Marcelo.
Tinha um filho da puta na casa dela chamando meu filho de bambino. Eu fecho os olhos, respiro fundo, deixo o corpo tentar controlar esse ciúme sozinho. Eu não tinha direito algum, tinha? Claro que não. Ela poderia se envolver com quem quisesse, mas quem era esse homem na vida do meu filho?
— Giovanna... — eu começo em um tom sério e ela logo me corta.
— Agora não, Alexandre. Vamos para a sala.
Eu me aproximo logo dela, a volto para a mim, segurando firme em seu braço a ponto.
— Eu quero saber quem é Marcelo?
— Provavelmente não. — ela fala segurando um riso.
Essa filha da mae está achando graça.
E então eu vejo.
Passa rápido por seu olhar como uma estrela cadente. O desejo. Isso eu reconheceria pelo resto da minha vida.
— Diaba...
Em uma fração de segundos empurro Giovanna contra a parede mais próxima, enfio a mão em seu cabelo e a puxo para minha boca. A resposta é imediata, ela agarra meus braços e me puxa para mais perto, tão perdida e enlouquecida quanto eu.
Seríamos nosso fim.
Eu escuto aquele infeliz a chamando pela casa, e o fato dele estar tão familiarizado com a planta me deixa ainda mais irritado, e isso só pode se converter na vontade que tenho dela.
Minha outra mão desce rápido, levanta a blusa e percorre o tecido da calça. Ela não fala nada e eu agradeço o tecido ser tão leve. Gememos juntos, baixo, assim que meus dedos percorrem a carne molhada. Escuto a voz de Marcelo se aproximando mais e mais, e minha vontade é que ele nos encontre desse jeito.
Mas eu não sou tão idiota assim.
Sinto o corpo dela se aproximar do orgasmo, tão rápido quanto antigamente, a minha mercê. Me afasto tão rápido quanto a ataque, e vejo a frustração iminente em seu olhar X depois a irritação de ter sido tão fraca.
Marcelo entra no escritório como se o território fosse dele e eu me sinto imensamente satisfeito com a expressão em seu rosto ao me ver. Ele olha para ela, vermelha e levemente descabelada, e então olha para mim, mas não tem coragem de falar o que se passa em sua mente.
— Gio! Estava preocupado, não atendia o telefone, seu tio me disse que estaria sozinha...
Ah, Sr. Kemal... não confia em deixar sua filha sozinha comigo. Ele estava certo, se Marcelo não estivesse aqui o resultado seria o mesmo.
— Sem necessidade, ela não está sozinha. — eu falei com um sorriso sínico.
Giovanna parece acordar para a vida.
— Marcelo, oi! — ela lança um italiano que me dá raiva.
Giovanna combina com turco. Sua voz soa melhor em turco. Ela tinha cheiro de café, chá, tinha gosto de Baklava, e era tão bonita quanto a Mesquita Azul.
— Esse é Alexandre... é o pai do Emir...
— Pai? Pai do Emir? — ele questionou surpreso, me olhando.
— Por que a surpresa? Acho que deve saber como bebês são feitos, geralmente precisam de duas pessoas...
— Nero... — Giovanna me repreendeu.
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