O amanhã pode ser mais bonito

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Capítulo 6




"Eu não tenho mais forças para ficar longe de você" Edward Cullen


Marquei a página do livro e o fechei.


Não que eu gostasse de clichês e modinhas, mas se eu tinha uma fraqueza era esse livro. Embora tivesse a sensação que todos livros que lia, anos depois se tornavam em filmes, e pior: populares, confesso que esse livro não é um dos que têm maior coerência, mas gostava de lê-lo. Era apaixonante, leve e viciante. Mas é claro que ninguém precisava saber disso.


Meu dia no trabalho foi cansativo e tudo que eu queria era algum lugar para me atirar e dormir um pouco. Tenho tido essas insônias nesses últimos dias... Também pudera, esse vício de estar tomando café demasiado um dia iria me causar esses efeitos. Cheguei em casa e me atirei na minha cama. Quando acordei já eram 7:30 da noite. Quase a hora em que tinha combinado de sair com ele.


Annie me ligou e me convidou para ir na casa dela, mas dei uma desculpa e disse para marcarmos outro dia. Não que fosse segredo eu ter marcado de sair com Thomas, até porque eu nem sabia se ele iria aparecer ou não, mas eu queria evitar perguntas que, no momento, eu não queria e nem ainda poderia respondê-las. Até porque eu mesma era uma das interessadas e não possuía nenhuma das respostas.


Olhei para o meu armário. Se tem uma coisa que tenho um pouco de orgulho em mim é na hora de escolher roupa. Não sou como 99,99% das mulheres que demoram horas para se arrumar. Gosto de praticidade e conforto. Avistei um vestido no canto do armário e visualizei mentalmente uma rasteira para combinar com ele e puf! Estava vestida.


- Ei você... Onde pensa que vai? Perguntou minha mãe.


- Ah, vou no shopping com uns amigos.


- Com quem? Ela ficou desconfiada.


- Hum, vai estar o Rafael, o Thomas e mais uns outros... Eu não queria falar muito sobre isso, afinal eu tinha quase certeza que ele não iria aparecer.


- Hum, está bem, se cuide. Ela disse com uma sobrancelha arqueada. Qual é! Pensei. O que eu poderia estar escondendo? Revirei os olhos pensando.


8:10 P.M.


- Que horas vocês marcaram de sair filha? Perguntou minha mãe. Acho que estava estampado no meu rosto meu desapontamento.


- Daqui a pouco - Menti. Não precisava de mais alguém me falando coisas além da minha consciência estúpida que já estava me dizendo que eu era uma completa idiota de achar que ele realmente viria me buscar para sair.


De repente, quando estava indo para o meu quarto tirar a roupa, ouvi uma buzina na rua. Espiei pela janela e vi uma camionete vermelha em frente à minha casa.


O carro estava vazio, exceto que tinha ele é claro. Fiquei surpresa por um momento.


- Oi, ele disse sentado no banco me fitando.


- Oi, devolvi e logo tratei de abrir a porta de trás para me sentar. Eu não seria louca de me oferecer assim, como se fosse a dona do pedaço para sentar no banco da frente. Afinal, eu era "nova" no grupo deles.


- Huh, ei! - Ele pigarreou - O quê está fazendo?


- Tenho quase certeza que estou me sentando... Respondi sarcasticamente.


- Sim, mas sente aqui na frente, tem lugar. Deixa os meninos sentarem aí atrás.


Um súbito calor inundou meu corpo e tenho a leve impressão que ruborizei.


- Ok.


No começo foi meio constrangedor, havia um silêncio nervoso e parecia haver uma nuvem dentro do carro.

Outono em mimOnde histórias criam vida. Descubra agora