Nem tão perto, nem tão longe

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Anahí estava jogada no banco da frente do Mercedes Bens.

Alfonso dirigia indignado por estar novamente ao lado daquela mulher que lhe fez mal por todos esses dias.

Assim que pegou a avenida principal, estava perto de fazer uma curva quando as mãos de Anahí seguraram as dele, fixadas ao volante, e isso o fez perder o controle e estancar no meio da pista.

Anahí: Não quero ir para minha casa...

Alfonso: Da última vez que te levei a um lugar estranho você ia me matar - ela tentou se erguer, aos grunhidos.

Anahí: Esquece isso... Pelo menos hoje... Eu não vou fazer nada com você - ela falava ainda de olhos fechados.

Alfonso: Vou levar você para sua casa - ele tentou religar o carro, mas ela voltou a insistir.

Ainda bem que as ruas estavam desertas.

Anahí: Me leve... Para sua casa - Alfonso a olhou perplexo. Impossível.

Alfonso: Claro que não! Olha o estado em que você está. Jamais farei isso.

Anahí: Você é bom, sabia?... - Anahí enfim ficou firme. O efeito do álcool estava saindo do seu corpo - Mas não se preocupe, eu apenas não quero ir para minha casa agora. Quero deixar Willian e Maite a vontade - foi à desculpa que ela pôde pensar. No fundo sabia que a sua irmã, boba como era não, faria nada demais.

Alfonso: Eu posso te levar a outro lugar - ele estava nervoso. A mulher por quem havia se apaixonado estava vulnerável como ele nunca vira antes. Não ia aguentar a vontade de agarra-la num lugar a sós.

Anahí: Mas eu preciso deitar e tomar um bom café... Vamos deixe de bobagem. Assim que eu ficar melhor vou embora - Alfonso não queria concordar com aquilo de forma alguma, mas acabou cedendo.

Ligando o carro ele fez a volta e foi até sua casa.

Durante o percurso eu mal conseguia dirigir. Estar perto de Anahí era como dar um tiro no escuro. Nada era definido ou certo. Ela me mandou para o inferno, agora queria ir pra minha casa. E pior, eu concordei. Cedi a ela! Não era algo que eu pudesse controlar. Quando paramos no sinal. Eu virei para olha-la. E me deparei com ela quase adormecida. Seus olhos estavam fechados e seu rosto atenue. "Meu deus o que estou fazendo" era mais forte que eu. Não queria leva-la para sua casa, e sim para a minha.

Assim que chegaram na casa, ele a ajudou a sair, levando-a pelos braços. Tudo estava escuro. Alfonso esticou a mão e ligou as luzes. Como estava parada há certo tempo, o efeito do álcool, já desfeito, parecia ter retornado um pouco mais intenso.

Ele a levou para a cozinha, fazendo com que a vampira sentasse na cadeira do balcão, enquanto ele preparava o café.

Sem perceber, Anahí o analisava. Ela sentia o frio se alastrar por seu interior. Como ele a deixava daquela forma? Era a pergunta sem resposta de todas. Seus olhos percorreram toda a extensão do homem por quem ela havia se entregado totalmente durante um beijo, no dia da tempestade...

Quando Alfonso tornou, ela disfarçou a vista.

Alfonso: Pronto. Beba tudo. - ela pegou a xícara, encostando as suas mãos nas dele. Os dois se olhavam como se cada toque fosse uma expectativa.

Anahí: Obrigada - ela bebeu e sentiu o gosto travoso descer por sua garganta - está muito amargo!

Alfonso: Esse é o tipo certo de café para alguém que está assim - reclamando ela continuou a beber.

Depois de algum tempo depois ela começou a perceber que seu corpo já respondia de outra forma e os efeitos estavam desaparecendo. Ser vampira acelerava o metabolismo por completo.

Anahí: Já me sinto melhor.

Alfonso: Que bom – ele olhou para o relógio e se policiou - Já são quase uma da manhã e...

Anahí: e ninguém chegou - disse o interrompendo.

Ele sentiu a vento frio que saiu da janela, batendo nos dois, se levantando, ele foi fecha-la, mas um som de outro tipo de vento fez ele se assustar e olhar.

Era Anahí logo atrás dele.

Agora de frente a ele como uma sombra negra e misteriosa.

Engolindo em seco pela proximidade, Alfonso pensou em várias probabilidades, entre elas, seu fim mais uma vez "Por que a trouxe aqui!" perguntou a si mesmo em repreensão.

Supernatural Love (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora