Transe

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Vanessa

Sinto alguém cutuca meu ombro, olho pra traz e encontro um dos vapores que fica rodando o baile me encarando meio preocupado.

- 2D quer troca ideia contigo lá fora._ ele fala e eu olho pra cara dele com tédio.

- Fala pra ele chama a vadia da amante dele, porque eu não estou a fim não.- viro de costas pro menino e ele me cutuca de novo.

- Ele falou que é parada séria, vai demorar não.- diz ele e depois sai andando sem deixar eu fala nada mais nada.

Olho pro camarote e nem ele, nem a piranha da Daniella estão lá. Penso em não ir, alguma coisa não tá certa nisso. Mas, Juliana está em um impasse com o ex dele já faz quase uma hora e eu estou aqui segurando vela, então resolvo ir ver o que aquele cretino quer.
Entro em um trenzinho e vou indo até chega na porta da quadra. Olho pro lado e pro outro do lado de fora e não encontro o Dudu em lugar nenhum. Vou em direção a tia da bala e escuto alguém grita meu nome. Eu me viro pra ver quem é, e a Piranha da Daniella faz show no meio da rua.

- Olha aí a piranha, não conseguiu da o golpe do baú e agora fica no pé do homem dos outros._ grita apontando o dedo na minha direção.

- Tá falando comigo garota?_ falo com as mãos na cintura encarando ela de volta.

- É com você mesmo sua puta, só foi falar que o 2D queria falar com você, que rápidinho tu vem abanando o rabinho né?_ grita debochando e na hora me dou conta que cai no joguinho dela.

- Aaah garota, pelo amor de Deus, tenho mais o que fazer, tô aqui pra fica de encontrinho pra brigar por macho não, te manca._ falo virando as costa indo em direção a entrada do baile, mas ela da uma carreira e para bem na minha frente.

- Tu acha que eu não vi você rebolando pro meu macho sua vagabunda?._ ela rosna chegando mais perto de mim_ vou te mostra que não se mexe com o que é meu._ ela parte pra cima de mim puxando meu cabelo e me joga com tudo na parede_ vou arrancar esse teu filho pela boca._ grita possuída.

Ela ia dá um soco na minha cara, mas eu seguro a mão dela na hora. Ela solta a outra mão do meu cabelo pra tenta me dá outro soco, mas eu sou mas rápida e acerto um certeiro na boca dela,m. Ela cambaleia pra traz e agora meu sangue já subiu. Até esqueço da gravidez vou pra cima dela igual bixo. Dou um chute nas pernas dela, mas ela segura meu pé e me dá uma banda, eu caiu de bunda no chão sentindo uma dor muito forte no pé barriga, que me faz perde o sentido por alguns segundos.
Fecho meus olhos quando me sinto tonta e a piranha não para. Ela dá um chute no meu estômago e depois outro no meu rosto. Eu viro de costas com a dor do impacto, me encolhendo toda tentando proteger minha barriga e ela da outro chute na minhas costas, me fazendo cuspi sangue.

- Rebola agora pro meu macho vagabunda._ rosna em cima de mim e eu escuto um tiro e depois um outro e ela cai no chão.

- Filha da puta._ a voz do Dudu é como um trovão de ódio.

Eu consigo escutar ela gemendo, mas não consigo abri meus olhos por causa da dor que sinto. Minha cabeça tá doendo tanto que parece que vai explodir, escuto uma gritaria ao meu redor, mas não consigo assimila as vozes. Sinto dor em cada parte do meu corpo e o medo pelo meu bebê rasga meu peito.

- Meu filho._ sussuro colocando a mão na barriga e sentindo o sangue escorrer entre minhas pernas_ meu Deus, proteja meu filho._ começo a chorar desesperada.

- Vanessa.- dessa vez eu consigo reconhecer a voz da Juliana que se abaixa perto de mim, segurando meu rosto_ vai fica tudo bem, vai ficar tudo bem.- ela sussuro alisando meus rosto e chorando.

- Tá doendo muito Ju, ach... Acho que... Eu..._ falo chorando sem conseguir terminar a frase.

- Não, calma, vai dá tudo certo, calma._ ela fala nervosa.

- Cadê o carro p0rra._ Bruninho grita e me pega no colo de uma vez só. Quando ele me levanta, eu vejo o Eduardo parado me olhando assustado com as mãos na cabeça, sem conseguir se mover do lugar_ bora 2D, reage caralho._ Bruninho da um grito e dessa vez ele consegue sair do transe. Destrava o carro, abre a porta pro Bruninho me colocar no banco de traz e nessa hora eu apago.

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