A Minha Vez🍃

Adrenalina

Vanessa

Eu chego junto com o Dudu na casinha da tortura. Aqui tem várias celas, o lugar é todo escuro e assustador, cheiro de sangue é forte, uma coisa muito horrível. Se eu soubesse que ficaria tão impressionada assim eu nem viria, deixava o Dudu se resolver com ela.
Vou seguindo ele pra dentro do lugar. Parece que a cada momento vou ficando com mais medo, agarro no braço do Dudu sem querer me perder dele de jeito nenhum. Quero resolver isso o mais rápido possível e sair logo desse lugar horrendo.

- Fica aqui._ Dudu fala me deixando encostada na parede.

Ele vai até a porta de uma sala, onde provavelmente a outra está.

- 2D._ Daniella chama encostando na grade com força quando vê ele. O barulho que a grade faz, faz meu coração disparar na mesma hora_ me tira daqui pelo amor de Deus, eu não aguento mais isso._ ela fala chorando.

Nossa, não imaginei que sentiria pena de vê Daniella nessa situação. Mas isso chega a ser desumano. Acho que não quero mais fazer isso!

- Tu pensou em Deus quando tentou mata meu filho?_ Dudu pergunta com a cara de ódi0, que me dá até medo_ responde vagabunda? Por mim eu já tinha te passado, agradece ela por tu tá viva ainda._ ele fala e depois olha pra mim, eu vou pra perto da porta da cela dela.

Sim, eu estava com pena, mas olhar pra cara dessa mulher agora me fez lembra o desespero que senti quando pensei que ela ia tirar meu filho de mim. Sua palavra ficam pairando não minha mente " Vou arrancar essa criança pela boca" e o ódio cresce em mim.

- Tá curtindo as férias?_ pergunto encarando ela.

- Me perdoa, eu estava bêbada, não sabia o que estava fazendo._ ela chora me encarando.

- Você não sabia oque estava fazendo? VOCÊ QUASE MATOU O MEU FILHO SUA PUTA DESGRAÇADA._ grito colocando toda minha raiva para fora.

- Por favor não me mata, ele não morreu não é? Sua barriga está começando aparecer, então ele não morreu._ ela fala meio sorrindo e meio chorando.

- Eu não vou matar você, eu quero você bem viva pra ser obrigada a ver todos os dias como a minha barriga crescer linda, e quando meu filho nascer forte e saudável, gato e com a cara do pai, eu vou está lá, sendo a mulher mais feliz do mundo, por conseguir passa por isso tudo, com as pessoas que me ama e que sempre vão está do meu lado. E sabe onde você vai está? Você vai está assistindo de camarote, toda a felicidade que me cerca, procurando alguém pra te assumir sem conseguir achar ninguém, sabe por quê? Porque ninguém vai querer um nada igual a você, uma pessoa vazia, um monstro que tento mata uma criança indefesa ainda no ventre. E a única coisa que vou sentir por você é pena, pena do ser humano desprezível que você é._ cuspo as palavras em sua direção, com as lágrimas rolando livremente pelo meu rosto.

Eduardo olha em minha direção preocupado e segura minha mão.

- Tu tá bem nega? Quer ir embora nos vai pô, sem caô._ ele fala me encarando e eu balanço a cabeça limpando as lágrimas.

- Não, quero acabar logo com isso._ falo e ele concorda.

Dudu vai até uma sala, pega uma caixinha pequena e tira uma máquina de cortar cabelo de dentro dela.

- Não, isso não por favor.- Daniella já começa fazer escândalo.- faz o que quiser comigo, mas isso não, por favor. Não._ se desespera.

O cabelo dela é realmente muito bonito, ele bate um pouco a baixo da bunda, e é muito bem cuidado.
Dudu entrega a máquina na minha mão, pega um banquinho não sei da onde e coloca perto da parede. Depois pega uma corda, abre a porta da cela e tira Daniella lá de dentro. Ele coloca ela sentada com um pouco de dificuldade por ela se debater e gritar muito. Ele amarra as duas mãos e quando ela tenta me chutar, ganha um tapão que dever ter a feito ver estrela. Dudu logo amarra as pernas dela também e fica segurando a cadeira enquanto ela fica se balançando o tempo todo.

- Confortável?_ pergunto sorrindo.

- Você não vai rir da minha cara pra sempre, você vai se arrepender se toca no meu cabelo, eu vou atrás de você e eu..._ dou um soco na cara dela e ela cospe sangue_ sua piranha, eu vou te mata._ dou outro soco e outro e outro, vou dando vários socos, descontando toda a minha raiva nela, e o Dudu não faz nada, só fica me olhando sério.

Depois de um tempo eu me acalmo, tomo fôlego e tentando parar de chorar.
Tem muito sangue escorrendo pelo nariz dela agora, e elas está totalmente zonza. Sua boca e super cílios também estão rasgados.
Ligo a máquina e seguro firme a cabeça dela.

- Não._ ela pede mesmo fraca.

Se ela tiver pensando que vai ter corte bonitinho tá muito enganada, vai ter é só caminho de rato.
Corto tudo bagunçado, fazendo vários zigue zague, e ela só chora.
Quando termino de fazer o meu trabalho, eu me afasto e encaro a cena.

Daniella cheia de cabelo colando no sangue e nas lágrimas dela.

- Pronto, cabelinho tá na régua._ falo soltando a máquina em cima da mesa e saindo da casinha quase correndo.

Preciso respirar.

Chego do lado de fora tão rápido, que os vapor da segurança até se assusta quando me vê. Eu me abaixo colocando as mãos no joelho respirando pesadamente, parecendo que corri uma maratona.
Não demora muito e o Dudu aparece atrás de mim.

- Tu tá bem cara?_ ele pergunta com as mãos nas minhas costas. Eu balanço a cabeça que sim_ pode soltar ela._ ele pede pra um dos vapores, e ele entra pra solta a Daniella.

- Quero ir pra casa._ peço, e ele concorda.

...

Chego em casa umas 23:30. Subo pro quarto as pressas e começo a chorar.
Não sei se é a adrenalina, ou remoço, mas não consigo parar de chorar.

- Ei nega, vem cá._ Dudu me chama pra senta na cama, e eu vou soluçando entre o choro.

Dudu me abraça forte e eu choro ainda mais nós braços dele. Ele fica ali alisando meus cabelos até eu me acalmar e parar de chorar.

- Deixa eu fica aqui hoje, prometo que vou fica na moral._ ele pede fazendo carinho no meu rosto eu balanço a cabeça que sim.

Não quero dormi sozinha.

Nós arrumamos a cama, eu tomo um banho e coloco um baby Doll e ele fica só de bermuda. Nós nos ajeitamos, cada um de um lado da cama. Ligo o ar com o controle e me agarro com ele, enquanto ele fica fazendo carinho no meu cabelo até eu dormir.