Capítulo 13 A escolha.

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--Elas poderiam pedir ajuda em uma casa de família...Sei lá, tudo para não alugar seus corpos para homens nojentos.

--E você acha que elas nunca tentaram ? Uma delas até foi abusada sexualmente por passar na casa de um homem sem saber que ele era mau. Eu sei a história de cada uma, muitas eu encontrei aqui, sentada nesse banco,passando fome porque a sociedade não ligava para elas. É uma forma de ganhar dinheiro, olha, não é tão difícil assim, você toma alguma coisa pra ficar animada e o resto seu corpo faz por você!

-Eu. Não. Vou. Alugar. Meu. Corpo. Nunca. --Disse pausadamente

Ela suspirou

--Okay! Você quem sabe! Mas olha, lá na casa, é um lugar chique, só vai homens riquíssimos, o salão onde ocorre o strip é grande e aconchegante, atrás do salão há uma mansão enorme e fina, é aonde moramos com as prostitutas. Elas têm bastante dinheiro, pois é 500,00 reais por homens. E elas dão para 3 homens em três vezes no meio da semana e só de noite, e no final de semana elas dão para o dobro ou até mesmo o triplo, isso faz com que elas ganhem muito dinheiro, sendo assim metade vai para o chefe, mas mas a outra metade fica com elas.

--E por que elas não saem de lá já que elas têm dinheiro ?

--Isso aí já não é comigo. Lá você poderia até levar sua tia, mas depois que ela melhorar pois ela vai ter que trabalhar como cozinheira da casa.

--O que ? Não! Olha, não tem como eu trabalhar de cozinheira lá ?

-Não, as pessoas que trabalham que não são prostitutas, são mais velhas, como eu, que não servem para isso. Até servem mas só botamos jovens.

--Isso acaba com a vida deles. .
--De quem ?
--Das jovens!
--Se você perguntar o que elas preferem, elas vão dizer que preferem a prostituição. Apesar de ser ruim, é a única forma delas ganhar dinheiro e não morrer nas ruas. Trabalho? Elas não encontraram.

-Meu Deus. Eu tenho que ir, Beth, está muito tarde.

--Sim, toma, caso você não encontre outra saída, esse é o meu cartão. --Disse me entregando um cartão.

--Eu não quero isso !.

--Não seja orgulhosa, se sua mãe está doente, você vai precisar, tratamento participar é muito caro, nem um serviço norma paga.--Disse e votou o cartão no meu bolso. --Vem, entra no carro que eu te levo em casa, está tarde pra você andar por aí sozinha.

Olhei no relógio e era 01:00 hora, é, tenho que ir com ela.
******

Chegando em casa, tomo um banho e me deito na cama, fico pensando na conversa, que mulher doida, ela até é legal, carinhosa no jeito de falar mas eu nunca vou fazer esse tipo de coisa que ela me propôs.
Amanhã eu vou nas casa das pessoas por aqui procurar um serviço.

*************

Acordo, tomo um banho e desço correndo para comer alguma coisa. 13:00 hora. Meu Deus, eu dormi muito.

Visto uma blusinha básica e um shortinho. O sol hoje está de matar, aqui em Vancouver é um lugar frio, afinal, Canadá é bem gelado, mas nessa época o color também é de matar.
****** Chego em casa cansada, como um miojo e vou para o hospital, passei nas casas mais finas daqui, mas todos já tem empregadas, e sou menor de idade. Chorei muito. Já nem tenho mais lágrimas.
******

Chego no hospital, pego o meu crachá e vou para o quarto da minha mãe.

--Ooii --Digo abrindo a porta e a vendo deitada com os olhos semi abertos.

--Filha. --Disse virando um pouco a cabeça de lado. Ao seu lado tinha uma enfermeira ,estava dando algo para ela comer.

--Como está minha mãezinha lindaa ?

--Estou indo..Indo..

-Vai sair dessa, tia, eu vou te tirar dessa.

Elas não tem só câncer, ela tem problema no coração também. Isso me da mais vontade de lutar ainda.

--É, tia, eu tenho que sair .
-Mas Já, você nem passou a noite aqui.

--Eu volto logo. Cuida dela ,Mery.

--Pode deixar.

--Onde vai ?--Perguntou titia.

--Resolver um problema e te tirar daqui .

Disse já saindo antes que ela me enchesse de perguntas.

Mery é a enfermeira, como o hospital é particular, ela fica com minha tia quando eu não posso.

Sim, doutor Philippe está pagando o hospital também!

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