De longe, o homem de pele clara a observava sem entender o que estava acontecendo "quem é aquele cara?" se pondo de postura, arrumou o cachecol que usava e aguardou alguns minutos. Ela se endireitou já retornando ao corredor. Foi ai que ele a seguiu.
Xxxx: Olá - disse fazendo com que ela parrasse para olhar para trás.
Algo lhe pareceu estranho. Ele não tinha cheiro, nunca o havia visto antes, pelo menos, não se lembrava. Era alto, bonito e sua pela lembrava a dela. Seus cabelos eram de um castanho berrante.
Anahí: Oi
Xxxx: Poderia vir comigo um instante? - ela não estava com disposição para um dos seus "admiradorezinhos" que sempre faziam o mesmo convite. Revirando os olhos respondeu negativamente.
Anahi: Não creio que seja uma boa hora... E não estou com paciência para...
Xxxx: É sobre a sua mãe Anahí... - A interrompeu. Ela não fechou mais os olhos, agora vidrados no desconhecido - Venha.
Ela o acompanhou sem receio algum. Ambos andaram em direção à parte mais afastada da universidade, onde havia um banco abaixo de uma árvore antiga. Eles de sentaram e se puderam a conversar.
Anahí: Pronto. Estamos sozinhos, mas primeiro quem é você?
Xxxx: Meu nome é Edward.
Anahi: O que sabe sobre minha mãe?
Edward: Que ela quer muito te ver - Anahí arregalou os olhos confusa com as palavras que ele acabara de dizer "como assim? Sua mãe estava morta!".
Anahí: Então minha mãe está viva! Onde ela está?
Edward: Um minuto... - receoso ele perguntou - De quem está falando?
Anahí: Como de quem? Nora, minha mãe.
Edward: Eu estou fala do da sua verdadeira mãe - esclareceu.
Anahí: Verdadeira...
Edward: Calma. Eu vou explicar tudo - se endireitando no acento ele continuou - Deve se perguntar por que eu não tenho cheiro - ela paralisou mais confusa ainda "como sabe da minha dúvida?" - Eu sou igual a você, e sua mãe também, logicamente. Há anos procuramos por vestígios seus, mas havia uma barreira que impedia esse contato. A barreira que te diferenciava. Antes você não consumia o mesmo que nós, sangue humano, mas acredito que agora já saiba o sabor, por isso, pude chegar até você.
Sua cabeça não parecia no lugar. Anahí sentia algo estranho estando perto dele, aquele desconhecido lhe trouxe uma sensação diferente, como se já o conhecesse antes, não de vista, mas bem o suficiente. Anahí tirou a vista de Edward e escondeu o rosto inchado.
Edward: Eu sei que deve ser confuso.
Anahí: E você, como me conhece. É meu irmão ou coisa do tipo?
Edward: Não. Eu sou mais que isso - contendo um pouco as palavras, ele resolveu ser claro - Sou seu, "prometido", podemos denominar assim.
A vampira levantou a vista até ele, que continuou o diálogo de cabeça baixa.
Edward: Quando éramos crianças, antes de você partir, nossos pais fizeram um pacto de sangue unindo nossas almas. Isso é comum na nossa comunidade. É como se fosse um "traçar" do destino. Eu sou o único que poderia encontrar você e te sentir, mesmo estando longe.
Anahí: Mas como eu nunca senti nada?
Edward: Esta sentindo agora? - sim ela estava. Sentia uma conexão inexplicável. E pela sua expressão, Edward já sabia a resposta.
Para deixa-la mais a vontade ele decidiu aborda-la de outra maneira.
Edward: Então... Fale um pouco da sua atual família. Como são?
Anahí: Você ainda é um estranho, como vou saber se é verdade ou se devo confiar no que me diz?
Edward não respondeu nada, apenas se levantou e a olhou fixo. Desaparecendo da frente dela, com apenas um passo, e reaparecendo com uma jovem nas mãos, que gritava freneticamente fazendo Anahí entrar em pânico.
Anahí: O que esta fazendo?
Edward continuou a olha-la. Seus olhos ficaram iguais aos dela, vermelho como duas rosas espinhosas. Pareciam duas chamas acesas. Ele virou o pescoço da jovem a atacando bem ali, na sua frente. A menina se debatia, mas Edward usou uma das mãos para impedir que a voz dela saísse. Ele a sugou até sua boca se encher.
Anahí tentou segurar a sensação travosa na garganta, de querer participar. Mal pôde se controlar e quando achou que já não podia mais, Edward soltou a menina a colocando de frete a ele os seus olhos se encontraram e ele disse:
Não vai se lembra de nada do que houve aqui. Vai apenas correr e dizer que um animal te atacou e que você precisa de ajuda. Agora saia!
A menina correu desesperada, gritando as palavras que ele acabara de repetir. Edward limpou os cantos da boca, saboreando o sangue enquanto Anahí caia sentada, totalmente perplexa.
Edward: Acredita em mim agora? - questionou limpando os cantos da boca - Me desculpe, foi à única coisa que me veio a mente.
Anahí: Como... Você... Ela... E se ela contar?
Edward: Não vai. Eu apaguei sua memória. Agora vou repetir a pergunta... Sua atual família, como são?
Respirando fundo ela contou tudo sobre Maite, Dulce e Nora. Até Silas foi citado. Ele ouvia tudo atenciosamente, enquanto seus olhos não deixavam de percorrer a bela figura de mulher que ela havia se tornado.
Edward: Imagino que deva ser bem complicado, já que são tão diferentes.
Anahí: Fácil não é, mas elas são boas demais perto de mim que... Nem sei o que dizer. Eu nem te conheço, mas já me sinto tão bem estando aqui com contigo. Mesmo você é um maluco que acabou de atacar uma pessoa - ele pegou nas mãos dela ainda sorrindo agradável. Anahí sentiu algo em seu toque que não soube definir.
Edward: Essa sensação é a mesma comigo, faz parte do pacto. Mas você não precisa se sentir pior por ser uma vampira, basta saber como conter a sede e eu posso te ensinar.
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Supernatural Love (Em Revisão)
Random*Fanfic de traumas diversos (Concluída) Durante uma noite chuvosa, Nora, uma humana gentil e de coração nobre encontra três bebês abandonados a deriva em um riacho, no que parecia uma jangada. Dulce, Anahí e Maite, já em idade adulta, e consideran...