silêncio pesado no ar. Mamãe se sentou ao meu lado, segurando minha mão com força. Ela sempre tentou me proteger, mas agora parecia tão impotente quanto eu.

— Nós vamos encontrar uma maneira de resolver isso, querida. Não vou deixar ele te levar assim.

A sensação de impotência era esmagadora.

desculpa o sumiço,
amo vocês
kiss, tori

ℳeu ℰclipse    ,   dark boyOnde histórias criam vida. Descubra agora