XXIV

353 37 34
                                    


Não demorou muito para chegarmos em Florença. De voo comercial o trajeto juraria um pouco mais devido a escala necessário em Roma, já conhecia bem esse caminho, meu celular estava com notificações ativadas para ofertas de passagem. De Nero Airlines, porém, o tempo caiu pela metade. Era madrugada quando pousamos em terras italianas e foi só colocar meus pés naquele chão que eu senti meu coração aquecer.

Independente do contexto, estava em Florença. Terra da arte, de alma. Não via a hora de explorar cada canto, cada centímetro desse lugar.

Olhei para o lado e vi Alexandre conversando com o piloto, provavelmente liberando a equipe para uma folga enquanto estamos aqui. As malas já estavam indo para o carro e quando eu achei que teríamos um motorista, Alexandre abre a porta do passageiro para mim.

Não questiono, entro em silêncio e assim que saímos do aeroporto eu me perco nas vistas, queria que estivesse de dia para poder observar tudo.

Quando passamos pela Galeria da Academia de Belas Artes de Florença, não consigo conter meu suspiro.

— Acalma o coração, vai ter bastante tempo de explorar cada arte desse lugar. — escuto a voz rouca dele.

Me volto com um meio sorriso.

— Só vou conseguir falar sobre isso.

— Não tem problema, ao menos pode aproveitar a viagem apesar de tudo.

Eu concordo, decida a não estragar meu sonho com tudo que acontecia entre nós. Ele me deu isso, e eu vou aproveitar. Quando chegamos no hotel, meu queixo quase cai, não sei porque pensei que ficaríamos em um lugar mais simples quando agora meu sobrenome era Nero.

Four Seasons de Florença era um sonho de tão lindo. Alexandre para o carro na frente da entrada e desce. O concierge abre a porta para mim e eu sorrio.

— Ciao! Senhor e Senhora Nero, que honra recebê-los nesse momento tão especial! — ele fala com um sorriso. — Sou Marco, vou acompanhar a estadia de vocês, tudo que precisarem podem contar comigo.

Marco fala em um bom inglês, mas Alexandre surpreende na resposta na língua nativa.

Servi mia moglie e mi servirai completamente.

Sinto meu coração falhar uma ou duas batidas só de escutar aquela voz rouca em um idioma tão quente. Maldito seja esse homem e suas surpresas.

— Entendido, senhor.

Somos guiados para o lado de dentro do hotel e é ainda mais bonito do que o lado de fora. Eu não paro de olhar cada canto, deixo Alexandre cuidando da burocracia do check in sozinho. Quando percebo, ele me chama para o quarto.

Eu já esperava o exagero em pessoa. A maior suite do hotel era uma suite histórica, situada no complexo do Palazzo della Gherardesca, eram quartos restaurador do século 15, lindos. Era o tipo de coisa que Alexandre pagaria para ter.

Porém, quando entramos no quarto, percebo que apesar de grande, ele não é exagerado. E a primeira coisa que me dou conta é a grande janela com vista panorâmica para a cidade. Uma vista panorâmica simplesmente para o Domo da Catedral de Santa Maria del Fiore.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
lado a lado Onde histórias criam vida. Descubra agora