Caô

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  Camila
 
 
  Três meses se passaram, e eu ainda não tive coragem para fazer nenhum, nem outro. Não contei pro Ryan que estou grávida, e nem tive coragem para tirar a criança ainda. Tenho sorte que a diferença é quase nula, e ninguém  desconfiou de nada ainda.
 
  Eu não sei o que se passa na minha mente, acho que eu simplesmente estão deixando as coisas acontecerem, torcendo para que Deus resolva tudo pra mim.
 
  Sei que isso é muita falta de responsabilidade, mas eu realmente estou desesperada, assustada, e sem saber o que fazer.
 
  Os meus sentimentos pelo Ryan só aumenta, porém os pelo bebê está começando a surgir também, e eu fico com medo* de fazer uma maldade com ele, e depois ser castigada por isso.
 
  Estou cogitando a possibilidade de contar de uma vez pro Ryan, e fala pra ele que eu não quero que ele fique comigo por pena, ou por achar que tem alguma responsabilidade com nós dois.
 
  Mas eu tenho muito medo* da rejeição, e isso está acabando com o meu psicológico, estou a beira de um surto, e isso não está me deixando raciocinar. Talvez seja meus hormônios gritando, ou só minha mente perturbada.
 
  - Qual foi doida?.- Ryan chama minha atenção.
 
  - Oi.- eu me assusto, e encaro ele.
 
  Estamos na sua casa, e ele acabou de chegar da boca e está se arrumando pra ir na Maré, pois o VT pediu uma reunião com alguns aliados, e o Ryan foi chamado.
 
  - Tá com essa carinha aí, tá mandada?.- ele me puxa pra perto dele, e dá um beijo no meu rosto.- o que tá pegando nessa tua cabeça ai?.- ele pergunta calmamente.
 
  - Estou pensando em algumas coisas.- eu tento disfarçar.
 
  - Hum, tu anda pensando muito em, daqui a pouco tua cabeça vai explodir.- ele fala agarrando meu pescoço, e dando um beijo nos meus lábios.- vou sair saindo, qualquer coisa aciona, Jae?.- ele diz, e eu só balanço a cabeça. Ryan me dá mais um beijo, e sai pela porta da sala.
 
  Hoje eu não vou embora, vou ficar por aqui mesmo, e talvez se eu tiver coragem, quando ele voltar da reunião eu conto sobre a gravidez, talvez eu peça a ele ajuda para tirar. Não sei se quero ter um filho agora, não acho que é o melhor momento para isso acontecer.
 
  ...
 
  RN
 
 
  Chego na Maré com meus seguranças, e vamos geral pra dentro da boca. VT, MB, e Dioguinho já tá presente, e eu vou lá trocar ideia com eles.
 
  - Qual foi?.- faço toque com os caras.
 
  - E aí cria?.- VT fala e eu paro do lado deles.
 
  - Suave mano, qual foi da reunião?.- pergunto encarando ele.
 
  - Uma pica* muito grande menor.- eu cruzo os braços, e o Bruninho entra na sala.
 
  - E aí irmão?.- ele cumprimenta os caras, e depois vem na minha direção.- Qual foi menor?.- ele fala apertando minha mão.- como tá a piveta?.- ele pergunta parando do meu lado.
 
  - Tá suave pô.- eu respondo sem muitos argumentos.
 
  Essa parada é a maior doideira, mas aconteceu mano, e logo com a irmã do cara. Mó maluquice.
 
  - E a doida lá?.- pergunto, e ele me encara sério.
 
  - Menor, tu sabe que eu não sou fã de vocês dois junto, tu tá ligado? Mas porra*, vê se tu dá uma ideia nesse bife mano, ela quer trocar tiro*, mas isso é sem necessidade nenhuma mano, tô boladão com essa porra*.- ela fala bolado, e pra ele pedir pra mim trocar ideia com a Juliana, é porque ele não tem mais opções parceiro.
 
  - Mano vou te dá o papo. Não conheço mulher mais foda* que a Juliana trocando tiro*, ela é melhor que muito soldado aí, e menor, ela não erra o tiro*.- dou o papo reto.
 
  - Suave mano, mais eu não quero que ela fique em confronto, só de pensar em perder essa mina de novo eu fico maluco cara.- ele passa a mão pelo cabelo.
 
  Até eu fico puto* só de pensar nesse bagulho, mas eu não conheço alguém mais decidida que a Juliana quando bota uma porra* na mente.
 
  - Te da uma ideia, se tu bater de frente com ela vai ser pior menor, essa mina é tinhosa. Melhor ela ir contigo do que tu vira as costa e ela sai saindo na marra, vai ser mais perigoso pô.- aviso, e ele concorda.
 
  - Papo reto mano, vou ver a melhor forma desse caô aí.- ele da o papo, e o Terror chega com a sua gangue, e geral se endireita.
 
  Eu só encosto meu pé na parede, e cruzo meus braços no peito*. Os cuzão começa a puxar o saco, querer aperta a mão, e os único que fica na postura é o VT, o Bruninho, 2D, MB, Dioguinho e eu.
 
  - Suave rapaziada?.- Terror chega dando salve e manda só os donos, e os envolvidos que sabe do k.o entra na salinha.- e aí filho?.- ele fala quando só tem nós dois do lado de fora.
 
  - Tranquilo.- eu falo, e entro antes dele.
 
 

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