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Acı vеriyor yeni bir güne başlamak
Gözlerimdеki yaşı saklamak
Her bedende seni koklamak
Acı veriyor

Dói começar um novo dia
Escondendo as lágrimas em meus olhos
Cheirando você em todos os corpos
Isso dói.

Acı veriyor - Mert Demır

— E aí vem a noiva! — Naz gritou animada quando eu entrei.

Mil coisas passavam em minha mente, felicidade era a maior delas. Era a minha noite da Henna, amanhã eu me casaria com o homem da minha vida. Meu pai estava estável, ainda que rude, estável. Não tinham mais agiotas na minha porta, não tinha mais cobrança. Eu estava formanda, eu ajudava em exposições, e Alexandre desenhava uma lua de mel na Itália.

Eu estava vivendo um sonho, assim, como se eu fosse a escolhida pelo profeta para ser feliz.

A música estava alta, as mulheres batiam palmas para mim. Além de minha sogra, Canan, Asya e Naz, estavam também algumas vizinhas de Canan que encontrava nos almoços de domingo e que tinham muito carinho por mim.

Eu entro dançando, meus acessórios dourados balançam no ritmo da música, sinto a energia tomar conta de mim, minhas amigas me seguem, e ando pela sala decotada com acessórios vermelhos. Nilay reservou o espaço em um restaurante famoso, junto com Canan as duas correram atrás das decorações.

Estava tudo perfeito como eu sempre sonhei.

"— Como foi sua noite da henna, mãe?

— A minha? Querida... minha mãe e minha tia fizeram o que deu, não tínhamos muito dinheiro, mas tinha muita comida, muita música.

— Estava feliz?

— Eu estava radiante, afinal eu ia me casar por amor com o homem que sempre amei, tem coisa melhor?

— Quero me casar por amor.

— Tem que ser assim, Gio. Para ter um casamento feliz, tem que estar feliz. E você, minha princesa de olhos escuros... você vai ser muito feliz."

Senta, Gio! Senta! — Asya falou logo.

Me sentei no banco reservado para mim. Canan cobriu meu rosto com um véu vermelho. Cada uma das mulheres tinham uma vela sobre prato de cobre que continha a henna, e Nilay, por ser a mais velha, guiou as outras mulheres a andarem em círculos ao meu redor.

Cantavam músicas sobre casamento, sobre formar uma família.

Fecho meus olhos.

Materializo minha vida.

Vejo o sorriso fácil de Alexandre, vejo sua paixão, sua paixão por mim. Vejo a nossa vida em sua casa. Vejo nossa vida se materializando em um filho. Uma menina, nossa mistura mais perfeita.

Sorrio, sinto uma lágrima escorrer em meu rosto. As mulheres percebem, trocam a música para algo mais animado. Mudam a dança.

— Você chorou muito fácil, Giovanna. Não deu nem tempo. — Naz falou com uma risada alta.

— Quero ver quando for sua vez! — rebato logo.

Nilay vem até mim com uma moeda de ouro, se abaixa a minha altura e estende a palma de minha mão direita. Coloca a moeda ali, fecha meus dedos.

— Seu casamento será muito feliz, querida.

Ela se afastou de mim e deu espaço para Canan. Era a mais velha da família com um casamento turco, tradicional como tudo pedia. Canan sorriu para mim e com a henna começou a pintar minha mão. Desenhos simples para não ficar muito marcado. Em seguida ela cobre minhas mãos com um tecido vermelho, reza sobre mim, pedidos de felicidade abundante.

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