O Outono finalmente está me deixando florir

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Capítulo 55

"As folhas caíram e os galhos secaram, mas à um pequeno cheiro de águas acontece o milagre, o brotar e o crescer das folhas, e nada no mundo poderia dizer que não havia
vida ali."

Paz, leveza e um sentimento enorme que já não cabia mais no peito de tanto amor. Eu achava que já tinha sentido o extremo desse sentimento, mas percebi que agora sim o tinha experimentado na sua mais pura e genuína excelência.
Sentia-me em uma leveza e deslizava por baixo daquele cobertor sentindo a pele quente de Thomas em baixo da minha perna que estava por cima dele.
A luz do sol me despertou pela manhã me forçando abrir os olhos, e a visão não poderia ser a mais privilegiada; fiquei fitando o peito nú de Thomas indo e vindo como se fossem ondas do mar devido a sua respiração. Havia no peito dele pêlos ralinhos que provocavam em mim uma certa atração e desejo. Segui olhando a linha do seu corpo e a sua masculinidade me arrepiava os pelos dos meus braços só de olhar. Aquele corpo agora era o meu território e eu era o dele. De repente me peguei sorrindo sozinha olhando as pequenas partículas do cobertor voando conforme eu me mexia.
Pela primeira vez acordei pela manhã e não expulsei quem estava ao meu lado, nem tão pouco me senti vazia.

Era real, Thomas não tinha ido embora, eu sentia a sua pele quente grudada na minha e eu estava ali olhando para ele, velando o seu sono casto e sentindo o seu maravilhoso cheiro refrescante de Ralph Lauren.
Simplesmente não conseguia parar de sorrir. Não satisfeita em apenas olhá-lo, deslizei minhas mãos no seu peito e acarinhei o seu rosto beijando lentamente a sua bochecha.
Thomas despertou com o toque e sorriu para mim me apertando mais forte com seus braços no seu peito.

- Good morning handsome...

- Bom dia linda... - ele beijou a minha testa e continuou - Não sei o que você disse, mas acho que deve ser bom...

- Eu disse, bom dia "bonito" mas pode ser também gostoso, amor ou apenas Thomas...

Ele riu e eu sentia o seu corpo tremendo no meu rosto. Eu sorri de volta sentando em cima dele e olhei bem para os seus olhos - se soubesse que colocar o carro em buracos fizesse acontecer tudo isso, já tinha feito antes... - ele começou a rir e
concordou.

- Se eu soubesse, eu mesmo já tinha batido no seu carro... - Thomas respondeu.

Comecei a beijá-lo sentindo a sua língua fazendo movimentos lentos aproveitando cada parte da minha boca. Aqueles beijos lentos como ele tinha o costume de me dar me
deixavam louca, era como se cada vez que ele mexesse a língua dentro da minha boca, despertasse uma excitação diferente no meu corpo. E ele sabia disso. Thomas deslizou
as suas mãos pelas minhas costas descendo por toda a sua extensão até apertar minhas nádegas e coxas, e eu já estava desesperada sentindo o seu corpo excitado em baixo de mim. Era incrível como a vida era surpreendente às vezes. Eu estava
totalmente jogada ao acaso, e por truque ou gentileza da vida, de alguma forma ela me trouxe de volta aquilo que jamais pensei que voltaria ter. Era irônico lembrar que eu
tinha saído de casa disposta a tentar amar e começar uma vida com....

- Augusto!

- O quê? - Thomas abriu os olhos provavelmente surpreso de eu estar beijando ele e gritando por outro nome.

- Oh meu deus, Augusto! Esqueci completamente de Augusto!

Onde ele estaria agora? Teria ele conseguido um lugar para dormir no acampamento?
Eu tinha tentado ligar na noite passada, mas ele não atendeu e agora já se tinha passado uma noite inteira em que eu não havia dado notícias e ninguém sabia onde estava. Lembrei que tinha acabado de gritar Augusto enquanto beijava Thomas excitada
e que provavelmente ele estava confuso ou magoado com isso.

Outono em mimOnde histórias criam vida. Descubra agora