O PASSADO 5

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Há 40 anos atrás...

EDITH

Tiro a mesa da frente, laçando meu poder das sombras nele. Eu não sabia usar bem esse poder, será o momento perfeito para tentar.

Tento derruba-lo usando tentáculos de sombras que o arrastam pelo chão.

Ele é rápido, com uma espada de luz azul, corta os tentáculos.

Argoth- Impressionante. Para me derrotar vai precisar mais que isso, amor. Hahahahahhahahaha

Ele fala debochando de mim.

Com raiva eu invoco a minha espada, tentando ataca-lo.

Naquela sala ecoava com o tilintar metálico das espadas. Eu me movia com destreza, o brilho da lâmina cortando o ar. O homem à minha frente era habilidoso, seus olhos determinados refletiam a intensidade do confronto. Cada movimento era um duelo entre força e agilidade, uma dança perigosa. O suor escorria, mas nenhum de nós recuava, pois naquele momento, éramos apenas dois adversários em um duelo de destinos entrelaçados.

Num rápido momento ele me ataca com sua espada fazendo a minha cair no chão, junto comigo que também cai no chão com tudo, ele vem me atacar colocando a espada no meu pescoço, eu a seguro com toda força.
Enquanto isso, todos os agentes lutavam contra todas as sombras do local, estavam todos perdendo feio contra elas, era um trabalho difícil para eles, muitos estavam morrendo. Só me restava usar tudo de mim.

Enquanto isso...

WHISPER

Aproveito o tal ataque que estava acontecendo, e vou para organização SAM, como todos estavam distraídos com a luta, fui até a sala que tem minhas informações. Coloco gasolina em tudo e queimo todo o lugar, a intenção era queimar só a sala, mas vai que tinha outro lugar, então resolvo explodir todo o lugar colocando fogo e matando um por um ali.
O plano estava saindo como o esperado afinal.
Assim que eu destruísse tudo ali, eu poderia sumir do mapa tranquilamente.

EDITH

A um fio de morrer com tudo se destruindo ao meu redor. Penso no que fazer...
Olho para o lado, vejo Annelise toda ensanguentada tentando lutar e sobreviver sem recuar.

Crio forças e num só movimento, invoco a sombras que o puxaram de cima de mim, me levanto indo até ele, criando uma nova espada, coloco em seu pescoço.

Edith- O jogo virou não é mesmo?

Quando estou há preste a rasgar sua garganta ele some como poeira no ar.

Olho ao redor que já estava tudo destruído.

Annelise- Elisa!

Edith- Annelise!

Corro até Annelise que estava caída no chão, com uma assombração em cima dela.

Destruo a sombra, ajudando Annelise.

Annelise- Obrigada...

Faço o mesmo com as outras assombrações.

Quando termino tudo, olho em volta, 4 dos agentes da SAM todos olhando para mim com armas apontadas.

Annelise- Abaixem as armas! Ela não é do mal!

Chefe- Como vamos saber? Ela mentiu.

Edith- Eu só quero ajudar vocês. Acreditem em mim.

Chefe- Tarde demais...  Foi tudo destruído, não só aqui. Todos os outros agentes então mortos.

Edith- Podemos dar um jeito nisso!

Chefe- Como vamos saber se não foi você que tramou tudo isso?

Edith- Eu vim de outro mundo. Fiquei perdida por aqui. Então resolvi buscar um jeito de voltar, não quero machucar ninguém, pelo contrário, posso ajudar.

Chefe- O que você é?

Edith- Uma luminith.

Chefe- Igual ele...

Edith- Sim, mas não do mal.

Um ano depois...

EDITH

Nunca mais vi Whisper. E tudo indica que ele deu um jeito, mas não sei como de apagar a memórias de todos aqui sobre ele. Ninguém sabe sobre ele e nunca ouviu falar. Só eu me lembro. Já tentei falar, mas eles voltam a esquecer como se nada tivesse acontecido.
Ficamos um tempo numa casa de férias no Canadá.

Estava muito longe de ser só férias. Continuei com os trabalhos salvando pessoas, e resolvendo casos junto com Annelise.
Conseguimos contato de um cientista feiticeiro que estava me avaliando. Fazendo pesquisas sobre mim e o mundo de onde vim.

Eu estava bastante forte. Me lembro de ter lido nos livros de Whisper, que luminiths podia aumentar cada vez mais seus níveis de poder e força com o tempo. E eu acho que aumentei bastante.
Fico pensando qual a idade de Whisper já que ele é tão forte. Ele pode até se teletransportar! Isso parece ser tão massa. Quanto tempo preciso para chegar a esse nível?

Algumas horas depois, Annelise me chama para um caso na cidade.
Tempo de muita neve, complicava tudo.

Fomos investigar um mercado na cidade. Todos haviam morrido.
Fui ver os corpos de perto.
Isso parece...
As mesmas substâncias, as mesmas assombrações, e a mesma presença daquele homem estranho.

Edith- Não dêem mais nenhum passo! Eu vou na frente!

Um mercado enorme. Vou até os fundos, e claramente como eu havia esperado... É ele!

Edith- Você de novo! O que faz aqui?

Argoth- Encontrar você, o que mais poderia ser?

Edith- Como assim? Quem você é?

Argoth- Argoth, Sou um demônio do submundo.

Edith- É bem o que parece. O que quer comigo?

Argoth- Já te contei o quanto você me fascina? Seu olhar, seu jeito. Tudo!

Edith- Me responda!

Ergo a minha espada.

Argoth- Me alimento dos sentimentos negativos da humanidade. E você tem muito dele, além de muito poder que faz aumentar mais o teor de sofrimento dentro de você. Vejo tanta raiva, e tristeza. Teve um passado sombrio, não é mesmo?

Edith- Não é da sua conta!

Argoth- Se eu conseguir matar você, poderei me alimentar melhor de tudo isso. E depois matarei todos dessa cidade.

Edith- Haha. Só por cima do meu cadáver.

Argoth- Hahahaha. Com prazer!

Ele dá um enorme sorriso invocando seu poder formando uma bola de poder em suas mãos, jogando em mim.
Eu desvio, faço minha espada de sombras ficar afiada o suficiente para perfurar qualquer coisa.

As chamas infernais que cercavam o demônio iluminavam sua pele retorcida, enquanto eu buscava brechas em sua defesa. Cada golpe desferido carregava o peso da necessidade de resistir à escuridão que ameaçava consumir tudo.

Ele consegue dar um muro no meu rosto no processo, o que me faz cair. Comecei a lembrar do meu pai... Todas aquelas vezes... Dor e ódio me invadiam por completo, com determinação eu levanto, dando um chute no seu rosto com toda força possível, ele cai enquanto enfio a espada em seu peito...

Porém no processo, sem perceber, ele enfia a espada dele também em meu abdômen...

Sinto meu corpo inteiro se incendiar, sinto muita, mas muita dor... Caio junto com ele... Tudo fica escuro...

Annelise- Edith! Nãoooooo!!

O SÁDICO E A EXCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora