Até que enfim

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Vanessa

Nem acredito que vou embora desse hospital cara. Foram 2 dias internada, podem dizer que não foi muito tempo, mas para mim foi uma eternidade. Não vejo a hora de toma um banho com um sabonete cheiroso, lavar meu cabelo, comer uma comida gostosa e vê gente na rua.
Dudu disse que iria está aqui assim que eu tivesse alta. Ele está sendo um amigão de verdade. Depois de tudo que aconteceu, por mais quer a gente não esteja mais juntos, ele está demostrando muito interesse e dando muita atenção pra mim nesses últimos dias.

Deve ser remorso!

Minha mãe me ligou ontem, eu contei tudo que aconteceu pra ela, achei que ela merecia saber. Não quero mas esconder as coisas dela, quero recuperar sua confiança. Ela disse que vai vim aqui me ver assim que tiver tempo, nós tivemos uma longa conversa, e ela disse que vai tenta baixar um pouco a guarda pelo neto.
Daniella, pelo que eu saiba, ainda está presa, Eduardo disse que quem vai decidir o que vai acontecer com ela, sou eu. Não sei ainda o que vou fazer, porém, eu sei que não vou mata-la, vou deixar ela bem viva pra me ver feliz, e com o meu filho nos braços.
Já faz horas que o Eduardo está aqui, a previsão de alta é só pra 12:30 e ele me chegou aqui 8:20 da manhã. Mas como ele é todo ansioso, ele quis fica aqui perturbando meu juízo desde cedo.

- Olha só, você sabia que o médico só ia passar aqui 12:30, veio antes porque quis, agora espera._ falo mexendo no celular e encarando ele sentado, mexendo as pernas nervoso, passando a mão na cabeça impaciente na minha frente.

- P0rra, mas se tu tá bem e ele já sabe, por quê que esse 0tario não vem logo manda tu pra casa? Nada haver ficar esperando aqui p0rra._ reclama irritado e eu fico rindo da cara dele.

- Porque não tem só eu de paciência aqui né, você é muito chato colega._ falo e ele me olha bolado.

- Vou resolver essa p0rra agora._ ele fala levantando e indo até a porta.

- Eduardo, volta aqui._ grito, mas Dudu nem me dá atenção e sai batendo a porta.

Aí meu Deus, espero que não faça nenhuma merda.

...

Depois de alguns minutos, Eduardo me aparece com um sorrisinho nos lábios, e o Doutor vem atrás dele com um bico enorme.

Dudu ameaçou o homem, com certeza.

- Bom dia._ o médico fala sem vontade_ vou te recomendar umas vitaminas e muito repouso._ fala escrevendo na prancheta_ sem esforço físico nenhum, nem aborrecimento e estresse. Repouso absoluto em mocinha._ diz me encarando.

- Então eu vou tem que me isolar completamente de tudo e todos ao meu doutor, esse povo só me estressa._ falo olhando pro Dudu que me manda beijo e eu mando um dedo com cara de nojo pra ele.

Escrotinho!

- Não se esqueça dos remédios pra dor, não pode ser outros, só esses que te receitei, e as vitaminas são muito importantes também._ fala lendo alguma coisa no papel_ tome cuidado com a alimentação, não se encha de frituras e nem de sal, beber muita água._ ele fala, e o Eduardo o corta.

- Tá bom, tá bom. Nós já tá ligado desses bagulho tudo aí tio, nos só quer mete o pé e pronto, é só liberar p0rra._ Dudu fala impaciente, eu olho pra cara dele o repreendendo com os olhos, e o médico fica mais irritado.

- Bom , você está liberada, aqui está sua receita, tudo está devidamente escrito, como deve tomar cada remédio, qualquer dúvidas ou se alguma dor persistir, você pode volta aqui para te examinarmos._ diz sem dá importância para o Eduardo que está batendo com a pistola na cadeira do meu lado.

Que garoto irritante cara.

- Valeu, fé._ Dudu fala levantando, e pegando o papel da minha mão. Coloca no bolso e em ajuda a levantar.

Ele pega a minha mochila, joga ela nas costa e segura minha mão. Eu olho pras nossas mãos entrelaçadas e sorrio, ele me olha sem entender e continua andando, determinado a sair do postinho o mais rápido possível.
Chegamos na recepção e minha amiga está lá sentada na cadeira do fundo, só enxerguei ela lá, porque está com um cropped de arco-íris. Quando ela nos ver, ela vem andando sorrindo e eu sorrio de volta.

- Ué, não ia ser só 12h?_ ela pergunta me abraçando.

- É né, mas o Eduardo acha que tudo tem que ser do jeito que ele quer.- falo dando de ombro olhando pra ele, e ele da de ombros também.

- Como você está se sentindo?.- a Ju pergunta segurando a minha mão.

- Estou bem amiga._ respondo sorrindo pra ela.

- Isso é ótimo._ fala ainda sorrindo_ Oi coisa gostosa da tia, tá com fome? Tia fez papa._ ela faz voz de criança e eu dou uma gargalhada.

- Vocês são doidinha mermo, papo reto._ Dudu nega com a cabeça_ tenho uma surpresa pra vocês._ fala indo em direção a rua e a gente vai seguindo ele.

- Pra mim também? Aí que tudo._ Juliana fala toda animada batendo palminha_ adoro surpresas, é boa?_Essa garota parece uma criança cara.

Começo a rir da reação dela.

- É dá hora po, acho que vão se amarrar._ ele fala abrindo a porta do carro e a Ju me ajuda a abaixar pra sentar, por que eu ainda estou sentindo algumas dores na coluna.

Ele liga o carro e vai de vaga subindo e descendo morros, até para em uma casa com um portão grande banco, bem bonita por sinal.

- Chega aí._ fala pra mim e pra Ju, nos descemos do carro e paramos em frente a casa e eu fico meio desconfiada.

Que casa é essa aí?

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