Jogo Perverso

Capítulo 45 - Promoção do Peão - parte 1

Era muito bom difícil para Dante conter a sua sede, esconder a sua fome e não seguir os seus instintos, desde o momento em que Ivy pisou no palco da Boate Luxúria ela já era completamente e irrevogavelmente dele, o Rei do Inferno sabia que faria tudo para que aquela mulher se tornasse a sua Rainha, porém se fosse muito agressivo assustaria a sua presa e a última coisa que ele queria era uma esposa que o temesse e apenas por isso ele aguentou.

Os únicos tipos de olhares que Dante queria receber da sua companheira era de admiração e desejo, o mafioso já era temido por todos no Inferno e ele merecia que alguém o visse de forma diferente, que o adorasse, o amasse e o desejasse sem ter que fazer ameaças. Seu objetivo desde o início era conquistar o coração de Ivy e assim tê-la por completo, possuir não só o seu corpo, mas também a sua alma.

Um sorriso presunçoso sempre nascia em seus lábios quando lembrava da palavra "Querido" saindo da boca de Ivy e seu pau latejava sempre que o seu nome soava ao som da voz dela. Ela era a única pessoa viva que o chamava pelo nome em sua presença e seria assim até o fim dos tempos.

As pessoas podiam até pronunciar o nome dele, mas ao se dirigir a ele, ninguém o chamava pelo seu nome, era sempre: Chefe ou Senhor, já a mídia sempre o chamava de "benfeitor" e a ironia daquele título era uma deliciosa vitória para o mafioso que queria ser adorado.

Mas Ivy podia pronunciar aquelas duas sílabas livremente, ela devia deixar o seu nome rolar em sua boca, especialmente se fosse entre gemidos

A verdade era que Dante tinha um pequeno segredo indecente, ele adorava subjugar as mulheres durante o sexo, mas ele queria experimentar a posição oposta ao menos uma vez. Ser amarrado, vendado, ficar exposto e vulnerável para que seu corpo fosse usado apenas para o bel prazer daquela que o possuía e ele sabia que Ivy era a candidata perfeita para tal tarefa.

Aquela força da natureza seria capaz de colocar qualquer homem sob seus pés e fazê-lo implorar por clemência e por algum motivo Dante estava mais do que louco para experimentar a sensação.

Ivy iria entender, mais do que isso, ela iria amar ter o Rei do Inferno sob o seu comando.

Mas também tinha Ian, aquela coisinha desengonçada que vivia tremendo e gaguejando com medo do Rei do Inferno e que mexia com ele de uma forma completamente diferente, enquanto Ivy era algo que não podia ser contido e fazia com que Dante apenas se rendesse, o irmão era completamente o oposto, apesar de ambos carregarem a mesma força no olhar, o jovem rapaz despertava a sua vontade de domá-lo.

O coelhinho assustado era uma presa fácil e divertida, seria muito bom brincar com ele, ter novamente seus dedos apertando aquele pescoço de forma gentil, porém firme, mostrando a ele quem manda, mostrando a ele a quem ele pertencia, fazendo-o chorar e implorar pelo seu pau.

Ian com certeza seria um animal assustado que morderia e arranharia enquanto Dante tomasse o seu corpo e o marcasse como dele.

Esses não são pensamentos que um homem prestes a se casar deveria ter, ele sabia disso, mas logo tudo seria resolvido, uma das cláusulas para que Ivy tivesse metade do Inferno exigia que ambos, Ivy e Ian o pertencessem, assim o Rei do Inferno poderia realizar as duas fantasias a de conquistar sua Rainha e de caçar o seu coelho assustado. Dois coelhos com uma cajadada só.

Assim ele permaneceria fiel a sua Rainha e aos seus desejos.

É claro que ele não iria se entregar a essa fantasia, ele não era gay! Manter Ian por perto seria apenas pra atormentá-lo e divertir-se com o seu terror e mesmo que o seu pau implorasse para deflorá-lo, ele jamais o faria, esse seria o segredo que ele não revelaria nem para a sua Rainha.

Levaria para o túmulo todo aquele desejo irracional de devorar o coelhinho assustado até o último pedaço até que só sobrasse lágrimas, suor e esperma.