15 - Frio e Brutal

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Quando penso em gritar, ele tampa minha boca. Com seu peso em cima de mim, não consigo me mexer. Passa longos segundos me observando, podia notar que sorria pelo movimento dos seus olhos. O desespero foi aumentando e fui tola em pensar que esse pesadelo não voltaria, afinal, ele tinha avisado. O mascarado se aproxima do meu ouvido e sussurra:

— Trancas naquela porta jamais me deixarão longe de você. Nem mesmo Victor irá te proteger, acredito que não saiba que ele enfia a cara na cachaça todas as noites e desmaia naquele quarto... Veja o que está fazendo com ele ovelhinha, inocente...

Não consigo processar suas palavras direito, minha pulsação toma conta de tudo e só conseguia sentir e ouvir as batidas do meu coração acelerado.

— Agora, você vai deixar eu te amordaçar, porque você não quer que o pior aconteça. Não é? – Eu o olhava com lágrimas brotando aos montes.

Depois de lembrar de Aurora, tinha certeza que seria capaz de fazer qualquer coisa. Ele aguarda uma resposta minha, faço sinal com a cabeça acatando o que disse, tira a mão da minha boca lentamente e faz sinal de silêncio com os dedos.

Vestia as mesmas roupas daquele dia, aquilo era seu uniforme. Tira do bolso um pano preto e envolve ao redor da minha cabeça, amarrando atrás, tapando minha boca.

— Já que não tem medo de se aventurar com o padre, que tal eu te aproveitar mais hoje? – Como ele sabia de Hector? Algumas horas atrás que tínhamos... ficado juntos, o que iria fazer?! — Eu falei que você era minha propriedade, mas não acreditou.

Sai de cima de mim e fico congelada, sem saber o que fazer e a verdade... talvez no fundo eu desejasse que ele me matasse, muitas coisas seriam resolvidas, tudo seria resolvido em mim.

AVISO! CONTÉM HOT!

O vejo se agachar e pega uma corda que estava do lado da cama, deve ter trazido consigo, faz sinal que eu coloque os braços para cima, em seguida enrola as cordas em minhas mãos e as amarra na cabeceira. Vai em direção ao abajur e o apaga, na completa escuridão só conseguia ouvir sua respiração e seus passos lentos.

Ouço o barulho do seu cinto sendo aberto e aquilo desperta meu corpo, tento puxar os braços mas estão bem amarrados para o topo da minha cabeça. Um suor começa a brotar da minha testa em imaginar o que ele poderia fazer.

As cordas que seguram sua mascara caem no carpete do quarto, mas não conseguiria enxergar um palmo na frente dos meus olhos, quem dirá o rosto dele.

Sinto a cama afundar e nossas peles se tocam, ele tinha tirado sua roupa. Começo a chorar desesperadamente e o medo toma conta de mim, até sentir suas mãos subindo pelas minhas pernas.

— Queria poder te ver, mas não estamos em uma situação adequada, hoje vou te comer aqui e não no meu cativeiro. – Ao terminar de falar sinto uma mordida na minha coxa esquerda, a dor me invade e meu grito é abafado pela mordaça, tento me mexer e ele para. — Vou cravar meus dentes em você, cada vez que tentar escapar de mim, então se comporte.

Em um salto, me segura pela cintura e me vira na cama, me levanta e me posiciona de quatro, segura meus cabelos e me faz afundar o rosto no travesseiro. Já não tinha mais forças de tanto que chorava.

— Empina pra mim, ovelhinha. – diz e sinto suas mãos percorreram todo meu quadril, passa seus dedos por cima da marca de cruz que fez e da uma risada baixa. Suas mãos estavam quentes, eram grandes e me apertavam como se eu fosse escapar dali. Minha pele começa a ferver.

Sinto seu membro roçar minha boceta, meu peito se agita e já não sei mais o que esperar. Fica fazendo movimentos repetitivos ali, sabendo que eu já estaria me excitando com aquilo. Depois de um tempo assim, sobe seu pau e para naquela entrada mais estreita.

— Hoje é isso aqui que eu quero, pois vai doer muito mais e você vai lembrar que quem te cavalga sou eu. – Sinto ele cuspir na minha bunda, espalha para lubrificar e pressiona o pau na entrada.

