Capítulo 45 Alasca, Jade.

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Boa Leitura !
Alasca.

--Por Deus, Alasca! -- diz Mand

--Eu não sei o que eu vou fazer, mas eu não posso...Eu não posso ficar com essa criança, eu não posso ser mãe com a vida que eu tenho, pior ainda mãe solteira, Mand.

Estamos sentadas em um banquinho numa praça. Acabamos de sair do médico, depois de ouvir tudo o que a doutora explicava sobre cuidados. Na verdade, eu não ouvi quase nada.

--E o que você pensa em fazer ?-- Vejo um misto de espanto em seus olhos.

Volto a olhar para as crianças que brincam no parque da praça. E Se Ricky descobre?

--Eu ainda não sei...Eu não sei! Eu não faço idéia!

--Se você está de três semanas, não é do Ricky, né ?-- Confirmo com a cabeça e ela continua.--Então...

Permaneço quieta e ela bufa.

--Alasca eu tô aqui pra te ajudar! E você precisa me ajudar pra eu te ajudar, ou acha que tenho bola de cristal ? -- Diz impaciente e se levanta.

Fico sentada por um tempo, perdida em pensamentos, saio do meu pequeno transe e me levanto indo atrás de Mand.
Ela está encostada numa árvore fumando.

--A grá..vida sou eu, e você quem procura cigarro pra se acalmar?!

--E por acaso grávidas fumam ?!-- Diz levantando uma sobrancelha ironicamente.

--Não, mas você só fuma quando está nervosa, e olha, você está fumando!

--Alasca, eu te conheço a pouco tempo, mas isso não quer dizer que eu não me preocupo com você! Droga.--Diz apagando seu cigarro e se virando para mim.

--Vocês tem pena, eu também teria...

--EU NÃO TENHO PENA, EU ME PREOCUPO, PORRA! --Grita e sai andando.

--Desculpa, Mand...Eu só..só estou nervosa, tenta entender o meu lado!-- Vou atrás dela.

--E o meu ? Você não pode entender? Olha, desde quando você entrou na mansão eu tento uma reaproximação com você, tento te alertar das coisas e você nem aí ! Eu e Carlitah só descobrimos do seu estupro porque quando chegamos em casa, a mesma estava silenciosa e você lançada no chão do quarto com a porta encostada. Você não confia em mim!-- Desabafa.

--É tudo muito novo Mand...Eu só não queria que nada voasse para os ouvidos do Ricky ou do Alex. Eu preferi me manter afastada.

--E eu tentei te mostrar que não seria se afastando que você conseguiria ser discreta!

--Tá, tá bom. Me desculpa?

--Tudo bem.

--Vamos para algum lugar reservado, eu te conto sobre o pi do meu filho...

--Olha, se não quiser, não precisa, tá legal ?-- Se vira pra mim.

--Eu quero e preciso! Eu preciso desabafar, preciso conver..-- Não consigo terminar e caio em prantos.

--Ah, não chova, vai ?! Vem, vamos lanchar ali. -- Aponta para uma lanchonete em um canto da rua.
(...)

Depois de contar tudo sobre o Ethan para a Mand, vejo a mesma boquiaberta.

--Nossa, mas esse Ethan não vale nada mesmo, hein! Ele quer fazer joguinhos amiga, não dê confiança, não dê confiança!!

--Eu não dou confiança mais.

--Mas e agora com essa criança?-- Me lembra novamente que eu tenho um feto.

--Eu não posso ter essa criança..-- Digo perdida em pensamentos. Olho para fora, e através da grande janela da lanchonete vejo as mesmas crianças de antes brincando no parque que agora está mais perto, pois fica mais perto da lanchonete.

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