A morte vem junto da solidão

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Olá novos e velhos leitores, Amor(a)s...

Eu gostaria de começar agradecendo pelo simples fato de "você ai que está lendo isso" ter pensado em começar essa história. Espero de coração que goste, comente (independente dela ter finalizado ou não), vote, compartilhe, sei lá... Faça o que quiser! Ela é minha, sua, nossa. Ela é de todos!

Seja Bem Vindo, quantas vezes, e todas as vezes que vier

S A M I A G R E E N

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Era noite, as nuvens pareciam mais negras que de costume, a névoa que era comum, já se fazia presente na cidade de Pluckley, Inglaterra. A iluminação das velas estava por todo o local do cemitério, as meninas eram rodeadas por pessoas estranhas, que cochichavam a impertinente hora que escolheram para o enterro da Mãe. As três estavam abraçadas na beira do tumulo sentindo seus corações serem despedaçados.

Anahí: Porque tem tanta gente aqui?

Dulce: É só um bando de abutres curiosos.

Maite: Vamos falar mais baixo, eles podem nos ouvir. Se estão aqui é porque se importam.

Anahí: Claro que não. Nunca sequer falaram conosco e agora aparecem desta maneira. Vocês não imaginam como é difícil sentir o cheiro que vem de cada um. - Anahí parecia salivar de fome - Sinto muita sede - os olhos da menina que eram azuis, mudaram de tonalidade, agora eram vermelhos como sangue. Dulce e Maite perceberam a troca e analisaram o desastre -.

Dulce: Tente se controlar. Vamos sair bem devagar para ninguém ver, venha, encoste-se no meu ombro.

Anahí baixou a cabeça encenando um choro, o que seria comum naquele momento, enquanto Maite abraçava a irmã. Caminhando as três para fora do local. Porém , antes de se sentirem livres uma mulher se aproximou, era uma vizinha delas "a pior para se ser exata". Se chamava Carmelin. Ela sempre tinha o hábito de espionar a casa como se desconfiasse de algo, mas na verdade, não passava de uma simples "intrometida".

Carmelin: Meus pêsames garotas. Como agora estão sozinhas, eu lhes peço que me avisem para o que precisarem.

Maite: Muito obrigada dona Carmelin, levaremos isso em conta.

Dulce: Mas não se incomode. Somos maiores de idade e nos viramos muito bem sozinhas. - falou de forma áspera. Dulce não era de meias palavras embora fosse uma fada, não tinha nada de ingênuo -.

A mulher percebeu a resposta desagradável e se despediu num sorriso meio canto. De extrema má vontade, que se notava a quilômetros. Quando se afastou por completo as três foram, rumo ao carro, onde o chofer aguardava. Assim que soltou Anahí, a vampira escondeu as presas e seus olhos retornaram a cor azul céu de antes.

Maite: Porque é sempre tão desagradável com as pessoas Dulce? - perguntou a irmã, indignada -.

Dulce: Você que às vezes é muito boazinha May, e não enxerga a maldade. Não vê o cinismo daquela mulher? Acha mesmo que ela se importa conosco?

Maite: Se importando ou não, não se resolve as coisas assim.

Dulce: Você nasceu como deveria mesmo. Não podia ser diferente, é uma anja.

Maite: Não culpe a minha condição, pela minha atitude. Isso não tem nada haver.

Anahí: Tudo bem. O assunto aqui é outro. Nossa mãe morreu e vocês discutem sobre quem é boa ou quem é má!

As duas repensaram a briga, no fundo isso, fôra uma válvula de escape. Ambas queriam dispersar os pensamentos ruins com uma discussão boba. O fato estava lá: Elas eram órfãs agora. Embora sua fortuna fosse incalculável, isso não seria suficiente. O caminho de volta foi silencioso, ninguém quis se manifestar, mas Maite ainda tinha uma questão.

Maite: Annie, porque não conseguiu se controlar no cemitério? Isso nunca mais havia acontecido.

Anahí: Eu não sei. - seu rosto se entristeceu, ela estava atormentada - Isso vem acontecendo com frequência ultimamente.

Dulce: Frequência? Porque não nos disse nada? Sabe o perigo disso!

Anahí: Claro que sei! Acha que eu não ando mais preocupada? Sangue de animal não me satisfaz mais, e às vezes não consigo me controlar. É mais forte que eu.

Maite: Mas tem que tentar antes que machuque alguém Annie... Isso é arriscado. Se souberem o que realmente somos, seremos mortas e tudo o que nossa mãe fez por nós será em vão.

Anahí: Estou tentando todos os dias fazer o que posso. Já aumentei a dose de sangue animal e agora bebo um pouco mais pra ver se passa a sede, mas nem sempre funciona.

Dulce: Temos que passar mais tempo, juntas. Para evitar esses ataques.

Anahí estava furiosa consigo mesma, sempre adorou ser vampira, sua condição era vantajosa. Mas de uns dias pra cá, tudo havia mudado. Sua sede aumentava a cada instante, era desagradável, seu alto controle era testado a todo o momento durante as aulas na universidade. Suas irmãs tinham sorte, podiam esconder suas asas, mas ela não podia esconder sua imensa sede.
Assim que chegaram a casa, uma forte chuva caía na cidade, os ventos eram velozes demais, os barulhos de trovões machucavam os ouvidos. Era Ensurdecedor. De repente as luzes se apagaram "o fio esta queimando na via principal" gritou Silas, o chofer. "ótimo! Era só o que faltava para este dia" pensou Anahí que agora estava no escuro e com sede.

Supernatural Love (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora