Última Chance

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Bruninho

Acordo de manhã, e o cheiro forte de café me faz desperta me deixando cheio de fome. Sento na beirada da cama e fico passando a mão pela cabeça até começar a ouvir uma gritaria do caralho lá em baixo.
Coloco meu trage no corpo e desço a escada de vagar, rindo da voz do meu afilhado e da mãe dele discutindo. Quando chego na sala, o moleque tá fazendo uma bagunça do caralho. Quando ele me vê, solta maior gritão.

- Tidoooooooo._ ele vem correndo e pula no meu colo.

- Dá teu papo garotão._ falo pegando ele no colo fazendo toque com ele, ele faz um toque todo esquemático que me faz rir.

- Aí leva, leva ele pra passar uns dias com você, leva.- Manu fala estressada, fazendo gesto com a mão.- Eu já tô ficando maluca já, quando não é ele fazendo MERDA, é o Vitor enchendo a p0rra do meu saco, eu vou acabar surtando a qualquer momento, escuta o que eu tô te falando._ diz ela toda escandalosa na cozinha, e o VT que está vendo esporte na televisão balança a cabeça bolado.

- Ta vendo aí o que eu passo meu parceiro?._ ele fala me olhando e apontando pra Manuelly que joga o cabelo e da as costas_ tô fudido cria, tô fudido._ cruza os braços balançando a cabeça e volta a olha pra televisão, eu só dou uma gargalhada e nem me meto.

- Vou levar ele mermo, não hoje que tenho umas pica pra resolver ai, mas quando as coisas estiverem mais suaves eu pego ele mermo._ eu falo colocando ele no chão porque ele já estava querendo descer.

O moleque não para viad0.

- Não precisa não, eu mesmo vou levar ele pra você, só falar o dia e a hora e ele vai está lá prontinho na sua porta._ Manu fala e o VT fica put0.

- Qual foi garota? Fala assim do moleque não p0rra, parece até que quer se livra do cara pô._ ele fala virando pra encarar ela.

- Mas é isso mesmo que eu quero, e não é só dele não, é de você também._ diz ela e ele não consegue segura o riso, e nos cai na gargalhada.

Caralho menor, o meu parceiro foi domesticado mermo, só essa mulher pra fazer isso, Manuelly é uma mina muito pica, admiro pra caralh0, mermo com todos os problemas lá com o pai, sempre foi guerreirona. Tá fazendo curso ela, quer ser advogada, tem que ser mermo, com um bando de amigo traficante, um dia nós vai tudo precisar dela.
O menor começa e correr de um lado pro outro que nem foguete, joga uns brinquedos e cai no chão, levanta no mermo pique e volta a correr de novo.

Cararho, ele cansa não.

- Esse moleque é arisco._ falo observando ele pra lá e pra cá.

...

Tomo um café e fico gastando a Manu que tá azeda hoje, ela deve ta sangrando, só pode, tá chata pra caralh0, e é aí que o VT perturba ela ainda mais. Eles são um casalzão da porra mermo, pode crê, nesses anos todo eles continuam a merma coisas de antes.
É um bagulho desses que eu quero pra mim tá ligado? Amor de verdade saco? Eu vou tentar da um jeito no meu lance com a Rayane, mas se não dê certo mano, vou dá a última forma pra ela. Não quero ficar nessa não parceiro, ou nos se acerta de vez ou acabou.

- Já vai papai?_ VT pergunta vendo eu pega a chave da moto.

- Vou irmão, tenho que resolver um bagulhos aí._ falo lembrando que marquei a parada com o pai da Juliana.

- Jae piranha, qualquer coisa tamo aí._ ele faz toque comigo e eu saio saindo.

Já me despedi do moleque e da magrela, então vou voado pro morro. Prefiro não ir em casa agora, não tô afim de olha pra cara da Rayane ainda não, só que preciso trocar de roupa.

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