Como tudo começou

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Uma jovem de 23 anos, uma grande fã de A7x que sabia tocar guitarra e violão, com uma vida pacata e uma banda, mais especificamente um cover do A7x.

Sim, essa sou eu.

Prazer, Ana.

....

Sobre minha banda, nos reuníamos 3x por semana na casa da minha amiga a baterista Meg e lá ficávamos tocando. Um dia a mãe dela que era uma Professora de uma escola estadual pediu pra gente tocar no show de talentos da escola pois segundo ela a gente tocava muito bem.

- Eu não sei não gente, nem era nossa intenção fazer shows - eu disse enquanto decidíamos sobre a proposta

- Qual é Ana, só um showzinho pra divertir as pessoas, nada de mais - Meg discordou

- Verdade, acho que um só pra saber como é, não vai matar - o vocal Rick apoiou, e o resto da banda, Maria nossa Guitar Base e Gustavo o Baixista, não viram nada de mais também

- Tudo bem então vamos ensaiar, sábado tem nosso primeiro "show" - eu insinuei fazendo aspas com as mãos e todo mundo deu risada.

Sábado

Chegamos na escola da mãe da Meg, era um evento aberto pra qualquer um, arrumamos nossas coisas no palco e esperamos todos os grupos apresentarem pois seríamos a banda que fecharia o evento.

Subimos no palco e pude ver poucos rostos vendo, alguns nem estavam sequer ligando pro que íamos tocar, mas não desanimamos.

Iniciamos o show com ALPOH, pude perceber que as pessoas ficaram um pouco surpresas com a execução da Meg na bateria, eu ajudava o Rick como segunda voz e a banda também, mas eu cantava muitas partes pra dar uma equilibrada no tom.

Chegamos em casa bem cansados, admito que foi legal tocar pela primeira vez na frente de pessoas estranhas, mas um pouco decepcionante por poucas pessoas terem se interessado.

Acho que o estilo heavy metal não era fácil de cair no agrado das pessoas.

Depois daquele show na escola, fomos convidados a tocar em um bar por um homem que estava presente naquele dia, ele tinha um bar estilo rock que vivia recebendo bandas covers.

Ficamos receosos novamente, afinal como disse, nosso lance não era tentar emplacar.

Mas também não precisávamos evitar se aquilo acontecesse naturalmente, então no sábado seguinte fomos lá no estabelecimento do homem.

-

- Por isso eu não estava gostando de fazer esses shows - Eu disse irritada após irmos ao lado de trás do bar, no fim do show

Eu sacudia a perna que estava toda molhada de cerveja que o público na beira do palco jogava em mim.

- Acho que eu estou zonza de tanta fumaça que tinha lá dentro - Maria disse um pouco pálida.

A fumaça não era de cigarro comum.

O público do local fazia parte daquela pequena porcentagem que não sabia se comportar em shows, fazendo uma bagunça toda no local

- Rock é isso babys - Rick disse rindo encantado - Além do mais, não podemos negar que eles foram os primeiros que curtiram nosso show de verdade.

- Isso é verdade - Eu tive que concordar por um momento erguendo a sobrancelha

- Só vamos evitar esses becos e tudo vai dar certo - Gus riu dando uma simples solução

- Eu tenho uma ótima oportunidade para vocês então - A voz de um homem surgiu por trás de nós. - Devo dizer que vocês tocam muito bem, só um fã dos meninos (ele se referia ao Avenged) consegue ver isso.

- E qual a oportunidade? - Rick perguntou interessado.

Resumindo no final daquela semana tocaríamos em um sítio onde estava tendo um evento de um clube de motoqueiros até que grande.

Havia pouco mais de 100 pessoas vendo aquele show e finalmente eu me sentia arrepiando enquanto tocava no palco.

Fãs verdadeiros da banda cantavam conosco, até rolou uma pequena roda punk que não foi muito pra frente pela quantidade de pessoas.

Acordei no dia seguinte com várias mensagens da banda dizendo que tinha vídeos nossos rolando por aí.

- Sim, alguém postou um vídeo da gente tocando ontem, e tem vários comentários visualizações - Maria disse na reunião que fizemos

Ficamos um tanto bobos vendo aquela quantidade de pessoas que nos viram.

Passou alguns dias e recebemos uma ligação de um organizador de eventos, ele queria que a gente fosse tocar em uma casa de rock por 40 reais a hora.

Havíamos prometido que não iriamos mais a esse tipo de local, mas depois de muito pesquisar, esse nos trouxe mais segurança em ir lá, não era um beco qualquer.

E a experiência foi completamente diferente, a casa lotou com pouco mais de 300 pessoas.

Foi um show vibrante.

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Uns 2 meses haviam se passado e estávamos na vida de fazer shows pequenos em casas de rock, ja havia ido uns 3, mas o que mais me impressionava é que continuavam gravando a gente e postando, multas pessoas entravam em contato por causa dos vídeos, até que recebemos um contato inesperado.

- Alô? - Eu disse ao atender o telefone. Nós estávamos em mais um de nossos treinos.

- Boa tarde, Ana?

- Isso - eu respondi - quem gostaria?

- É o Robert, eu sou um dos agentes do grupo Avenged sevenfold

- Isso é um trote?

- Não, eu estou entrando em contato pois a banda acabou vendo que vocês estão tendo muita repercussão por conta de shows com as nossas músicas

- sério?

- Sim, eu gostaria de me reunir com vocês para conversar

- Claro.. eu acho - eu estava confusa ainda sobre a veracidade da ligação

- De preferência hoje se vocês puderem - Ele confirmou sendo firme, aparentemente ele ficava no brasil

- Tudo bem.. - a galera me olhava sem entender - vamos te encontrar. - Confirmei

O homem me passou o nome de um local e então desliguei.

- O que foi? - Eles perguntaram em sincronia

Eu expliquei o ocorrido e ninguém acreditou, decidimos ir até o local para ver se era verdade

Chegamos lá e encontramos um homem com roupa social, quando fomos nos aproximando ele chamou nós e sabíamos que era ele.

Nós o cumprimentamos e começamos a conversar.

- Bom - Robert começou - lá na Califórnia as bandas geralmente tem uma banda Júnior cover que as segue, o Avenged Não tem por enquanto, mas andamos vendo seus vídeos e achamos que vocês são uma banda em potencial - Nós não falávamos nada e ficamos só esperando ele explicar - O Avenged está disposto a pagar tudo para que vocês viagem pelo menos 1 mês para lá, para que eles te conheçam, vejam como vocês tocam, e se tudo der certo vocês ficam mais e então vão treinar vocês para ser informado mundialmente como banda junior. O que acham?

Ficamos segundos sem responder, era inacreditável o que estava acontecendo e não tínhamos nem como responder

- A gente precisa se reunir melhor pra decidir isso, até quando podemos responder? - eu perguntei

- Fico aqui até o fim de semana, podem decidir até domingo e me ligarem - ele disse dando um cartão e se levantando da mesa se despedindo.

Voltamos para casa e decidimos que não poderíamos perder essa oportunidade, o problema era nossa família. Horas depois tentando convencer meus pais eu consegui, alguns da banda demorou, mas conseguiram, e então eu liguei para Robert.

- Nós vamos - eu disse dando a resposta a ele

- Ok, vocês viajam na próxima sexta então.

Welcome To The Family BakerOnde histórias criam vida. Descubra agora