Cobrar

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Bruninho

São 8:00 em ponto da manhã e o pai da Juliana chega na boca.

- Bom dia._ entra meio desconfortável.

- E aí Sr Luiz, tudo na paz?_ pergunto e ele balança a cabeça.

- Um pouco nervoso, mas nada que não possa lidar._ diz ele mexendo nas mãos nervoso.

Esse cara vai ter um treco.

- Fica tranquilo tio, é só tu não fazer nada de errado que não vai acontecer nada faló?_ ele balança a cabeça_ Mec então._ levanto da cadeira e vou pra mais perto dele_ o senhor vai embalar toda a coca junto com os outros menor, nada de consumo e de roubo, os produtos são tudo contado, cada grama retirada bate no sistema, compreendeu ?_ explico e ele concorda.

Levo ele até a sala de embalamento dos produtos e apresento ele pra rapaziada.

- Então, aqui agora é o seu ambiente de trabalho._ falo sorrindo_ sinta-se a vontade._ do dois tapinhas nas costas dele e saio saindo.

Volto pra minha cadeira, pego algumas anotação no caderninho e olho a lista negra, os devedores que tenho que cobra. Esses aqui se não paga é morte na certa.

- Aí Fê, brota aqui._ chamo no radinho, e ele chega com o sorriso no rosto, com o olhinho pequeno de sempre.

- Passa lá vision._ fala ele parando na minha frente, colocando a Juliet no rosto e cruzando os braços.

- Tá igual um japonesinho meu chegado._ falo rindo.

- E dessa pegada que elas gosta chefe, fala tu?_ dá uma voltinha com a mão no bolso da bermuda e para de frente pra mim com a mão no queixo olhando pro lado._ ô o estilo do pai._ começo a rir.

Da não, esse cara é muito engraçado menor.

- Caralho tu é piroca das ideia mano._ falo rindo_ vou precisar de tu daqui a pouco, bora cobra uns otári0 na pista comigo?._ falo pra ele.

- Iiiih, o chefe tá na pista p0rra, é nos, muita fé._ fala e depois sai da minha sala.

Deixo os bagulhos encima da minha mesa, tudo arrumado pra termina quando volta.

...

Chego da cobrança cansadão, tive que matar um hoje. Não gosto de matar não, ta ligado? Eu prefiro pegar o dinheiro e mete o pé, mas tem uns cara que quer fazer nós de maluco, tem que impor o respeito, se tu deixa passa um e os outros vê, vira bagunça. No crime é assim, ou tu caça, ou é caçado.
Me distraio com o carregamento que chegou da Rocinha, a mac0nha de lá é a melhor que tem, depois que o Dioguinho trouxe o produto da África pra ser copiado, ficou aulas, como nós é filial do VT, ele deixou eu fazer uma igual aqui no morro também.
Fico aqui arrumando as figuras pra pôr nas embalagens.

Ficou brabinha.

Meu celular começa a vibra no bolso.

                          Jéssica

- Oi tudo bem? Acho que vou chega por aí amanhã, será que tem algum problema?_ é a novinha, irmã do Filipinho.

- Mec pode brotar pô, vou ver essa meta pra tu agora novinha. Tu vai vim sozinha ou com a família?.- pergunto pra ela.

- Vou só com a minha filha.- responde.

- Suave então, vou ver a melhor forma, quando tu chegar me aciona que mando alguém te buscar no pé do morro,  Jae?

- Tá bom então, muito obrigada.

- Tá mec, vou resolver umas paradas aqui.,- corto o papo.

...

Eu fico o restante do dia todo pensando na porra da Juliana. Essa garota entrou na minha mente mermo mano, vou resolver minha situação com a Rayane logo e vou meto o pé dela, namoralzinha. Já mandei os cara arrumar um barraco maneiro pra ela lá na Rocinha, vou montar uma loja pra ela no asfalto, vou deixar ela forte e vou botar pra descer. Não vou deixar a mina fudida né mano, também não é justo eu abandonar a mina de uma hora pra outra, sem nada. A mãe dela arrumou maior caozada falando um monte de merda e eu não quero ser o que ela disse que eu sou. Eu sei muito bem reconhecer as coisa, a mina ficou esse tempo todo do meu lado, mermo o bagulho estando chatão ultimamente, devo respeito a ela, e vou agir no certo.

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