A Minha Vez🍃

Delicado

Ju

A gente bebeu, comeu, dançou, e riu bastante hoje. Não sabia o quanto estava precisando disso, de ter as pessoas que eu amo por perto
Eu e a Vanessa matamos a saudades de falar besteira bêbadas. Da última vez que nos saímos juntas, eu estava bebendo e ela não, por causa que ela ainda estava grávida do Arthur.

- Poxa amiga, eu não consigo parar de dizer pra você o quando eu estou feliz de ter você aqui de volta.- ela diz me apertando em um abraço de urso.

- Eu também, eu quis te matar por deixar uma "piranha" pegar o meu afilhado no colo, mas descobri que essa "piranha" é um um amor de pessoa.- eu falo pra ela, e caímos na gargalhada.

Nós estamos alegres, no meio da quadra, com copo de cerveja na mão, tentando dançar, mas se agarrando e rindo feito duas malucas. A gente fala várias coisas nada com nada, e cantamos pagode como se tivéssemos sofrendo horrores.
Vanessa parece que é uma metade de mim, acho que de tudo que aconteceu, o que eu mais senti falta, foi de ter ela por perto. Ela me entende, me completa, e tem o mesmo grau de maluquice que a minha. Eu amo demais.
Depois de sofre, gritar, rir, dançar, se agarrar, e quase cair no chão várias vezes, nós voltamos a sentar com as meninas, e ficamos fofocando ainda mais.
Vejo os olhos de Camila se arregalarem, e a boca dela quase cair no chão. Jéssica também fica de boca aberta olhando fixamente para algo.

- Jesus.- Camila sussurra paralisada, e eu fico assustada.

- O que foi gente?.- viro para ver o que elas estão olhando, e me deparo com os olhos divertidos de Ryan.- ata, entendi.- sorrio ao vê ele na minha frente.- Entendo porque estão babando desse jeito.- falo sorrindo para elas.

Ryan é um homem lindo, além de ser uma pessoa incrível. Por isso eu gosto tanto dele.
Ele cumprimenta os meninos, e depois vai na direção do Bruno. O Bruno fecha a cara, mas fala com ele de boa.

- Jesus... Que homem é esse?.- Camila pergunta de boca aberta.

- É o Ryan.- respondo para ela orgulhosa.

- Ah tá, esse é o seu RN.- ela diz meio baixo.

- É.- respondo torcendo os lábios, abaixando a cabeça logo depois.

O que estou fazendo?

Ryan vem mais para perto de mim, e eu o abraço forte.

- Oi garota.- ele diz me apertando também.

- Eu estava com saudades.- falo ainda o abraçando, sem vontade nenhuma de soltar.

- Ou, ou, sem muito contato.- Bruno quase me rasga dos braços do Ryan, e eu e ele começamos a ri.

- Vem, vou te apresentar as meninas.- eu falo puxando ele pelo braço.

Apresento ele para elas. Camila bate seus longos cílios na direção dele e por um momento eu fico com um pouco de ciúmes disso.

- Prazer.- ela diz apertando a mão dele.

- Satisfação.- ele diz sério, mas eu conheço essa cara, sei que ele também gostou dela.

Sinto uma pontada no estômago, e fico um pouco nervosa.

Esse tempo todo, eu nunca o vi flertar com outra mulher além de mim, isso me deixou muito incomodada. Sei que é egoísmo, mais a vontade que tenho é de tira-lo daqui imediatamente. Mas meus olhos vão para no Bruno por um momento, e ele está me olhando tão encantado, que meu corpo todo se esquenta, e os cabelinhos todos se arrepia.
Começo a me lembrar de todos os nossos momentos juntos, tudo que ele já me falou, das nossas noites juntos, e do quanto que eu amo esse homem. Me esqueço completamente dos ciúmes que eu estava sentindo do Ryan, e minha vontade pelo Bruno quase me explode.

- Espera aí gente, eu já volto.- falo para eles.

Deixo eles lá se entendendo e vou para mais perto do Bruno.

- Qual foi? Tá tudo bem?.- ele pergunta preocupado, assim que eu paro de frente pra ele.

- Vamos embora?.- peço ansiosa, e ele enruga a testa.

- Qual foi?.- pergunta sem entender.- tá bolada?.- continua interrogando.

- Não, eu só quero ficar com você, sozinha.- falo tentando fazer com que ele entenda, e vejo um sorriso malicioso brotar em seus lábios.

Eu não preciso dizer mais nada.

Bruno me puxa para fora da quadra sem falar uma só palavra. Ele tem urgência! Nem se despediu de ninguém, liga a moto em menos de um segundo, e depois que eu subo na garupa, em estantes já estamos no portão da sua casa.

- Você está sem segurança?.- pergunto notando que ninguém seguiu a gente.

- Não, daqui a pouco eles tão brotando aí.- diz ele abrindo o portão de casa.

Ele veio tão rápido, que os meninos devem ainda estão procurando a gente.

Um calafrio percorrer minha espinha quando entramos na sala da casa dele. Bruno me olha com um olhar feroz, fazendo um calor subir pelo meu corpo.

- Olha, eu quero ser delicado contigo, mas eu estou com tanta vontade de tu, que tenho até medo de te machucar.- ele avisa, e eu sorrio para sua declaração.

Vou para o mais perto dele e seguro em seu rosto.

- Faz o que quiser comigo.- sussurro perto de sua boca e vejo seus olhos ficarem negros.

- Porra.- ela rosna entre os dentes, e me ataca com sua boca.