~Anahí ~
Minha pequena Annie. Sei que andam acontecendo coisas estranhas com você, e eu já estava me preparando para ajudá-la nessa transição, mas como suspeitei não foi possível. Vou esclarecer duas situações... Primeira: Você tem que encontrar uma maneira de se controlar. Sei que é difícil, e vai ser mesmo, mas eu confio em tudo que te ensinei.
Segundo: Vá até a minha biblioteca e procure um livro de capa verde, escrito "El kalypto" nele, muitas dúvidas serão respondidas. Não só as suas, como as de Dulce e Maite.E antes de tudo, me prometam que não vão buscar a causa da minha morte. Eu lhes imploro. Esqueçam... Amo todas e sempre estarei perto, dentro dos seus corações.
Beijos de sua mãe,
Nora.
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Já não era possível raciocinar. Anahí estava jogada sobre o chão se sentindo impotente "ela sabia! Porque não nos disse?! Por quê?" Seus soluços eram pausados pela falta de ar causada por suas narinas obstruídas. Ela não queria entender.
Quando seus olhos se acalmaram a vampira foi em busca do tal livro, mas algo lhe surpreendeu. O mesmo que ela havia se interessado anteriormente tinha a capa verde e estava escrito: El kalypto.Sem hesitar pela coincidência iniciou a leitura.
De conteúdo, tinha imagens obscuras, textos imensos, textos curtos, porém todos falavam sobre seres sobrenaturais e como cada um deles comportava, ou agia por natureza. Em uma destas notas explicativas um trecho chamou sua atenção. Nele estava escrito:
"Para vampiros, o sangue de seres ingênuos e puros em grande quantidade, como: aves sagradas, fadas, anjos e duendes. Provocam envenenamento instantâneo".
Mesmo sem saber disso ela nunca se atreveu ou sentiu interesse no sangue das suas irmãs. Agora havia uma explicação.
Continuando a leitura, alguns quesitos como, a sua sede aumentada, estavam também sendo esclarecidos em outra pauta:"A fase de transição onde os vampiros a partir dos 21 anos se tornam imortais e seu crescimento é pausado... Por isso, o desejo de sangue aumenta, junto das emoções. Tudo se multiplicará. O que for dor será tormento e o que for alegria será plenitude".
Falava-se também a importância de se proteger do sol utilizando verbena. Ela reconheceu o formato do colar que estava desenhado no livro. Era o mesmo que usava desde bebê. Era óbvio que todos se preveniam.
Anahí já estava ficando cansada de tantas informações decidindo então guardar o exemplar e dar um passeio.
A "fome" já estava instalada novamente
- E lá vamos nós. Disse em voz alta, desanimada.
Saindo logo em seguida do lugar.
____________________Como Maite podia pensar algo assim? - refletiu, Dulce.
Ao contrario da irmã ela não tinha interesse algum no seu passado, e desprezava o interesse da Anja. Não havia motivo para tal.Na hora da saída a fada caminhou até a praça de alimentação da universidade, preferindo estar sozinha e tranquila ao ler seu artigo da aula passada. Ela não percebeu a chegada de Christopher até sentir a mesa vibrar quando ele se sentou bem na sua frente.
Christopher: Olá
Dulce não quis nem sequer levantar a vista fingindo estar muito mais interessada naquele pedaço de papel do que no homem que utilizava aquele perfume tão característico e miseravelmente do seu agrado.
Dulce: O que você quer?
Christopher: Gostaria de pedir desculpas pelo que aconteceu no aniversário.
Dulce: Não precisa, eu já tinha esquecido isso.
Christopher: Eu imaginava, mas tinha que vir mesmo assim. Não fui cavalheiro, e sim, um impulsivo desagradável. - Dulce sem perceber começou a corar ao lembrar do beijo.
Os lábios dele eram macios, úmidos, tudo em uma incrível harmonia fisiológica.Dulce: Também fui grosseira - decidiu dizer depois de baixar o papel e encara-lo.
Christopher: Não! Você agiu certo. Fui abusado demais - O sorriso dele encerrou o pedido de desculpas - Então... assunto esquecido?
Christopher estendeu a mão em cumprimento insinuando um tipo de "trégua" entre eles.
Mesmo nada confortável, a fada lhe entregou sua mão e o jovem a apertou sorrindo suave. Inevitavelmente ela fez o mesmo.Dulce: Espero que pare de sair beijando as pessoas por ai, a próxima pode ser mais agressiva que eu - rebateu, já afastada dele e com um copo de suco que a poucos segundos a garçonete do lugar havia servido.
O rapaz se levantou devagar, olhando-a profundamente nos olhos de uma forma que nem um dos dois entendeu.Christopher: Eu sinceramente só bebi naquela noite para criar coragem de fazer aquilo. - com a expressão paralisado, Dulce não moveu mais a boca.
Estática, ele deu um último sorriso agradável e saiu andando sem olhar para trás."Ele não se arrependeu do que fez? Ainda por cima me diz que fui o motivo da sua bebedeira...
Enterrando o rosto nas folhas soltas, ela se chamou de idiota varias vezes até admitir "Que homem p* lindo" praguejou, rindo da própria insanidade._________________
Maite estava aguardando Dulce para ambas voltarem juntas para casa, mas ela não chegou no prazo, e com isso, a Anja deduziu que a irmã estaria chateada com a conversa meio discursiva das duas mais cedo. Mas apesar disso continuou esperando.
Olhou o relógio a cada segundo e quando demorou um pouco mais para checar percebeu que já havia se passado mais de 45 min desde o horário da saída.
Cansada, ela desistiu.
Planejou andar até o local de sempre onde levantava voou, mas antes de chegar belo ouviu uma buzina incessante tocar.
Era William, e como em clássicos, ele estava dentro de um BMW conversível, chamando mais atenção do que ela gostaria para aquele dia.
Quando um grupo de estudantes de direito passou, todas as meninas nele o encararam com uma expressão fácil. Mostrando os dentes sem receio algum.
A Anja se sentiu desconfortável com aquilo, mesmo notando que ele as ignorou sem se dar conta.Willian: Vamos?! Eu te levo até sua casa
Gritou ele, aproximando-se dela com o carro enquanto caminhava na calçada.
Maite: Não se incomode, posso ir sozinha.
Maite agora parecia mais desconfortável ainda, seu rosto estava quente e suas bochechas avermelhada de tanta timidez. William, pelo contrário, se divertiu com a reação da bela mulher.
Willian: Vai mesmo me fazer essa desfeita? - insistiu novamente.
Mordendo os cantos da boca, nervosa, ela decidiu aceitar o convite com um breve aceno.
Ele logo saltou do carro e abriu a porta pela parte de fora, dando espaço a sua nova convidada. Quando ela enfim se acomodou, ele não evitou olhá-la mais alguns segundos enquanto colocava o cinto antes de ligar a ignição e acelerar.
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Supernatural Love (Em Revisão)
Acak*Fanfic de traumas diversos (Concluída) Durante uma noite chuvosa, Nora, uma humana gentil e de coração nobre encontra três bebês abandonados a deriva em um riacho, no que parecia uma jangada. Dulce, Anahí e Maite, já em idade adulta, e consideran...