Desculpa

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Rayane

- Foi mal aí mina._ RN me pede desculpa.

Esse garoto é um imprestável!

- Desculpa não adianta, você não sabe nem fazer o seu trabalho direto, como você deixa o Bruno chegar nela antes de você seu imbecil?_ grito furiosa.

Armamos uma cilada pra Juliana parar na cama dele. Era só ele colocar uma droga no copo dela, quando ela começasse a fica chapada, ele chegasse, jogava um charme e levava ela pra casa dele. Mas o idiota deixou o Bruno chega antes, e adivinha o que aconteceu?

Ele não dormiu em casa.

Com certeza deve ter dormido com aquela piranha.

- Iiih dá um tempo em, sou teu marido não porra._ ele fala chegando mais perto de mim, e eu vou andando pra traz_ tu me respeita em caralho, não tenho culpa se teu marido preferiu fica com ela do que contigo._ ele cospe as palavras na minha cara e eu levanto a mão pra dá um tapa nele, mas ele segura na mesma hora_ aquieta o cu, se tu quer continuar com os teus dentes_ ele fala e eu puxo meu braço com força.

- E agora? O que vamos fazer?_ falo virando as costas indo sentar no sofá da casa dele.

- Continuar com o plano porra._ ele fala como se fosse normal.

- Continuar com o que garoto? Eles dormiram juntos, estão mais ligados do que antes._ eu falo o encarando_ Quando o Bruno chega aqui, ele vai terminar comigo, você sabe, não tem mais o que fazer_ eu falo já me desesperando.

Não posso nem sonhar com essa possibilidade, se não nossos planos vão por água a baixo. E o meu irmão me mata.

- Relaxa, já está tudo esquematizado._ RN fala me encarando.

- E o que vocês vão fazer? Vão ameaçar ele pra ele não me largar?._ falo o encarando debochada.

Ele me dá um sorriso tão bonito, que me faz ficar molhada na mesma hora. Esse homem é tão gostoso, que me dá vontade de pular no colo dele toda hora, mas eu tenho que saber separar as coisas.

- Não se preocupar não, quando tu chegar em casa, tu liga pra tua mãe que ela vai te explica o que tu tem que fazer._ ele fala cruzando os braços e eu reviro meus olhos.

- Tá bom, só não faz nenhuma merda enquanto eu estiver fora. Bruno é todo desconfiado e ele não foi com a sua cara._ aviso, e ele debocha.

- Suave mina, eu sei me virar.- fala com um meio sorriso.

- Você fala isso agora, mas quando ele puxou a arma, tu se tremeu todo._ falo rindo e ele fica puto.

- Já viu bandido ter medo de arma? Fiquei puto porque eu tava desarmado, quero ver ele roncar com a minha Glock mirando de volta._ ele fala com raiva sentando no sofá e eu continuo rindo da cara dele.

- Ok, então vou ir lá saber que plano é esse, antes que Bruno chegue e estrague tudo._ pego minha bolsa e levanto do sofá caminhando até a porta_ tchau irmãozinho._ abro a porta e vou pra minha casa no carro que o Bruno me deu.
...

Chego em casa, e o Bruno ainda não chegou. Mas ainda é 7:30 da manhã, eu que madruguei na casa do Ryan mesmo, sai daqui na pressa sem nem olhar o relógio.
Aquela piranha tá me tirando do sério, ela tá achando que tá abafando, conquistando o bofe dos outros, e que tá dando tudo certo pra ela. Espero que eles curtem bastante esse momento, porque eu vamos acabar com a gracinha deles, eles vão sofrer muito ainda, e eu vou assistir de camarote.
Entro no meu quarto e procuro uma roupa, tomo um banho e volto pra cama.

Ainda são 8h da manhã.

Perdi todo o meu sono da beleza por causa do Ryan que não saber drogar uma simples puta.

Ligo pra minha mãe e ela me explica tudo o que tenho que fazer. E é genial.
Depois de fazer exatamente tudo que ela me explicou, eu deito na cama e apago.
...

Acordo por volta das 10:30 da manha, com o Bruno entrando no quarto. Ele vai direto no closet, pega uma roupa limpa e vai toma banho. E eu já preparo toda a minha cena na cabeça pra fazer quando ele sair do banheiro. Depois de alguns minutos, ele sai e eu estou sentada com uma a mão na barriga e a outra na cabeça com uma cara de dor, a testa cheia de óleo e água finjindo suor.

- Qual foi Rayane?_ Bruno pergunta quando me vê.

- Ai amor, eu passei mal a noite toda, uma dor muito forte no pé da barriga, achei até que fosse cólica e que minha menstruação fosse descer, mas até agora nada. Vomitei tudo que comi ontem, tô me sentindo fraca, nem consegui levantar da cama ainda._ falo com a voz de dor.

Uma verdadeira atriz né mores.

Ele senta na cama do meu lado, me encarando preocupado.

- Mas tu tá sentindo o que cara?_ pergunta segurando o meu queixo pro alto, me fazendo olhar pra ele.

- Muita dor de cabeça, tô muito enjoada também. Tô sentindo umas pontadas na barriga como se fosse cólica, mas é mais forte, quando eu tento levantar, sinto uma tontura._ falo com a cara da pessoa mais sofrida do mundo.

Se a globo me visse agora, com certeza iria me contratar. O show de atuação que estou dando, não tá no gibi.

- Bora no postinho ver que p0rra é essa aí._ ele fala mas eu nego balançando a cabeça.

- Eu vou lá na minha mãe com meu irmão, quero fazer alguns exames, estou preocupada com isso, nunca senti essas coisas antes._ eu falo manhosa, e ele concorda_ vou fazer tudo que tiver direito pra saber o que que tá acontecendo comigo, no postinho eles vão dizer que é virose e vão me manda volta pra casa._ falo convincente.

- Eu queria desenrolar um papo contigo.-ele fala e meu coração já acelera.

- Eu sei, mas pode esperar só mais um dia? Estou conseguindo nem pensar direito com essa dor de cabeça.- eu falo rezando pra ele esquecer isso.

- Tá tão mal assim tu?.- ele me olha um pouco desconfiado, mas eu conheço o Bruno.

Mesmo ele desconfiando que seja mentira, ele não tem certeza, e por isso ele não vai arriscar. Bruno tem um senso de lealdade muito grande, e se eu estou precisando dele nesse momento, mesmo ele não querendo está mais comigo, ele vai cuidar o máximo de mim.

- Se você tivesse aqui, você saberia que sim, aliás, onde você estava?.- pergunto tocando no ponto fraco dele e ele coça a cabeça.

- Eu me enrolei com uns bagulhos ai. Mas tarde quando tu tiver melhor, nós bate um papo, pode ser?._ ele pergunta e meu sangue ferve de ódio.

Ele vai terminar comigo!

- Tudo bem.- respondo de olhos fechados e fazendo cara de dor, mas na verdade e de raiva.

- Vai no médico ver esse bagulho aí, mais tarde eu broto aqui pra ver como tu tá, e nos conversa._ eu concordo com a cabeça, e ele sai do quarto.

Coloco um travesseiro na boca pra abafar meu grito de ódi0.

Ele vai me pagar por me fazer passar por isso cara. Odeio ser essa menina patética que fica implorando por amor.

Eles não me conhecem ainda, mas vão conhecer.

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