Capítulo 65 - Mate do Louco (parte 1)

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Deixar Ian na mansão sem uma supervisão foi um erro. Dante nunca imaginou que o seu precioso prisioneiro encontraria uma brecha em suas ordens para chamar atenção dos soldados do Inferno. Como aquela coisinha podia ser tão suja? Uma puta! Era esse o tipo de pessoa com quem tinha se casado. Uma vadia imunda.

Todas as vezes que via Ian se tocando em seu quarto, o Rei do inferno não fazia ideia de que uma plateia acompanhava todos os movimentos de perto, assim como ele fazia a distância. Ele sempre achou que fosse o seu show privado, sempre leu seu nome escapando pelos lábios de Ian e sempre achou que ele era o alvo do seu desejo. Mais uma vez ele estava errado. Era muito fácil errar quando se tratava de Ian.

Foi durante o retorno que Dante percebeu a porta aberta, a arma sendo entregue nas mãos de Ian e como seu olhar estava sempre fixo em quem lhe assistia. Imediatamente ordenou que Mike acelerasse e fosse direto para o quarto buscá-lo. O Rei do Inferno foi até o escritório tomar um copo de uísque e tentar acalmar os seus nervos. Ele já tinha perdido o controle na véspera da sua viagem, enquanto bebia e revia os vídeos de Ian se masturbando. Ele cedeu aos impulsos, invadiu o quarto e quase o devorou. Dante não podia voltar naquele quarto, ele não resistiria.

Mas a imagem do cano da arma sendo engolido por Ian enquanto ele gozava não saia de sua mente e provavelmente ficaria gravada na mente de várias outras pessoas também. A sua propriedade estava sendo violada por seus subordinados, ele não conseguia se acalmar.

Era preciso resolver isso pessoalmente.

O que ele não esperava era uma plateia tão grande. Dez dos seus homens se amontoavam na porta do quarto de Ian e ao perceberem a presença do chefe tentaram escapar, mas ele deu a ordem para que ficassem e não se mexessem.

Foi então que ele viu Ian sentado na cama, olhando com cobiça para Mike, o despindo com os olhos, o desejando da mesma forma que o desejou.

— Vejam só se não é o meu coelhinho assustado? — Foram as palavras provocadoras que saíram de seus lábios, ele queria que Ian parasse de olhar pros outros e olhasse pra ele, apenas pra ele. — E que bela plateia nós temos aqui!

Era isso que ele ganhava tentando tratar bem o coelho assustado, todas as vezes em que foi minimamente gentil com ele, foi apunhalado pelas costas, esse ciclo não podia continuar. Era hora de acabar com o jogo.

— Se eu sou seu então pare de me ignorar, ao menos fale comigo, me torture ou me foda eu não ligo só não... — Ian levantou-se e andou em sua direção e foi como se todas as pessoas desaparecessem, apenas as pernas delgadas, a cintura curvilínea, os lábios macios e olhos sedentos de Ian estavam presente — Se eu sou seu me use!

Dante saboreou essas palavras, elas encheram seu peito, e percorreram por todo o seu corpo, eram deliciosas e só aumentavam a sua fome como um estimulante para abrir o apetite.

Era um erro se entregar para aquele desejo, mas também foi um erro ignorá-lo. Ele tentou ser bom para o coelhinho assustado, mas não foi suficiente. Se era atenção que a sua coisinha queria, era isso que ele iria ter. Dante tirou o cinto tão rápido e tão feroz que o couro estalou no ar, arremessou Ian de bruços na cama, e conteve os seus braços amarrando-os.

Os dedos de Dante se perderam nos fios loiros até se enroscarem e os puxarem com força pra trás, as costas de Ian arquearam enquanto Dante rosnava:

— Você é minha putinha, você não pode se exibir assim! Você só pode gozar se for no meu pau, você só pode gemer pra mim e se mostrar pra mim! Quando você vai entender, Ian, que você é só meu?

Mike fez menção de se retirar ao ver o Rei do Inferno tão alterado.

— Você fica! Junte-se à plateia, teremos um espetáculo especial hoje.

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