Capítulo 23
Um beijo no semáforo. Nunca um sinal verde foi tão ruim assim na vida. Nenhum primeiro beijo poderia se mais urbano que este. O semáforo abriu e tirou a língua dele da minha garganta.
Quando ele me soltou finalmente por causa das buzinas atrás de nós, Thomas arrancou o carro e eu me joguei para trás do banco exausta de tanta tensão e desejo.
- E agora o que vamos fazer? Ele disse eufórico tentando encaixar a marcha.
- Não sei, vamos num bar, não quero ir embora...
- Eu também não! Mas para onde?
- Qualquer lugar! Falei estupefata.
Nos olhamos e começamos a rir. Estava tudo tão perfeito.
Diálogos estranhos. Todos os lugares estavam fechados, e estava muito difícil achar algum aberto. Continuamos rodando o carro naquela tensão até que encontramos enfim uma pastelaria que se se chamava George's.
Descemos do carro e nos sentamos na rua, mas eu não estava com a mínima fome.
- Você está com fome? Eu perguntei.
- Nenhuma...
- E agora? Perguntei.
- Não sei, vamos ter que pedir alguma coisa qualquer para continuar aqui sentados. Thomas falou olhando para o cardápio.
- Vou pedir um refrigerante então... Falei.
Nós dois pedimos um refrigerante e começamos a conversar.
Falamos sobre tudo, esclarecemos cada coisa do passado que tinha ficado em aberto.
- Mas você ficou com o Augusto? De repente Thomas me interrogou.
- Eu estava me aproximando dele, provavelmente se você não tivesse voltado para a minha vida, eu estaria namorando com ele.
- Eu te machuquei muito no passado né? Thomas olhou para mim e depois desvio o olhar para o movimento na rua.
- Sim, você me machucou muito e tenho medo do que você possa fazer agora. Eu estava seguindo em frente, mas você me bagunçou de novo e eu não sei mais o que devo fazer.
- É eu sei, eu não te mereço.
- Mas eu estou disposta a mudar isso se você mudar, respondi.
Thomas ficou em silêncio me olhando. Um fio de cabelo meu se soltou e ficou balançando na frente dos meus olhos. Ele colocou o fio rebelde para trás da minha orelha.
- Eu não tenho intenção nenhuma se não te fazer feliz... Realmente eu estava muito confuso na época, mas agora...
Thomas acarinhou meu rosto e eu fiquei perdida no olhar dele.
Resolvemos ir para casa pois os funcionários do local já estavam nos encarando. Foi quando percebi que só havia nós no lugar, estava tarde.
Eu estava tão feliz! Viemos o resto do caminho conversando sobre lugares que gostaríamos de conhecer.
Quando estávamos nos aproximando da minha casa, ele diminuiu a velocidade e fez aquilo de novo. Ficou me fitando. Eu involuntariamente pus minha mão no seu pescoço e comecei a acariciá-lo. Era impossível ficar sem tocar nele quando o olhava.
- Thomas... Eu comecei.
- O quê? Ele continuou me observando.
- Acho que deveríamos namorar... Finalmente falei.
Ele ficou em silêncio me olhando até que parou o carro. Eu não estava gostando daquela demora para a resposta.
- Acho que deveríamos esperar mais um pouco... Ele começou.
What???
- Desculpa, acho que não entendi...
Eu estava em choque de mais para pensar em alguma coisa para falar.
- É que ouvir você falando o quanto te machuquei me fez refletir mais sobre isso que estamos a ponto de fazer e eu não quero te magoar de novo... - ele pegou a minha mão e acariciou - Acho que devemos esperar mais um pouco... Tudo bem para você?
Eu estava completamente confusa. Eu achava que agora tudo estaria certo... Parecia que estávamos andando em círculos. Quando eu queria, ele não queria. Não chegaríamos a lugar nenhum dessa forma. O que eu fiz? Pensei.
- Huh... É... Tá bom eu acho.
Respondi um pouco transtornada, afinal tínhamos acabado de nos beijar e colocar os pingos nos "Is". Eu estava tão feliz! Senti um calafrio, a dúvida, a insegurança, o medo me faziam companhia e todos aqueles antigos fantasmas estavam me assombrando de novo.
Aceitei o que ele disse sem demonstrar o quando aquilo tinha me deixado extremamente chateada e confusa, mas as suas palavras estavam me consumindo por dentro. Não tive tempo nem para apreciar o nosso beijo.Capítulo 23, Outono em mim
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Outono em mim
Romance" Eu adoro quando esquece teus olhos sobre os meus... " "Outono em mim" vem com todo sentimento que grita em nosso peito todos os dias, no sentido do outono que vem o vento e derruba todas folhas ao chão.. Que refletindo aos nossos sentimento tos, e...