Capítulo 66 - Mate do Louco (parte 2)

1.1K 127 45
                                    

O cheiro característico de sexo dominava o quarto da mesma forma que Dante dominava Ian na frente de todos. Aquela foi a reação mais prazerosa de Ian até então, os sons que emitia, a expressão que fazia, a forma que o seu corpo se mexia em busca de mais, rebolando para frente e para trás. Era enlouquecedor e enfurecedor.

— Já viram o suficiente, fechem a porta e saiam!

A ordem foi cumprida rapidamente e então eram só os dois e aquele desejo há tanto tempo contido. Dante retirou a arma com raiva atirando-a para longe, por mais que fosse gostoso o jeito que Ian lhe apertava junto ao metal gelado, ele não queria dividir espaço com nada nem ninguém. Ian lhe pertencia e só ele poderia invadi-lo.

— Vamos começar a brincadeira de verdade e só vamos parar depois que você engolir toda a minha porra.

Dante empurrou Ian para baixo com força ao mesmo tempo que rebolava, sentindo as paredes internas dele tremerem, ele estava acertando o lugar certo. Aquele buraco molhado e quente parecia tão enlouquecido quanto Ian, reagindo a cada movimento de Dante com intensidade. Os dentes de Dante se cravaram no ombro de Ian o fazendo gritar, quanto mais dor Dante lhe infligia, mais forte eram as suas reações.

— Você ainda não vai gozar.

Mais uma vez a mão de Dante impediu o orgasmo de Ian que choramingou tristemente, ele queria gozar, ele queria desesperadamente gozar naquele pau que ele desejou por tanto tempo, mas tudo que sentiu foi o pulsar dentro de si e o jato quente o preenchendo novamente. A sua ereção estava dolorida e suas bolas pesadas desejavam algum alívio. Mais uma vez Dante lhe negava o que mais desejava.

— Me deixe gozar, por favor — suplicou Ian.

— Rebole pra mim, dessa vez eu quero ver como você faz.

Sem sair de dentro de Ian, pois mesmo depois de ejacular duas vezes seu membro parecia não se cansar, pelo contrário, ele queria mais. Mais do cheiro de Ian, marcar mais a pele de Ian, encher mais e mais Ian com sua porra. Dante o virou de frente para ele, mostrando o quão flexível podiam ser aquelas pernas longas. Um turbilhão de pensamentos tomou a mente de Dante, o número de possibilidades de posições em que ele poderia fodê-lo eram muito grande e ele queria testar todas elas.

A respiração pesada de Dante atingiu o pescoço de Ian e o simples toque do ar quente fez com que ele tremesse. O corpo de Ian estava cada vez mais sensível, reagindo ao menor dos toques e Dante queria provocá-lo, queria levá-lo ao limite, jogá-lo em mar aberto só para ver a sua bela expressão enquanto se afogava. O desespero nunca foi tão bonito.

Deitando-se Dante ajeitou Ian em seu colo, olhando para ele montado em si, cabelos bagunçados, a sua expressão de luxúria e seu corpo marcado. A melhor vista que já teve em toda a vida, a sua propriedade era linda e lhe despertava vontades nunca imaginadas antes. O membro melado pulsando em sua frente lhe pareceu saboroso, pela primeira vez ele quis sentir o gosto de outro homem em sua boca, porém, ele afastou tais pensamentos, caso se permitisse a tais atos acabaria sendo dominado por Ian. Se fosse para se entregar para um homem, Dante deveria ser o único a dominar naquela relação.

Os movimentos de Ian vieram sem aviso, ansioso para ser preenchido ainda mais ele se mexeu com dificuldade no início, devido a contenção dos braços atrás das costas, mas não demorou muito para que ele pegasse o jeito, as suas habilidades na dança ajudavam com equilíbrio e flexibilidade, então ele conseguia mexer os quadris para frente e para trás e de forma circular arrancando um gemido tão satisfatório de Dante e pela primeira vez os dois sorriram.

Era como a noite de núpcias e ainda assim melhor que a primeira vez. A imagem de Dante era tentadora, seu semblante enraivado deu lugar ao êxtase. As vozes de Ian e Dante se misturaram em uma canção sórdida e muito lasciva. Ian dançava ao som do dueto sentindo-se mais vivo do que nunca. Sua mente não lhe pregava peças, seu corpo não previa ataques e ele não se sentia mais sozinho. Era apenas a canção deles, o sexo deles, o prazer deles.

Jogo PerversoOnde histórias criam vida. Descubra agora