XVII

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Para antobaby dona caroline ❤️


Eu estava com a torta doce nas mãos e um nervosismo no estômago. Uma semana se passou desde minha conversa no Bósforo com Nero. Nós víamos quase todos os dias, seja no almoço ou janta. Estávamos de fato naquela essência inicial de namoro, com todos os descobrimentos. Eu tinha decidido falar com Kemal e Canan hoje, em um almoço mais íntimo, sem as meninas, porque apesar de tudo eu não sabia se eles iriam querer assumir essa responsabilidade comigo.

Kemal e Canan eram tão conhecidos na comunidade, se algo desse errado isso acabaria manchando a reputação deles. E ela nunca poderia fazer nada pra prejudicar aqueles dois seres de luz.

Seus pensamentos foram interrompidos quando Canan abriu a porta com um sorriso gigantesco no rosto. Seus cabelos escuros estar soltos, lisos ao redor do seu rosto, e ela usava um vestido floral. Era exatamente como uma mãe deveria ser.

— Entre, querida, entre! Vamos! Como foi para chegar aqui? Fez com caminho? Tire o sapato e venha tomar um chá comigo enquanto seu tio termina a receita dele.

— Deixou ele ficar na cozinha? A senhora está doente?

— Me dei esse dia de folga.

Deixo o doce em cima da mesa, me aconchego no sofá ao lado dela.

— Seu tio me disse que está namorando, é sério? — ela perguntou enquanto me dava a xícara.

Como eu poderia explicar que era tão sério quanto um ataque cardíaco sem assustá-la? Eu e Alexandre estávamos em uma sintonia diferente desde nossa conversa. O desejo estava entre nós, mas agora não era só isso. Era mais carinho, mais cuidado, estávamos nos entendendo no olhar.

— É sério, tia. Quero que conheçam ele.

— Podemos marcar um jantar essa semana, então, o que acha?

Sorrio, animada.

— Acho ótimo, ele já estava me cobrando não ter sido apresentado ainda.

— Não pode esconder o rapaz por muito tempo.

Dou uma risada tímida.

— Não sei se ele se encaixa como rapaz, tia.

— Não chame o homem de velho desse modo, Giovanna. — o olhar dela desviou para a saída da cozinha. — Vamos, Kemal! A menina está com fome, o que tanto faz aí?

O homem sai da cozinha com o refratário nas mãos. O cheiro de molho fresco estava delicioso, eu já sabia que era o famoso ravioli dele, o primeiro prato que ele fez para mim quando ficou sabendo que um dos meus sobrenomes era Antonelli. Vamos para a mesa, sentamos juntos, a conversa corre fácil.

Era exatamente como uma família deveria ser. Doce, acolhedora, aquelas de restaurar energia e fé. Eu era uma mulher de muita sorte de ter encontrado esses dois.

— Querida, tem que trazer seu namorado para conhecermos. — meu tio fala em meio a conversa.

É minha deixa.

— Tia Canan falou que poderíamos marcar um jantar e... bom, Alexandre quer conversar com vocês sobre... pedir a permissão para um noivado.

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