Welcome To The Family Baker

The Final Countdown

- "Let's start the killing, start the killing..."

Sim eu estava em cima do palco novamente.

- "Do you take this man in death for rest of your unnatural life?"

- "Yes, I do"

Como esperado eu não consegui parar. Claro que Zacky não gostou nada da ideia, mas eu estava tomando meus remédios novamente e não estava sentindo dores. Por enquanto.

Infelizmente eu andava recebendo notícias de que minha mãe havia piorado. O que não ajudava, mas eu não podia voltar para o Brasil e tinha que me manter calma ainda, eu não podia de jeito nenhum adiar a cirurgia novamente.

Já quase ia me esquecendo, depois da noite do acontecido com Rick, ele sumiu. Por minha sorte ainda tínhamos Richard que estava cantando com nós, o que dava uma certa paz na banda tirando as cobras da Meaghan e do Gus, que se mantinham quietos em terreno desconhecido, pelo menos por enquanto.

Sobre meu relacionamento com Zacky, ele havia marcado nosso casamento em uma igreja católica cheia de charme um pouco longe da cidade, perto de sua família, era pra daqui 2 anos, no dia 15 de maio.

Havia tempo o suficiente para organizar toda nossa vida.

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Estávamos no nosso terceiro show já de volta da turnê em Auckland, Nova Zelândia e indo para Viena, Áustria quando Rick apareceu de novo.

Ele estava diferente, tinha deixado a barba e o cabelo crescer e estava com uma aparência de acabado.

Ele convocou uma reunião no estúdio de Auckland antes de partirmos e eu pedi para que Zacky não fosse, afinal ele estava morrendo de raiva desde o último acontecimento. Faltava cerca de 1 mês para minha cirurgia e eu realmente não queria brigas.

Rick começou se desculpando por tudo, o que não me convenceu, mas então ele começou a mostrar sua verdadeira face quando começou a falar que a partir daquele momento, a banda tinha 3 meses contados.

Eu sai da sala antes que ele acabasse com minha calma e pedi para Maria cuidar daquilo.

O que não mudou muito, Rick disse que acabaria com a banda, me tirando dela, segundo Maria que veio até em casa para conversarmos.

- Eu já esperava por isso - Eu disse -  infelizmente eu não posso fazer nada e devo aguardar.. - Mas Maria não se conformava

Rob já havia sido obrigado a declarar em redes sociais sobre minha saída, o que deixou todo mundo mal.

O Avenged Já não queria mais nos treinar e desvinculou a parceria para não sujar seu nome, eu havia apoiado os meninos nisso e compreendi tudo.

A banda estava entrando em um colapso, eu e Zacky tentávamos apoiar um ao outro mas ficou difícil com eles começando a fazer shows longe de mim e assim veio nossas crises.

Pra ajudar meu último show estava marcado para uma semana antes da cirurgia, mas o  que eu podia fazer?? Nada.

O dia chegou e eu estava lá, antes de todos no local aproveitando. Nossos assistentes de palco estavam tristes, junto com Maria que parecia um pouco depressiva e Richard que também não expressava bons sentimentos.

Eu havia pedido para eles aguentarem sem mim, não podiam deixar a banda desfazer, mas isso não ajudava muito.

Eu nem treinei, na maior parte do tempo ficava brincando com minha guitarra olhando fixamente para o nada enquanto escutava toda aquela multidão e os gritos pela última vez.

Estava lotado, acho que pela primeira vez tínhamos conseguido chegar a metade do público dos meninos.

Entrei no palco ao som de Afterlife ao lado de Maria que pareciamos tocar como nunca. Seguindo com Seize The Day que emocionou muitas pessoas, inclusive a mim e Maria no palco, pude ver até mesmo Rick derramar algumas lágrimas, mas eu não compreendia.

O show estava lindo, cada música apertava meu coração por estar tocando uma última vez cada um daqueles solos. O clima estava pesado pois cada um naquele dia, seja fã ou assistente, músico ou segurança, sabia que eu estava de saída.

Encerramos com So Far Away, show de lágrimas.

Usei o microfone por breves minutos para agradecer todos aqueles anos com aqueles fãs incríveis, foi realmente uma parte maravilhosa da minha vida.

Eu deixei o palco abraçando Maria e Richard, em seguida abracei Gus e Meg, não com a mesma intensidade era mais para parecer ético, só Rick que não consegui.

Quando entrei de volta no camarim os meninos estavam lá, todos me abraçaram enquanto eu chorava e a banda tocava uma última música.

Matt e Syn diziam me incentivaram a não parar, segundo eles eu tinha muito talento.

Em casa, Zacky deitou comigo e ficou passando as mãos pelos meus cabelos enquanto eu chorava.

Era o fim da linha para mim.