Boa mãe, outras nem tanto

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No meio da madrugada, Dulce se assustou com a insônia de Aysla, que estava à beira da fogueira em total silêncio. A mulher parecia se perder em pensamentos "que a fada fez questão de interromper" quando se juntou a ela.



Dulce: Sem sono? - perguntou, dividindo o tronco largado horizontalmente.



Aysla: Como vou dormir sabendo que Anahí ainda não chegou?



Dulce: Ela é mais forte do que aparenta.



Aysla: Sei que sim. Durante toda a minha gestação ela se mostrou resistente... Quase a perdi. - Dulce começava a ver que Aysla realmente amava sua irmã, ao contrário dela, que descobriu o quanto não gostaria de conhecer a sua mãe biológica.



Dulce: Posso fazer uma pergunta?



Aysla: Faça.



Dulce: Edward... Você o ocupou hoje? - Aysla a olhou ainda confusa com a pergunta - Quero dizer... Você pediu que ele fizesse algum serviço?



Aysla: Não. Na verdade não o vejo há uns dois dias. - a fada se levantou de imediato. Assustando a companheira - O que foi?



Dulce: Ele está envolvido nisso! Acorde todos. Vamos agora mesmo continuar as buscas.



Aysla não perdeu tempo com perguntas, apenas avisou que era hora de continuar. Maite se recompôs, ainda cansada, e deu continuação à caminhada junto com o restante do grupo.




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"Eu não ouvi isso" Alfonso negava a possibilidade que Edward havia lhe dado. Ele não queria ser vampiro, tinha planos para seu futuro e isso não era um deles. Odiou-se por estar tão vulnerável. Amarrado como um animal, servindo de alimento... "Anahí também faz essas coisas. Ela é igual a ele".



Edward: Um sábio conselho. - ressaltou sarcástico - A leitura abre portas.



Alfonso: O que ganha me transformando? - ele que estava concentrado lendo o que parecia ser um livro, se levantou da escrivaninha indo a sua direção ainda com o objeto na mão.



Edward: Muito! Acabei de descobrir que se eu te transformar em vampiro, Anahí vai ficar ainda mais ligada a mim. Sendo que, você como humano, atrapalha as coisas.



Alfonso: Não entendo?



Edward: Compreenda uma coisa. - disse arfante - Anahí te ama, e você é um humano. Digamos que sua "energia" paralisa o nosso pacto de sangue. Por isso, te transformando, essa aura acaba e ela te esquece. Simples! Sua humanidade é uma barreira entre nós dois - ele não entendeu sobre qual "pacto" Edward falava. Decidiu não perguntar mais uma vez, já que o vampiro se mostrava bem irritado.




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Anahí abriu os olhos, vagarosamente. Seu corpo parecia pesar toneladas. Ela se firmou com as mãos no chão para tentar se levantar "Preciso ir" repetia a si mesma, buscando forças. Com o que restava dos seus poderes, ela correu em direção a Kalypto para se juntar ao restante.



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Os demais avistaram a cabana que parecia deserta, a não ser pelo fio de luz que saia da janela.



William: Vejam. Tem uma luz acesa.



Dulce: Será que tem alguém lá?



Maite: Não vejo aqueles lobos da vez passada. - o som dos galhos das árvores se remexerem fez todos se assustarem em busca dos vestígios.



Xxxx: Se refere a nós? - um dos lobos se pronunciou, fazendo o restante surgir.



Engolindo em seco o grupo se preparou para a segunda guerra por suas vidas.



Supernatural Love (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora