Alfonso agora sabia que os olhos dela ficaram vermelhos de fato. Anahí sempre se mostrava nervosa com a tal pergunta é não conseguia convencê-lo com seus desvios de olhar . Ela visivelmente mentia. intrigado, ele sorriu de canto voltando para o carro e dirigindo até a sua casa. Enquanto dirigia, ele não deixou de pensar nos minutos anteriores e na reação dela quando a pressionou, fitando-a.
"Aquela mulher me atrai, e eu sei, que de alguma forma também mexo com ela" Refletiu.
O perfume suave que vinha dela parecia estar por toda a parte, até sua atenção retornar para a estrada "tenho que chegar logo". Alfonso precisava fazer uma pequena pesquisa o quanto antes ou ia enlouquecer._____________________
Anahí ainda estava em nervos depois das tantas emoções que foi obrigada a sentir. Quando por fim percebeu que ele havia sumido da sua vista, ela correu veloz até sua casa entrando em no quarto pela janela e se arremessando na cama no mesmo instante. Respirou como se fosse a última vez e fez suas mãos aliviarem a tensão. Ela soqueava o travesseiro em agonia, grunhindo:
"Mas que inferno! Ele viu a cor dos meus olhos!"
A vampira começou a puxar na memória as lembranças daquela noite tentando pensar se teria feito mais alguma burrice com seus próprios segredos.
"espero que ele esqueça isto de uma vez por todas".
Levantando, ela foi tomar uma ducha e revitalizar.A morena ficou debaixo do chuveiro por bastante tempo. Seu corpo parceria ferver, mas na verdade era seu sangue. Os olhos verdes de Alfonso analisando-a fez com que se contorcesse toda, em lembrança retalhadas do seu próprio desejo. Aqueles olhos. Nua, Anahi não pôde evitar sua excitação. Ele a deixava nervosa demais a cada novo encontro, e era capaz de provocar sensações humanas nela. Como a luxúria. Que injustiça da vida, pensou. Nunca poderiam ter algo sem que ela o machucasse de forma fatal. Era perigoso...
Sua atração não era meramente física, mas sim instintiva.
Como um caçador por sua presa.
_____________________Alfonso chegou às pressas estacionando e correndo até a sala de estudos onde ficava o desktop de uso partilhado. Christopher estava sentado na sala de espera, observando alguns papéis e assim que viu a movimentação forte do irmão se desconcentrou.
Christopher: Hey! Aonde você vai com tanta pressa?
Alfonso: Outra hora conversamos, Ucker - respondeu ignorando Christopher, que deu de ombros e continuou o que fazia.
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Ao sentar-se, o homem massageou as mãos e começou a digitar. Seus dedos eram ágeis e enquanto escrevia: "Olhos vermelhos em humanos" sua respiração ficava cada vez mais ofegantes.
Ele encontrou pessoas usando lentes, ofertas de cultos satânicos, até teorias diversas e dentre elas, uma que dizia:"pessoas albinas podiam ter reflexos de vasos sanguíneos nos olhos, deixando-os avermelhados quando expostos a luz".
Ela não é albina, e era noite. Aquela hipótese foi descartada.
O restante das teorias se tratava de coisas sobrenaturais. Alfonso ficou por horas lendo várias a respeito, mas todas se referiam a imagens obscuras, vampirismo, demônios, seres do mal. Ele fechou a tela e pôs as mãos por trás da cabeça girando a cadeira de um lado ao outro.
"Tudo isso é absurdo... Essas coisas não existem. Deve haver outra explicação"
Por mais estranho que fosse ele levantou a tela novamente dando de cara com uma imagem horripilante.Era um ser com presas e uma espada, segurando o pescoço humano decapitado e coberto de sangue...
o homem sentiu repulsa naquilo e decidiu se levantar pondo na pesquisa."Por hoje chega"
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A noite não foi nada tranquila.
O sono não chegava e a chuva que era comum na pequena cidade já se fazia presente. Se bem que tudo naquela cidade era assustador. pensava Alfonso.Antes de decidirem cursar a Universidade, os rumores de ataques de animais, pessoas mortas e assombrações, era comum. Mas o melhor polo de engenharia era em Pluckley, então eles decidiram ignorar tudo e enfrentar de uma vez as crenças do lugar.
Na verdade, a atmosfera tinha algo diferente, as pessoas eram caladas, os vizinhos quase nunca saiam. A única movimentação era dos estudantes nos bares e casas noturnas, que eram poucas.
Ele se assustou quando um trovão fez tremer a vidraçaria do seu quarto, abrindo a janela mal fechada. Se levantando depressa, lutou contra a ventania até conseguir fechá-la. No mesmo instante veio na sua mente às imagens da pesquisa feita mais cedo.
Alfonso se sentou, negando a si próprio "Nada daquilo é real" crendo nisso, tentou mais uma vez dormir.
_______________________Anahí desceu as escadarias de baby-doll, em busca de algo para ler já que seu sono era quase impossível. Nenhum momento sequer ela deixou de pensar nos: Olhos verdes. Tudo estava escuro, a iluminação era quase nula e a chuva maltratava. Em meio ao quase breu ela apenas sentiu o momento em que esbarrou na imagem do defeituoso homem a sua frente.
Anahí: O que faz acordado? - Silas colocou as mãos a frente do corpo, em movimento de defesa, o que fez Anahí cruzar os braços..
Silas: Não fiz nada de errado! Só estava checando tudo antes se ir dormir!
Ele parecia muito assustado
Anahí: E quem disse alguma coisa?
Silas: A senhorita não vai sugar meu sangue?! - Anahí descruzou os braços, furiosa com a audácia dele em sugerir que ela estaria totalmente descontrolada.
Anahí: Seu imbecil! Acha que eu quero o seu sangue? Faça-me o favor. Não estou tão necessitada assim.
"Eu ainda bebo sangue animal e sou capaz de me controlar!"
Acelerando os passos ela foi até a cozinha desejando distância.
Ultimamente a vampira não reconhecia a sua forma de ser. Estava agressiva, estressada, até machucou Silas. Isso a incomodava, ela não era assim e essas mudanças deviam ser pela nova fase que sua mãe citou. Tudo parecia confuso, seus sentimentos estavam a mil, não conseguia se controlar mesmo estando dentro de si.
Deprimida, serviu-se de um copo do uísque mais velho e forte que tinha sobre a bancada. Deu um gole seco, fazendo seu semblante se endurecer. A bebida desceu quente, machucando suas cordas vocais. Ela não tinha o hábito de beber, mas naquele momento, não se reconhecia mais.
Bateu o copo já vazio contra o mármore e se arrepiou, decidindo fazer daquele gole a sua morfina antes de subir até o quarto novamente.
Já dentro do cômodo, sentou-se no batente da janela ainda fechada observando as gotas da chuva que embaraçavam o vidro, mesmo sem visão alguma do jardim quiz permanecer ali, contemplando a tempestade durante toda a noite...
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Supernatural Love (Em Revisão)
Random*Fanfic de traumas diversos (Concluída) Durante uma noite chuvosa, Nora, uma humana gentil e de coração nobre encontra três bebês abandonados a deriva em um riacho, no que parecia uma jangada. Dulce, Anahí e Maite, já em idade adulta, e consideran...