Uma dor invade minha bunda, parecia que estava rasgando de fora para dentro, dou um pulo para frente e um grito abafado, na mesma hora sinto seus dentes cravarem na carne das minhas costas. Suas mãos seguram minha cintura para que eu não escape, e sem tempo para eu me recuperar das primeiras dores, ele penetra tudo, brutalmente.

Aquilo queimava, muito, absurdamente. A sensação era de que estavam me cortando, por segundos não consigo respirar e só conseguia sentir seu pau pulsando dentro de mim, rígido feito pedra.

Ele aperta ainda mais a carne da minha cintura e geme entre os dentes. — Cacete, que cuzinho apertado.- O ouço falar e logo após enrola meus cachos em sua mão, puxando minha cabeça para cima fazendo-me curvar as costas. Sua outra mão parava em cima da bunda abrindo espaço para começar a se movimentar.

Ele tira metade e coloca de novo, a cada movimento que fazia a dor ia se dissipando, o frio na minha barriga crescia e já não sabia mais o que era medo ou adrenalina, dor ou prazer.

Ouvia sua respiração aumentar e gemidos baixos escapavam dos seus lábios. Seu pau começou a derrapar com mais facilidade para dentro, solta meus cabelos e usa suas duas mãos para puxar meu quadril mais de encontro com sua virilha, a velocidade aumenta e o barulho da nossa carne se chocando ecoa pelo quarto.

Meus gemidos abafados começaram a tomar o lugar das lágrimas, uma pulsação forte surgiu ao pé da minha barriga e sentia que estava me lubrificando. Um tapa forte estralou na minha bunda fazendo um arrepio subir pelo meu corpo. Aquela agressividade, a sensação de ser invadida por ele, eu estava gostando, eu queria aquilo também.

— Porra, Lilith, desgraçada. – Geme enquanto não parava de me penetrar. Nossas peles começam a ficar escorregadias pois suávamos demais com os movimentos. Sinto sua mão ir até as amarras da mordaça e ele a tira. — Geme pra mim, confirma que ta amando eu te foder desse jeito, geme pro teu diabo. – Não consigo segurar e começo a pedir para ele não parar entre os gemidos.

— Pede por favor, cadela.

— Por... favor, por favor, não...para.

Quando pensava que meu prazer não poderia aumentar, o sinto desamarrar as cordas das minhas mãos, continuava me fodendo com toda velocidade que aquela cama aguentava. Me puxa em sua direção e choco minhas costas com seu peito, estávamos agora de joelhos e sua mão vai até minha boceta e começa a me masturbar enquanto fodia minha bunda.

Nossas respirações se misturam, seus gemidos saiam roucos ao lado do meu ouvido. Segurando meus braços para trás sua boca vai de encontro ao meu pescoço, ele o morde sem dó e após o chupa, repete o ato varias vezes enquanto sentia que eu chegaria ao meu ápice.

— Gostosa, ter que sair de dentro de você é um pesadelo. – Dizia enquanto meus gemidos começavam a aumentar. Espasmos tomam conta do meu corpo e tudo fica mais sensível, como se eu pudesse sentir todas as veias do seu membro dentro de mim. Gozo para ele, peço que não pare, me entreguei para meu sequestrador.

Sinto algo quente me invadir enquanto sua mordida queima em meu ombro se esvaziando dentro de mim, sua mão sobe para meu seio e ele aperta. Arfo em resposta e sinto sua respiração pesada em minhas costas, estava descontrolado assim como eu.

— Porra! Gozei pra caralho! — geme enquanto chupava o corte que havia feito com a mordida, sentia possíveis filetes de sangue escorrer.

Sai de dentro de mim aos poucos, sua porra começa a escorrer pelas minhas pernas, me deixo cair na cama como se estivesse fora de órbita. Estava exausta, dolorida, mas... leve.

— Deliciosa, só fez minha fome aumentar por você. Minha vida agora é te caçar, ovelhinha. – ouço suas palavras para logo em seguida sentir o pano em meu rosto, o cheiro forte me deixa tonta e já sem forças, apago.

O Pior de MimOnde histórias criam vida. Descubra agora