O PASSADO

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EDITH

Depois de curtir bastante pela casa, começo a tocar guitarra, piano, violino, violão, bateria...

Todos os instrumentos que eu podia, cantando no estilo rap metal e rock.

Balançava meus cabelos sentindo a música e o instrumento.

As Demi-humanas gostaram bastante de me ver cantando.

Nunca achei que beber fosse tão bom, até que bebo mais um pouco, o que me faz ter enjôo, e tontura.

Tento ir ao quarto, tropeçando, segurando pelas paredes, porém...

Eu desmaio.

Tudo apaga.

LEMBRANÇAS

Há 60 anos atrás...

EDITH

Levanto da cama assustada, pesadelos não me deixavam dormir, lembrando da minha irmã Elisa, que foi morta injustamente.

Minha infância foi boa até um certo ponto, até que a vila em que vivemos foi destruída, e tivemos que ir para outro lugar, uma cabana na floresta. Dês de então, já muito nova meus pais brigavam sem parar, meu pai traía a minha mãe, e ele batia nela. Quando minha mãe teve Elisa, no começo estava tudo muito feliz. Mas o tempo foi se passando...

Elisa completou seus 3 anos e tudo voltou a ficar ruim novamente. Meu pai sempre teve fortes recaídas por conta do álcool. Até que chegou ao ponto de ele descontar a raiva em nós duas, nos batendo, espancando quando não fizessemos algo do jeito que ele queria.

Num certo dia a comida estava muito escassa, vindo a fome. Então meu pai teve a "brilhante" ideia de servir eu e minha irmã de isca para umas bruxas, já que elas gostavam de comer carne de crianças, as deixavam mais jovem.

Se elas caíssem na armadilha, poderíamos pegar toda a riqueza e alimento que mantinham guardado.

Minha mãe furiosa não deixou de maneira alguma, e meu pai a espancou, nos levando até às bruxas, porém elas queria a minha irmã, que era bem mais nova. Ele começou a me deixar em casa e levar somente Elisa, e quando minha irmã chorava não querendo ir, ele a espancava.

E assim foi todas as noites, Elisa sendo levada como isca para bruxas. Meu pai matou e roubou o máximo de bruxas que podia.

Não sei como não acabou morrendo. Quando completei meus 12 anos, minha mãe foi assassinada. Por ninguém mais, ninguém menos, que meu pai, que estava bêbado demais e acabou espancando ela até a morte, cortando a cabeça dela com um machado.

Ficamos muito triste por conta da nossa mãe. Ela era a única que nos tratava bem como filha. Eu a amava tanto, chorei muito. Principalmente quando meu pai me mandou ajudar ele a enterrar o corpo. Toda a vez que eu desmoronava a chorar, ele me dava um soco na cara.

Pai- Engole a porr@ do choro! Vamos!

Eu tentava aguentar firme, engolindo e guardando meus sentimentos dentro de mim.
Depois daquilo, nunca mais consegui ser a mesma...

O tempo foi se passando e a vida inteira fomos treinadas para lutar contra bruxas, ogros, e monstros de todos os tipos.

4 anos se passaram

E meu pai piorava.

Numa noite fria, ele acorda bêbado no meio da noite, entra em nosso quarto seminu. Fico assustada, ele nunca tinha feito algo do tipo.

Ele vem até mim tocando no meu rosto devagar, acariciando com o dedo. Ele tava muito estranho...

Pai- Edith, como você cresceu... Ficou tão bonita.

O SÁDICO E A EXCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora