18 - Todo Seu

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~Padre Hector Santini~

Se vivi por 30 anos como se não tivesse um coração, naquele momento, eu realmente desejei não ter um. Após ela dizer que iria embora, baixa a cabeça e fita suas mãos que não paravam de se apertar, estava nervosa.

Não tenho reação, somente a observo, vejo seu cabelo preto, os cachos que se formavam nas pontas, seus olhos de jabuticaba, a expressão de medo. Não sei em que momento isso mudou em mim, mas sou possessivo, e Lilith era minha! Como poderia somente dizer que iria embora? Como poderia querer isso? Decidir isso?!

Ficar sem respostas dela mais cedo me enlouqueceu. Não cumpri minhas atividades na igreja, ficava andando de um lado para o outro, então não aguentei mais esperar e fui procura-la só para encontra-la com a mão no rosto daquele pirralho! Se ele soubesse do que sou capaz de fazer, não teria me enfrentado daquele jeito. Mas não deu motivos para que eu agisse, não os motivos que realmente preciso.

— Padre? – Ela me obervava esperando uma resposta, procurava alguma reação em meu rosto mas não teve nenhuma, estava em choque. Olhei para seus peitos, e que peitos... eram grandes e se alinhavam no decote do seu vestido rosa. Subo o olhar para seu rosto novamente.

— Não vai. – A primeira coisa que consigo pronunciar. Ela não poderia ir.

— Vou sim! Eu... estou muito confusa Hector, estou vivendo coisas novas e que talvez não quisesse. – Lilith sai da minha frente e vai em direção a janela.

— Tem alguma coisa que quer me contar? – Se ela falasse... talvez muita coisa mudaria nesse jogo.

— Hã, são situações íntimas minhas. Só quero concretizar o que já queria a tempos...

— Agora? Agora que eu entrei na sua vida, você quer ir embora? Você não vai! – Estava furioso, não aceitaria que fosse, mostrei um lado meu para ela que ninguém viu, o padre mais pecador do mundo.

— Sim Hector, um dos motivos é você! Eu... estou cada vez mais apaixonada por você e... você é um padre e isso ainda não normalizou na minha cabeça! – Dizia com as bochechas começando a ficar vermelhas. Enquanto falava de um jeito bravo seu quadril balançava por baixo do vestido, suas curvas eram tentadoras, sua pele escura me remetia a noite, tudo me despertava desejo em Lilith. Ouvir ela assumindo que se apaixonara por mim só me fez querer a possuir ali, agora, sem empecilhos e pro resto da vida. Descontaria minha raiva nela no chão daquele quarto por querer se afastar de mim.

Caminho em sua direção, ela vai se afastando de mim e se choca contra a janela. O sol banhava todo seu corpo e minha fome começa a aumentar — Ela não vai embora... não pode ir! — a frase se repetia em minha cabeça enquanto a encurralei, segurei suas pernas e a peguei no colo, automaticamente ela as enrolou em volta da minha cintura. Seu cheiro de baunilha tomou conta de mim.

— Hec... Hector sou muito pesada, vai me deixar cair. – Que insulto mais sem cabimento, a fito e respondo rapidamente.

— Se eu não conseguisse te carregar já haveria me matado, pois não seria homem o suficiente para ter você, e se não tivesse você, não precisaria viver.

AVISO! CONTÉM HOT!

Vou em direção a sua boca e abocanho, seu gosto me invade e por segundos ela reluta, depois cede. Seus lábios eram macios e quentes, peço passagem com a língua e ela corresponde, quanto mais a velocidade do nosso beijo avançava mais eu grudava nossos corpos. Tudo parecia pouco, eu queria mais, eu a queria, precisava de mais.

Desço meus beijos para seu pescoço, conseguia sentir seu sangue pulsar. Suas mãos vão para meus cabelos e gemidos escapam da sua boca, eu estava louco, qualquer segundo que afastava a boca da sua pele pareciam uma eternidade.

O Pior de MimOnde histórias criam vida. Descubra agora