Isso acaba hoje

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Bruninho

O confronto tá intenso parceiro, e a gente tá largando o dedo sem pena nós alemão.

- Atividade caralh0.- VT grita no radinho e escuto um barulho de bomba.- larga o aço porra.- ele fala e eu vejo ele passar correndo na minha frente, e eu vou atrás, atirando em em geral que a ponta a arma pra nós.

- Na lage.- eu grito pro 2D que tá do outro lado da rua, e ele mete bala

Vou entre os becos, achando geral que tenta se esconder. Aqui é a minha casa porra. Não adianta se entocar não, nós faz sair pulando.

- Chefe, vira na doze.- escuto o radinho, a voz que parece ser do Caio, mas pela gritaria do caralh0, e eu não consigo entender direito.- Caralh0 Bruninho, vira na 12 p0rra.- ele grita e eu fico nervoso.

Por quê?

VT me olha de longe e faz sinal que vai dá cobertura. Eu carrego a minhas pistolas, e chego na esquina, encosto as costas na parede, e olho pro VT, fico esperando ele da o sinal.

- Chefe, p0rra, tem que ser agora.- Caio grita de novo, e eu não espero sinal nenhum.

Saio virando a esquina com as minhas pistolas na mão, e congelo no meio do caminho. Vejo a Juliana subir o morro correndo, parecendo que tá em câmera lenta. Ela vem com duas pistola na mão, um colete recheado de pente, largando o dedo em geral na frente dela.
Eu fico sem reação parceiro, meu coração parece que vai sair pela boca, e eu não consigo me mexer.
Ela me ver de longe e também congela por um, estante.  Depois ela grita alguma coisa na minha direção, mas eu não quero tirar o olho dela, com medo que ela suma da minha frente.

Caralho ela tá ali.

Caralho ela tá ali porra.

Tá viva, e trocando tiro.

Ela atira em um cara que tava na minha frente, e eu continuo paralisado sem conseguir sair do lugar. Tenho medo de piscar o olho e ser mentira. Não posso perder ela de vista, se for miragem, que se f0da, eu quero só olhar pra ela.
Ela se esconde atrás da pilastra e grita alguma coisa no radinho, e eu não consigo nem mais ouvir os tiros, meu foco está somente nela.
Ela me encara e faz uns gestos na minha direção, e as lágrima começa a cair no meu rosto sem controle menor.

Caralho, ela tá ali mano. Ela tá viva.

Os mano aparece ao redor, e começa a atirar em quem ela também tá atirando, e ela consegue sair de traz da pilastra. Ela aponta a arma na minha direção, aperta o gatilho, atirando três vezes. E um corpo cai do meu lado, mas eu nem me viro pra olhar. Eu só quero olhar pra ela parceiro, só ela que me importa agora.

- Você tá querendo morrer caralho?.- ela grita com raiva, parando bem embaixo do meu rosto, e eu fico encarando ela com as lágrimas embaçando meu olho.

Caralh0 meu parceiro, é ela mermo mano, ela tá aqui, na minha frente, viva, trocando tir0, foda pra caralho.

Minha Juliana, tá viva porra. Eu sabia!

Eu agarro o rosto dela e arrasto ela pra parede, escondendo ela do tiroteio, agarrando ela nos meus braços, a apertando, querendo ter certeza que ela é de verdade mermo, e que ela não vai sumir.

- Caralho, tu tá aqui.- choro ainda abraçado ela, sem conseguir largar.- Tu tá aqui cara.- seguro no rosto dela e ela fica me encarando séria.

- Bruno...- ela fala e eu começo a chorar sem parar. Caralho, que se f0da ser um viadinh0, ela voltou porra, ela tá viva.

Encosto minha testa na dela, e ela não fala mais nada, só me abraça de volta.
Porra mano, pra mim o mundo pode queimar lá fora, eu não quero saber de mais nada, só quero ficar com ela nos meus braços.
Seguro o rosto dela de novo soluçando, e ela também segura no meu.

- Bruno, eu preciso ir.- ela fala me olhando e eu nego.

- Não, eu não vou te larga, não vou te perder de novo.- agarro ela mais forte.- por favor, fica aqui, fica aqui.- suplico mermo, eu não quero que ela saia daqui mano, e que se foda tudo, não vou deixar ela ir.

- Eu tenho que acabar com isso, não vou conseguir dormi enquanto eu não vingar o nosso filho.- ela fala, e meu corpo todo formiga.

Me afasto pra olha pra cara dela.

- Filho?.- pergunto assustado.- nosso filho?.- pergunto de novo sem acreditar no que ela falou.

- Eu estava grávida quando tomei o tiro, ela me privou do meu bebê.- as lágrimas dela começa a descer.- ela me privou do nosso filho.- soluça e meu corpo parece pegar fogo.

Meu sangue começar a ferver, e eu fico possuído parceiro.

Ela tava grávida! De verdade!

Ela tava grávida de um filho meu porra.

Enquanto essa vagabunda estava me enganando, a mulher da minha vida estava realmente grávida de mim.
Rayane destruiu tudo, ela tirou nossa chance de ser feliz, tirou nossa chance de ter nosso filho nós braços parceiro.

Mas isso acaba hoje!

Pego a arma da mão dela, tiro o pente vazio, recarrego e destravo. Seguro no rosto dela suspirando por um instante e beijo sua boca como se isso custasse a minha vida, como se isso fosse trazer de volta, toda a minha força.

- Bora atrás dela.- entrego a pistola, e agarro na mão dela.

Nós sai do beco, atirando em tudo que aparece na nossa frente, sempre de mãos dadas. Eu de um lado e ela do outro. E nós vai em direção onde tá a Rayane.
Olho pra cara da Juliana, e ela balança a cabeça pra mim. Nós vira um de costas pro outro, e saímos correndo de lado, atirando nós cara que vem na nossa direção.

Agora é com a gente!

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