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A visão estava embaçada e tinha dúvidas se os pensamentos estavam funcionando, ainda estava sentindo os efeitos das sensações prazerosas que o corpo estava dando. As pernas ainda estavam tremulas, e tinha certeza se pisasse os pés no chão, que iria cair.

Tinha dúvida se era só mais um sonho dos inúmeros que acabou tento com Enid em oito meses, se fosse, não queria acordar. Olhou para o lado e analisou os menores no colchão, esperava que eles estivessem em um sono bem profundo e que permanecessem na sonolência pelo resto da noite.

Sentia a boca seca, mas a umidade ainda permanecia em outro local do corpo, entre as pernas. Significado do orgasmo e também da excitação que voltou a ser presente no meu íntimo.

Às vezes se esquecia do quão boa Enid era, do quanto ela era empenhada em mapear meu corpo para achar meu ponto mais sensível. Foram oito meses a desejando, o corpo implorando pelo dela, nunca se passou na cabeça que teria o desejo concebido em plena madrugada e as escondidas.

A situação poderia ser constrangedora se fosse pensar de um modo puritano, mas o prazer e a adrenalina que teve foi maravilhoso. Que os filhos perdoassem nossa tamanha falta de coesão, mas não se arrependia nenhum pouco.

Quando a visão se tornou nítida, se ajeitou na cama, indo ficar mais próxima de Enid, colocando as pernas em torno da sua cintura e se sentando sobre ela. Ela deu uma leve olhada para o colchão, Lilith e Williams estavam de costas para nós, capotados o suficiente.

Agradecia a cama por não fazer nenhum barulho, porque além das crianças, havia a presença das recém-casadas no quarto de hóspedes. Ambas com boa audição por serem lobas

Estava tão necessitada da loba que apenas seu toque fazia o ventre apertar, foi exatamente o que aconteceu quando suas mãos migraram para minha cintura. Um aperto firme que me arrepiou.

— "Às vezes me esqueço que você é insaciável"

Outra coisa que agradecia, o dom e a possibilidade de se falarem através dele. Sorriu para ela e lhe beijou os lábios, apreciando a bela sensação que era estar naquela posição com ela.

Apreciando a sensação que foi ter sua mão migrando para minha coxa, subindo em direção a minha bunda e apertando. Se controlou com todas as forças para não gemer, para que nenhum barulho saísse dos lábios.

Até mesmo o bailar dos lábios e a posição de encaixe estava sendo calculado, um beijo quente, onde nossas línguas se tocavam com profundidade e desejo. Sugou o lábio inferior de Enid com devoção, não conseguia ver nitidamente a cor dos seus olhos, mas só pelo jeito que ela me olhou, julgava que suas pupilas estavam dilatadas.

A excitação já tinha voltado com tudo para o ventre, sentia que estava retraindo o desejo de maneira involuntária, o que causava arrepios, um arrepio que subia pela barriga e migrava até a nuca.

O meio das pernas acabou se retraindo, estava ficando desconfortável novamente, a mão de Enid na minha bunda não me ajudava nenhum pouco a conter os espasmos involuntários no meu centro.

— "Estou sentindo sua excitação molhar minha coxa, sabia disso?"

Ela deu um sorriso cafajeste, um que sempre iria mexer com minhas estruturas, não importava o tempo que passasse.

— "Você disse que ia me ajudar a contê-la" — Enid prendeu a respiração e reprimiu os lábios quando rebolou em seu colo — Então, por favor, me ajude"

Seus olhos sempre iam para o colchão ao lado da cama, assim como os meus hora ou outra. Um medo de mãe, não estávamos a fim de deixar ninguém com trauma.

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