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Yüreğim kanıyor, katilini arıyor
Sevmeyi kendime yasakladım
Fırtınam diniyor, kokun eski bi' son

Meu coração está sangrando, procurando pelo assassino
Eu me proibi de amar
Minha tempestade está se acalmando, seu cheiro é um final antigo

Explicar para meu pai que eu não iria para Babaeski hoje foi mais fácil para ele do que para mim. Ele não questionou nada, e no fundo sei que estava aliviado por não ter minha visita e cobranças. Dizia estar bem melhor e que não precisava de cuidados 24hrs. Sim, eu bem sabia.

O mais difícil foi lidar com Asya e Naz o resto da tarde em meu apartamento, perturbando minha mente de ideias que a cada segundo ficavam menos absurdas.

Eu olhava para o vestido em cima da cama com certa apreensão. Não porque era feio ou algo do tipo, mas me arrumar para um homem como Alexandre não era exatamente algo que eu já tinha planejado. Hidrato a pele, me perfumo, e só me vem a reação dele em mente. Me visto e fico imaginando seu olhar ao me ver.

Tinha algo de fantasioso nisso tudo, como um conto de fadas com hora para acabar, mas que parecia muito divertido de brincar. Deixo a casa organizada e brinco com pouco com Pamuk enquanto Alexandre não chega. A cada minuto próximo das 20h, minhas idas ao espelho ficam mais frequentes, faltando segundos para o ponteiro do relógio alcançar o fatídico digito, uma mensagem chega em meu celular.

"Subiria para te buscar na porta da sua casa, mas me contento em te esperar aqui embaixo. Cheguei :)"

Eu arrumo minha camisa de novo, me observo pela janela do carro, esperando ansioso como um adolescente. Ajeito o cabelo e me pergunto quantos anos eu tenho e porque estou agindo assim. Eu poderia colocar a culpa em Hakam e tudo que ele tramava contra o pai de Giovanna, mas desde que comecei a me arrumar, o mafioso não passou pela minha cabeça de forma alguma.

Volto meu olhar para a entrada do prédio e espero. Eu escolhi o meu melhor carro, mandei lavar, vesti minha melhor camisa, tudo isso porque ela merecia o melhor, mesmo eu sentindo que por vezes ela não se permitia isso.

Quando a vejo saindo do prédio, sinto meu ar faltar. Minha boca fica seca, meu coração acelera, e sou obrigado a levar a mão ao peito como se para impedir que esse órgão traiçoeiro saísse do peito.

Ela se aproxima quase tímida, mas com uma postura inegável.

— Você está linda, Giovanna. — quando ela para na minha frente, me inclino até beijar sua bochecha.

Respiro fundo quando seu cheiro me envolve. Me afasto e sorrio para ela.

— Cheirosa, como sempre. Você é quase uma droga.

O olhar dela muda, quase como se eu não fosse o único hipnotizado ali. Abri a porta para ela, sempre sorrindo porque parecia impossível não sorrir quando eu estava com ela. Quando dou partida no carro, a ansiedade da mulher transparece em um olhar quase de menina.

— Onde vamos?

— Oras, sem pressa, sim? Eu tenho tudo organizado.

Na verdade eu estava suando frio. Um amigo tinha um restaurante no topo de um dos edifícios mais altos de Istambul. A vista era linda, a comida digna de estrela Michelin, e ainda assim era um ambiente confortável, que te deixava a vontade.

— Como está seu pai? — eu pergunto para aliviar a estranheza que me bateu de repente.

— Eu conversei com ele hoje, eu ia para Babaeski, mas... mudei de planos.

Olho para ela e a vejo sorrindo. Isso me dá um ânimo.

Eu não posso esquecer o objetivo disso tudo. Hakam deu o recado, e eu preciso pedir Giovanna em casamento antes que o pior aconteça. Confesso que por um instante sinto falta de todas as tradições para um casamento. Na primeira manifestação de interesse a família já estaria preparando a jovem para o matrimônio. Lado bom: mulheres tinham mais direitos e isso era ótimo. Lado ruim: eu precisava me casar com essa mulher para ontem.

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