Qual foi dela?

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  RN
 
 
  Hoje é o aniversário da Juliana, ela inventou de fazer um baile pra comemorar. Eu comprei um presente para ela, e vou lá entregar.
 
  Porra*, eu ainda sou amarradão nessa garota, mas respeito a decisão, e os sentimentos dela tá ligado? Vou sempre está por perto pra tudo que ela precisar, mas mantendo a distância.
 
  - Bom dia.- Camila diz abrindo os olhos com cara de sono.
 
  Essa mina é muito gata, maneira pra caralho*, e o jeito que ela me olha, da pra saber que ela me quer de verdade. Ainda não sei se isso é bom ou ruim.
 
  - Da teu papinho?.- do um sorriso encarando ela.
 
  - Tá acordado a muito tempo?.- ela pergunta com a testa enrugada.
 
  - Tô com umas parada na mente, mas tá suave. Tu vai ficar por aqui mermo hoje?.- nós tá se embolando faz um tempo, e vira e mexe ela dorme no barraco, mas nós ainda não juntou nossos bagulho.
 
  - Não sei, acho que vou pra casa hoje, tenho que resolver umas coisas.- ela diz pensativa.
 
  - Qual foi?.- enrugo a testa pra ela.
 
  - Não é nada não, não se preocupa.- sorri pra mim.
 
  - Tu vai no teu irmão hoje?.- pergunto.
 
  - Acho que sim.- ela responde pra mim.
 
  Eu fico meio bolado. Ainda não sei controlar meus sentimentos pela Juliana, e tenho medo* de magoar ela.
 
  O Bruninho que se foda*, ele sabe tudo que nos passou, e eu to cagando* pro que ele pensa, mas mesmo que eu e Camila não tem nada sério, não quero magoar a mina, ela não merece pô.
 
  - Jae, se tu for nós vai junto.- dou o papo.- vou trabalhar, se quiser ficar vou gosta.- sorrio pra ela, e dou um selinho na boca dela.
 
  ...
 
  Chego na boca, e os menor já tá tudo trabalhando. Pingo tá de frente da segurança hoje, e CL é o meu braço direito aqui do morro.
 
  - Qual foi padrin?.- CL faz toque comigo quando tô dentro da boca.
 
  - Tudo suave aqui?.- pergunto sentando já colocando um balão pra subir, e contando as paradas das drogas na minha mesa.
 
  - Nós é de verdade cachorro.- ele fala e eu balanço a cabeça.
 
  - Aí sim.- nós começa os trabalhos, e eu perco até a hora.
 
  O bom de ser o chefe e ter várias responsa pra resolver, e eu quase não tenho tempo de pensar muito em outras paradas.
 
  Um tempo depois meu telefone toca, e o nome da Juliana aparece na tela.
 
  Porra*! Meu coração já dá um pulo, e eu fico nervoso.
 
  Será que aconteceu alguma coisa? Resolvo atender logo.
 
  - Eiii.- ela fala e eu respiro fundo. Só a voz dessa mulher já me faz o homem mais feliz do mundo. Tomar no cu* mané.
 
  - E aí garota? Feliz aniversário pô.- eu falo, e escuto ela sorri.
 
  - Obrigada, mas eu tive que te ligar né, você esqueceu?.- ela pergunta bolada.
 
  - Tá maluca? Claro que não, só que eu tava resolvendo uns caô aqui pô, ia na sua direção mais tarde.- dou o papo.
 
  - Ia? Você vai vim né Ryan?.- ela quase me obriga.
 
  - Vou cara, só não vou ficar muito tempo, até por que sei que o Bruninho vai dá um jeito de me bota pra corre mermo.- nós dois da gargalhada.
 
  - Sinto sua falta.- ela fala do nada, e meu mundo quase para de gira.
 
  - Porra* garota, tu não pode fala essas coisas assim pra mim não.- nós fica em silêncio, sem ninguém ter coragem de fala mas nada sobre isso, e ela resolve mudar de assunto.
 
  - Como está Camila?.- ela pergunta, e eu suspiro.
 
  - Tá suave, acho que ela vai brotar comigo.- eu falo meio bolado.
 
  - Que bom, eu fico feliz por vocês.- ela fala meio baixo.- eu vou deixar você trabalhar, só liguei pra saber se vinha.- ela diz.
 
  - Garota, e só tu me chamar que eu vou.- eu falo, nós se despede e desliga o telefone.
 
  É foda*, eu sou gamado pra caralho*, por isso que eu tento ficar longe o suficiente pra não atrapalhar a vida dela. Mas não consigo negar* quando ela me chama, acho que nunca vou conseguir fazer isso.
 
  Resolvo a maioria dos pepino da boca, e vou almoçar. Ainda estou mudando as coisas por aqui. O jacaré sempre foi ADA, e agora ter que mudar pra comando, ainda com vários soldado novo, o morro tem que se acostumar com isso.
 
  O terror tem ficado mais presente, quer compensar o tempo perdido, e por mais que nós se aproximou lá na Maré, ele sismou que quer fazer parte da minha vida. Eu dei um voto de confiança pra ele, por ele ter me ajudado com a Juliana, eu não posso fecha o olho pro que ele fez por mim.
 
  ...
 
  A noite chega, e eu vou pra casa. Camila não tá no barraco, então resolvo ligar pra ela.
 
  - Oi.- ela responde depois do 4 toque com a voz meio estranha.
 
  - Qual foi? Tava chorando?.- pergunto preocupado.
 
  - Estou passando mal*.- ela diz e eu já levanto do sofá.
 
  - Tô indo aí.- falo colocando a arma na cintura.
 
  - Não não, vai lá na festa da Ju. Eu já tomei um remédio, é só cólica não precisa se preocupar.- ela me dispensa, e eu sento no sofá de novo.
 
  - Tem certeza cara? Quer que eu leve alguma coisa pra tu?.- pergunto preocupado de verdade e desconfiado.
 
  Pô, a mina disse que tinha coisas pra resolver, e depois fala que tá passando mal*? Qual foi dela?
 
  - Não, eu já tomei remédio não se preocupa.- ela afirma.
 
  - Jae, vou dá um chega lá, mas depois vou passar aí.- dou o papo, e não adianta ela nem fazer charminho, quero saber o que tá acontecendo.
 

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