Rayane
Saio no portão e chamo o menino que está na frente da contenção de hoje. Ele entra, e me segue até a sala.
- Eu vou precisar sair, mas o Bruno não pode saber disso._ falo seria e ele ri na minha cara.
- Aí patroa, condições zero disso ai, patrão paga pra tudo ser passando pra ele._ o merdinha fala com um sorrisinho no rosto e eu fico mais irritada do que já estava.
Puxa saco idiota.
- É só você falar prós outros vapores que ele já está sabendo._ ele ri mais ainda.
- Tem como não patroa, a culpa vai cair pra mim depois po._ ele nega abrindo os braços.
- Ué, você coloca a culpa em outra pessoa, da seu jeito._ eu falo autoritária, e ele levanta do sofá puto da vida.
- Namoralzinha, melhor da a última forma nesse papo ai._ ele ameaça sai andando.
- Que pena, então vou tem que manda a foto de você me beijando A FORÇA pro Bruno._ eu falo olhando minhas unhas e ele ri me encarando.
Devo está com cara de palhaça, não é possível.
- Que papo é esse patroa? Nunca te beijei._ ele fala e eu agarro ele pelo braço, tiro várias fotos com nossas bocas coladas, antes dele me empurra com força.
Agora quem rir sou eu e ele fica limpando a boca com ódi0.
- E aí? Vai fazer o que eu mandei, ou prefere m0rrer ?_ ele me encara com os olhos fervendo de raiva e eu sorrio feito um anjinho pra ele.
- Mancada e vacilação isso aí, aqui tudo é cobrado em._ o vaporzinho fala saindo e eu saio debochando atrás dele_ aí, o patrão autorizou a patroa da um rolê sem segurança hoje._ ele fala e os outros vapores concordo.
Me afasto deles toda linda rebolando minha bunda.
...
Infelizmente, vou ter que pega essa praga de moto táxi, odeio motos, isso é coisa de pobre amostrado, prefiro carro, ninguém te ver e você pode fazer o que quiser dentro dele.
Fico dando várias voltas pelo morro, até achar um pagode bom. O Bruno já me trouxe aqui uma vez e esse é o único que está cheio, com certeza ele deve está lá dentro.
Pago o moto táxi e desço da moto.
Entro de vagar e pelos cantos, não posso deixar que ninguém me veja por aqui. Dou umas voltas como quem não quer nada, até achar um grupinho de homens armados. Vou procurando no meio deles, até encontra o que eu queria. E ele está lá, encostado na cadeira, cheio de sorriso pra uma meninas que está do seu lado, ela também está cheia de dentes para ele.Que ódi0, vontade de ir lá e quebrar tudo na cara dos dois.
Vou no bar, peço uma bebida quente e fico os observando de longe, sem dá muita bandeira. Eles dançam juntos, riem, ele fica o tempo todo com a mão na cintura dela, mas ainda não rolou nenhum beijo.
Fico por ali, escondida atrás de algumas pessoas e depois de um tempo a menina fala algo no ouvido do Bruno. Ele aponta pro banheiro e logo ela faz o caminho até lá sozinha.É a minha chance de saber quem é essa vagabunda.
Vou me escondendo no meio do povo e entro no banheiro logo depois dela. Aqui está escuro e cheio de gente, se eu tomar cuidado, com certeza ele não vai nem saber que eu tive aqui.
Entro no banheiro na uria dela, e a encontro no último da outra ponta. Fico fingindo que estou me olhando no espelho, pra esperar ela sair de lá.
Ela termina o que estava fazendo e vai lava as mãos.Eu logo puxo assunto.
- Oi, você tem algum batom pra me emprestar?_ a encaro simpática.
- Poxa, eu deixei no bolso do menino que me trouxe aqui._ ela fala me encarando sorrindo de volta.
O pior e que a piranha é bonita, e ainda me faz lembrar a praga da Manuelly.
- Ata desculpa, eu também tenho mania de deixa as coisas no bolso do meu marido._ falo forçando simpatia, mas minha vontade é de rasga a cara dela toda.
- É menina._ sorrir_ ele não é nada meu não, estamos apenas nos conhecendo ainda, mas temos uma ligação forte sabe? Eu acho né, não sei._ ela rir de novo toda contente e eu encaro ela torcendo os lábios, tentando disfarçar a minha raiva.
Piranha vagabunda.
- Nossa, essa fase é a melhor né?_ falo e ela concorda_ já chegou nos finalmente?_ pergunto na lata mexendo no meu cabelo, e ela fica desconfortável.
- Ainda não, quero ir de vagar, quero conhecer ele melhor, depois a gente ver no que dá._ a sonsa desgraçada da de ombros.
Tu que pensa que vai pra algum lugar piranha, antes disso, eu te pic0to toda na bala.
- Vou lá que ele está me esperando._ ela indireta o cabelo e sorri pra mim.
- Espero me esbarrar com você mais vezes._ sorrio_ meu nome é Rayane._ estendo a mão seria para ela e ela aperta.
- Juliana._ sorri e depois sai do banheiro.
- Juliana.- sussurro some da conta.
Foi esse nome que o Bruno falou dormindo aquele dia!
Eu sabia, sabia que aí tinha, sabia que não era só um sonho. Eu sabia.
Não acredito que aquele cachorro está me traindo todo esse tempo. Ele não sabe com quem está se metendo, eu vou acabar com a vida dele.
- Aí que ódio._ bato a mão na pia.
Saio do banheiro quase correndo, pego o moto táxi e peço pra ele voar pra minha casa.
...
Chego em casa me controlando pra não quebra tudo que vejo pela frente. Preciso terminar logo essa missão, eu vou tirar esse sorrisinho da cara de todos eles.
Eles vão implorar por misericórdia.
Agora eu entrei no jogo de cabeça.
Se ele pensa que vai me descartar assim tão fácil ele está muito enganado. Eu sou Rayane, filha do Naldinho da AK, e eu vou mostra quem é o mais esperto aqui.
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A Minha Vez🍃
RomanceContinuação de FAVELADOS. Ele contará a história do Bruninho, que ficará de frente do morro que era de Naldinho. Com a nova responsabilidade de ser um dono de morro, ele acaba tendo que lidar com uma vida totalmente diferente, obstáculos e inimigos...