A Minha Vez🍃

Eu, Ela e Meu Afilhado

Bruninho

Partimos pra praia mais afastada que tinha, alugo um guarda sol e umas cadeiras pra nós. Compro uns bagulho pro Felipe brincar e umas bebidas pra mim e pra Juliana.

- Bruninho, ele tá comendo areia._ Juliana fala limpando a boca do moleque toda suja.

- Esse moleque é arisco._ falo rindo_ tu leva mó jeito com pivete né?_ fico olhando pra ela cuidar do menor direitinho.

- Eu gosto de crianças, já tomei conta de várias quando era mais nova._ ela conta e volta a sentar na cadeira_ aqui é lindo né? Nunca tinha vindo aqui._ diz olhando em volta parando no mar.

- Papo reto, igual tu._ solto do nada e ela me encara surpresa.

- Ta me iludindo tão cedo?_ fala olhando pro relógio e eu dou uma gargalhada.

- Eu só trabalho com a verdade mano._ tomo um gole da minha cerva que já tava no fim_ vou buscar mais, atividade aí em._ ela balança a cabeça e eu saio saindo.

Vou caminhando até a barraca e o parceiro chega pra me atender.

- Pode falar amigo._ ele para na minha frente.

- Quero 6 brahmas e um saco com gelo._ não vou compra muita coisa, nós já vai guiar mermo

- Po irmão, só tem 2 brahmas e 2 Skol Beats, acabou tudo, já estamos fechando._ ele fala balançando a cabeça e eu fico puto.

Toma no cu.

- Me dá essa p0rra aí mermo._ falo e ele me entrega os bagulho.

Volto em direção a Juliana e um carinha me para no meio do caminho.

- Aí fiel, leva uma rosa pra tua dama._ olho na reta dela e ela está lá, toda gata brincando com o Felipe.

- Me dá todas que tu tem aí.

...

Volto pra perto dela e ela me olha sem entende o sorriso largo na minha cara.

Acho que tô ficando maluco, só pode, namoralzinha mermo.

- Eu te trouxe flores, eu te trouxe brahma, eu te trouxe skol._ canto pra ela, e ela dá uma gargalhada gostosa pra caralho.

Mano, que mulher feiticeira da p0rra mermão, eu me amarro em tudo nela, papo reto.

- Obrigada._  toda sem graça pegando as flores e dando um gole na Skol_ você é sempre assim ou está em eleição?_ pergunta quando eu sento do lado dela e eu que dou uma gargalhada

- Tu é pancadinha né mina?._ ficamos ali bebendo e me esqueço totalmente do mundo.

Eu, ela e meu afilhado. Coisa linda, papo reto.

Ela fica me contando um pouco da vida dela. A mina já passou por vários bagulho doideira, mó guerreirona ela, boto um F que é daquelas 10 a 10.

- E você?_ ela pergunta_ fala mais de você, tenho muita curiosidade de saber por que do nada você assumiu o morro._ caralho, o que eu falo pra esse bife?

- Po, o meu parceiro precisou de algum fiel pra assumir essa pica aí. De cara eu recusei a proposta pô, não queria sair da minha quebrada, da onde eu nasci e cresci, meu lar tá ligado? Mas a responsabilidade vem antes de qualquer caô, então eu botei as caras e subi o morrão._ falo e ela me escuta atentamente.

- E você veio sozinho?_ ela pergunta me encarando e eu sei que ela quer saber se eu tenho alguém.

Nunca tive problema de falar da Rayane pra nenhuma mulher, mas pra ela eu não quero, quero que quando nós tiver junto não exista mais ninguém, só nós dois.

- Trouxe uma galera lá do morro pra me ajudar, só galera de confiança._ quando ela ia fala alguma coisa, o Felipe chama e me salva.

Por isso que eu amo esse moleque.

- Tido, a papa._ ele pede e eu fico encarando ele sem saber o que fazer.

E agora, o quê que esse moleque come?

- Deve ter alguma coisa na bolsa._ Juliana fala rindo quando ver minha cara de pensativo.

Pego a bolsa dele e tem uma mamadeira, acho que é Nescau e um biscoitos no pote.

- Aqui menor._ do a ele e a Ju pega a parada da minha mão ainda rindo.

- Vem aqui com a tia._ ela abre os braços, e ele levanta na merma hora.

Ela coloca ele sentado no colo dela, limpa as mãos e a boca dele e depois da o biscoito pro menor em uma mão, e a mamadeira na outra. Ela deita a cabeça dele nos peitos dela deixando ele suave, e eu fico com invejar.

Queria deitar ali também.

...

A hora passa e nos nem percebeu que já tá escurecendo, e o pior é que eu nem quero ir embora. Mas tenho que leva o moleque, Manu já pediu pra deixa o menor lá que ela se enrolou toda, e não vai conseguir buscar ele.

- Bora partir?_ falo vendo ela coloca o casaco dela depois de colocar o do Felipe.

- Já?_ fala meio triste fazendo beicinho, e eu rio dela.

Eu também não quero te larga não mandada.

- Tu pode ir lá leva o menor comigo e depois nos pode pega um pagode, o que tu acha?_ pergunto pra ele e ela me encara, sem dizer nada_ qual foi?_ pergunto e ela dá um sorrisão da p0rra, me faz ri também.

- Tá bom, depois você me deixa em casa pra eu me arrumar então.- concorda.

- Por mim tu pode ir assim mermo que tá mó gata, mas tu que sabe._ do de ombros pegando o menor no colo, ela pega a bolsa dele e a dela e junta os bagulhos todos dentro do saco de lixo, amarrar e joga no lixo que tem na beira da praia.

Ela é toda certinha ela.

Entrego o menor a ela, entramos no carro partindo pra Rocinha.