Quase Lá

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Ana

Uma nova semana entrava e eu estava mais focada do que nunca em conseguir tocar no mínimo violão já que minha banda já havia entrado de turnê sem mim enquanto eu me preparava.

Arin e Kim estavam em uma lua de mel de duas semanas, portanto os meninos pausaram a turnê e não viriam treinar, eu usei o estúdio somente para mim, meu empresário e minha fisioterapeuta a semana toda.

Não foi tão fácil como esperávamos, na segunda e na terça não obtive resultado algum além do que eu já estava fazendo: tocando como uma iniciante. Quarta eu comecei a melhorar, já havia conseguido tocar Seize The Day e So far Away, para eu poder ir como guitar base ainda faltavam Gunslinger e Dear God no mínimo que eram as mais difíceis.

Isso no violão, na guitarra eu nem precisava montar aquela listinha novamente né? De todas eu só conseguia tocar ALPOH, Dear God.. e algumas que não exigiam tanto esforço em solos ou coisas do tipo.

....

- Ana, eu fico muito feliz em dizer que seus braços apresentaram grandes melhoras - Era sexta e desde quarta eu havia apresentado melhoras extraordinárias e conseguia até acompanhar o solo de algumas músicas como guitar base - Acho que até semana que vem você consegue voltar a turnê.

Acho que foi a melhor coisa que eu ouvi naqueles 3 anos.

Quando a fisioterapeuta saiu do estúdio eu aproveitei para tocar violão e cantar algumas coisas enquanto gravava a mim mesma no sistema do estúdio para ver como ficou depois.

Comecei a tocar Be There do Seafret, eu adorava os caras e eles tinham muitas músicas boas, e só de conseguir tocar já me dava uma tremenda felicidade, até eu ouvir uma segunda voz cantando comigo.

Eu reconheceria aquela voz em qualquer lugar e sei que nenhuma voz fica tão boa como a nossa junta, assim como ele disse no dia que quase nos beijamos que ele tocou e cantou comigo Oceans do Seafret.

Eu olhei pro lado e vi aqueles olhinhos verdes brilhando com um sorriso enquanto continuavamos cantando e eu tocava sem parar.

No fim da música eu parei ofegante e sorrindo, estava sentindo um leve desconforto por ter forçado a mão pela primeira vez, mas aquilo era bom.

- Uau você ta.. ta muito boa!! - Zacky disse ofegante também sorrindo, era realmente um sorriso de felicidade, como se eu tivesse tirado um peso das costas dele

Eu sorri retribuindo e sai da cadeira, comecei a guardar meu violão enquanto falava com ele.

- A fisioterapeuta disse que semana que vem talvez seja suficiente para eu ir para turnê..

- Isso é maravilhoso! Meu Deus.. - ele disse

- Sim.. - e eu dei um sorrisinho simpático mas ele deu uma pausa e desfez aquele sorriso

- Tudo bem? - Perguntei curiosa

- Eu sinto muito... - Escutei ele falando baixo e percebi que ele entraria naquele assunto - Eu sinto muito Ana.. - Ele disse e nesse momento meu corpo todo congelou enquanto ele estava de olhos fechados fazendo sinal negativo com a cabeça - Se eu não tivesse sido tão babaca com você, talvez você ainda tivesse tocando e.. - Ele continuou mas não deixei terminar e peguei em seu rosto aproximando o meu do dele

- Zee, tudo bem.. - eu disse, eu não estava pronta para esse assunto e achei melhor cortar.

Nesse momento não pudemos evitar que nossos olhares se conectassem e ele se aproximasse lentamente da minha boca com os olhos fechados, e eu senti o ar quente da boca dele sobre a minha... eu estava de olhos fechados ansiando por aquilo.

Então o celular dele tocou.

Ele se afastou e atendeu o celular, ele parecia bem preocupado enquanto escutava a outra pessoa falar.

- Que foi? - eu perguntei preocupada vendo sua feição

- Meu pai.. ele ta internado - ele disse e pegou suas coisas saindo - Tenho que ir..

Welcome To The Family BakerOnde histórias criam vida. Descubra agora